Departamento de Ciências Humanas e Educação
ID: 9612
Resumo
A forma do ensino de filosofia se configurou para o ensino médio como conhecimento complexo e irreal, entendido por muitos como desnecessário para a vida prática, embora a LDB 9.394/96 no seu Art.35 aponte que o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Partindo da concepção do que seria a Filosofia em si “a primeira resposta seria a decisão de não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana”. (CHAUI, 2008, p.17), o ensino de uma educação para o pensar deve favorecer uma formação para a vida cidadã.
O presente trabalho busca entender as possíveis contribuições da pedagogia freireana para com o ensino da Filosofia no Ensino médio. Isso será feito através de uma análise documental, pois esta possibilita a análise de documentos coletados de maneira mais precisa e eficiente, além de possibilitar a organização destes (documentos) (PIMENTEL, 2001). Para análise de dados será examinado um material didático, com caráter teórico. O livro de Maria Helena Pires Martins e Maria Lúcia de Arruda Aranha, Filosofando. Introdução à Filosofia, escolhido por estar entre os principais livros trabalhados na rede pública na disciplina estudada. Sendo a tomada de consciência do indivíduo um ato revolucionário, a Filosofia lecionada no ensino médio contribui para a criticidade ou apenas disfarça uma abstração longe da realidade do educando? A Filosofia aplicada atende às necessidades dos discentes, para a compreensão das lutas sociais e seu papel como cidadão?
Vale ressaltar que, o ensino de Filosofia no Brasil tomou sua obrigatoriedade do estatuto: Lei n° 11.684 de 2 de junho de 2008, impressa na LDB. Em 2008 se altera o artigo de 1996 - qual o estudo disciplinar poderia caber na lei e a filosofia poderia não de fazer presente na grade curricular. Seguindo por tal perspectiva, consideremos que o ensino propriamente dito da mesma, possui algumas dificuldades e desafios encontrados ao longo de seu desenvolvimento e ação dentro das escolas brasileiras. Mediante esse objetivo, segue trecho do artigo Silvio Gallo intitulado, “Ensino de filosofia: avaliação e materiais didáticos”:
Na década de 1980, foram duas as principais justificativas para defender o retorno da filosofia aos currículos do ensino médio. Por um lado, dizia-se que a presença da filosofia na educação dos jovens justificava-se pela necessidade de um desenvolvimento da consciência crítica dos estudantes... Por outro lado, às vezes articulado com este primeiro aspecto, outras vezes não, aparecia uma segunda justificação: o caráter interdisciplinar da filosofia. Ela seria o elemento necessário para promover o diálogo e a integração entre as diferentes disciplinas do currículo... Em ambos os casos, vejo um problema. Nenhum deles afirma a filosofia por ela mesma, mas por um papel que ela deve desempenhar... Em outras palavras, ambas as justificativas impõem à filosofia um caráter instrumental. Mas há ainda um outro problema a ser apontado. O papel da filosofia seria o de apontar aos jovens certos conhecimentos filosóficos necessários ao pleno exercício da cidadania. (GALLO, 2010, p. 160).
Dentre o desenvolvimento da pesquisa, alguns trechos apontando as principais dificuldades desse ensino – ditas pelos teóricos na área - foram analisados para realizarmos um dos objetivos do projeto: a realização de desenvolver, a partir do referencial bibliográfico, as possibilidades da contribuição da pedagogia Freiriana para com as dificuldades no ensino de Filosofia.
Apresentação
ID: 9586
Resumo
- Introdução e Objetivos:
O objetivo do presente trabalho se dá em problematizar o uso de narrativas (auto)biográfica, mais especificamente do gênero de Cartas, nos processos formativos de professores de Ciências Biológicas, em tempos de pandemia.
Nóvoa, (2014) em "Cartas a um jovem investigador”, escreve sobre o gênero cartas:
O gênero epistolar pertence a um tempo que já não é o nosso, porque uma carta fixa a memória do que se diz. E hoje não se diz nada e apenas se fala, que é coisa de se cumprir e esquecer”. Numa carta, o que interessa é a relação, este diálogo em que conversamos conosco quando nos dirigimos ao outro, ainda que seja um outro imaginário. Esta é a forma mais concreta de diálogo que não anula inteiramente o monólogo”. Uma carta permite maiores liberdades do que outros.
A escrita de cartas permite um convite ao diálogo e a escuta, sendo evidenciado não somente a escuta do outro e pelo o outro, mas de si próprio, quebrando barreiras e permitindo o contato com experiências passadas, sentimentos, percepções e afetividades daquele que escreve com relação a sua própria trajetória. Silva (2018) discute que durante o processo da escrita autobiográfica se ultrapassa a relação entre primeira e terceira pessoa, a autobiografia é uma construção de conhecimento do sujeito, não apenas do leitor para com o autor, mas também do próprio autor.
2. Metodologia:
Aos estudantes de um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, na disciplina de Orientação de Estágio Supervisionado em Ciências foi solicitada a escrita de cartas, visando a experiência de escuta, partilha e encontros no processo formativo. Oito estudantes foram convidados a narrar acerca de suas trajetórias, caminhos e conexões pessoais, familiares ou profissionais que produziram marcas constitutivas na sua formação. As cartas não foram lidas. Alguns estudantes compartilharam sobre a experiência de escrever uma carta no espaço de formação.
3. Resultados e Conclusões:
"Me projetar como professora me faz tentar enxergar em mim a admiração que eu tinha por você, e me valorizar a cada passo que eu dou".
A prática de resgatar essas narrativas, no interior de um curso de ciências naturais, foi um convite a pensar no dualismo: objetividades versus subjetividade, racionalidade versus irracionalidade/emocionalidade, mente versus matéria ou corpo na produção de ciência e formação dos professores. As cartas revelam subjetividades, emoções e corporeidades de seus remetentes, no caso, futuros professores de Biologia e adentram experiências por muitas vezes pouco compartilhadas pelo estudante anteriormente. As experiências trazidas pelos alunos também nos permitiram refletir e problematizar os corpos que encontramos nas ciências e as histórias que eles nos contam: a influência de familiares na profissão docente, a vivência da maternidade enquanto estudante de graduação, o corpo da mulher enquanto professora. O que o enquadramento acadêmico exige que vejamos quando falamos de ciência? Essa ciência é plural? Permitir expandir os horizontes para as subjetividades do mundo científico é então uma oportunidade de que a pluralidade da ciência seja vista e ouvida.
Apresentação
ID: 9310
Resumo
Os Dioramas se consolidaram como uma rica estratégia de ensino dentro dos museus deciências, contribuindo para a compreensão do público sobre avanços científicos, como por exemploa consolidação da ecologia como ciência e o aprendizado dos animais em seus respectivosambientes. Dada a potencialidade desse artefato para sensibilizar o público e operar como veículoeducacional, nasceu a ideia de produzir Dioramas para o ensino de Biologia. As fotografias podemdesempenhar um importante papel no ensino da Biologia, sobretudo no aspecto descritivo deambientes, seres vivos e suas estruturas, dado seu caráter de contiguidade com o real, que deriva nacrença do dispositivo fotográfico como representação da realidade. Aliando essas duas frentes, aconcepção didática do Diorama e a potência comunicativa das fotografias, o objetivo desse projetofoi analisar o processo de produção e avaliação de Dioramas Fotográficos, criados a partir defotomontagens. Os Dioramas foram confeccionados na intenção de criar em uma única imagem ailusão de tridimensionalidade com a representação de diferentes seres vivos presentes em ummesmo ambiente. A escolha local para o trabalho são os ambientes da mata atlântica, pois abrigaaltos níveis de riqueza biológica e endemismo. O foco escolhido para este trabalho foram osinvertebrados, grupo animal abundante na Mata Atlântica, mas que muitas vezes passa despercebidoaos olhos dos visitantes. Durante as saídas a campo foram realizadas tomadas fotográficas dosambientes, considerando diversos planos (panorâmicas, plano médio, close) e dos animaisinvertebrados encontrados nos locais; os invertebrados terrestres em sua maioria são serespequenos, portanto a utilização de técnicas e equipamentos de macrofotografia foram essenciais.Foi realizado saídas de campo nas proximidades da “Cachoeira do Chá” em Tapiraí-SP, eentão produzido 152 imagens do ambiente e de detalhes específicos que os compõe; além de 323fotos dos invertebrados ali encontrados de 50 espécies diferentes.Foi selecionado as melhores fotos que então foram “tratadas” e “cortadas” para montagem dodiorama no Photoshop, usando camadas. Como produto final resultaram três dioramas, cada umcom um foco diferente: o primeiro focando em animais de mesma ordem; o segundo com osinvertebrados camuflados; o terceiro com uma maior diversidade de famílias.As produções foram avaliadas por um questionário online, com relação aos dados obtidos nasentrevistas, ficou evidente de que temos que tomar alguns cuidados ao escolher animais tãopequenos fisicamente como os invertebrados para compor o diorama; no caso do plano de fundo
optou-se para ser mais fechado, não tão panorâmico, para não perder a questão da escala; e ainda,em termos visuais, ser o menos chamativo possível, para poder não desviar a atenção do leitor paraum assunto secundário, como foi o caso das flores no primeiro e segundo diorama; emcontrapartida, foi possível notar que as cores são elemento importante para cativar a atenção dopúblico: os animais com cores muito próximas do fundo não chamaram atenção ou sequer foramnotados como foi o caso do segundo diorama; nesse sentido interessante compor fundosvisualmente mais neutros e colocar invertebrados chamativos.
Apresentação
ID: 9260
Resumo
Este trabalho trata da Pesquisa de Iniciação Científica intitulada “As Conferências Nacionais Infanto-Juvenis pelo Meio Ambiente: políticas para uma Educação Ambiental Crítica”.
A proposta deste projeto foi fazer um trabalho investigativo, com objetivo de conhecer as Conferências Nacionais Infanto-Juvenis do Meio Ambiente (CNIJMA) e qual foi o seu papel e contribuição para as políticas públicas ambientais e para a educação ambiental crítica.
Para tanto, procedemos à revisão bibliográfica sobre Educação Ambiental Crítica (EAC), assim como reunimos o material disponível das Conferências para realizar uma análise dos conceitos e práticas ali paresentados à luz da EAC. Realizamos também entrevistas com três participantes das Conferências.
Ao examinar o material do “Vamos Cuidar do Brasil”, o “Passo a passo das Conferências na Escola”, as “Cartas de Responsabilidade”, reparei na grande atividade da comunidade e como foram essenciais para que as Conferências ocorressem. Os professores, estudantes e as comunidades que participaram tiveram não apenas acesso a um material com um denso conteúdo em educação ambiental, como também tiveram que agir coletivamente para descobrir as demandas locais a partir da problematização de sua realidade permeada pelas questões socioambientais.
Pude constatar que, de fato, existe Educação Ambiental Crítica e ela pode ser realizada nas escolas. O trabalho proposto pelas conferências, desenvolvido coletivamente com a sociedade brasileira, é capaz de colaborar com um governo interessado em promover um Brasil sustentável e com melhor qualidade de vida. Ademais, pensando na continuidade dessa política, é capaz de fortalecer seus participantes, principalmente os jovens para a sustentabilidade, incentivando sua participação, mobilizados, e ampliando a luta ambientalista em suas cidades e comunidades.
Apresentação
ID: 9568
Resumo
Este trabalho trata de uma pesquisa sobre experiências educacionais anarquistas e pretendeu recuperar a memória de três Escolas Modernas situadas na cidade de Sorocaba, localizada no interior do estado de São Paulo/Brasil no início do século XX: a Escola da Liga Operária de Sorocaba, a Escola Moderna de St. Rosália e a escola situada na Chácara de Vicente de Cária. O objetivo da investigação foi o de compreender a relevância ou não delas no contexto histórico, político e educacional da cidade. Com a finalidade de atingir este objetivo e devido à necessidade demonstrada pela pesquisa exploratória, a princípio, estava prevista a pesquisa documental, por meio da qual se pretendia ter acesso a alguns documentos históricos relevantes ao assunto nos locais que se dedicam à preservação dos mesmos. Contudo, em virtude da pandemia da COVID-19 causada pelo novo coronavírus, a visitação da pesquisadora aos locais previstos se tornou inviável e esta foi a única etapa do projeto que sofreu alteração, já que constava da proposta inicial da pesquisa, mas não foi realizada. Isto posto, como alternativa de superação a esse contratempo e como previsto também no projeto, foi realizada a pesquisa bibliográfica, que acessou autores clássicos na discussão entre anarquismo e educação (MALATESTA, 2018; KROPOTKIN, 2013; FERRER Y GUARDIA, 2014; BAKUNIN, 1975, 2001, 2015 e 2016; GALLO, 1992 e 2007; MORIYÓN, 1989), a produção de consolidados historiadores da cidade de Sorocaba (CAVALHEIRO, 2009; CARVALHO, 2007) e alguns trabalhos acadêmicos, que versão sobre o mesmo tema (ROMANI, 1998, SOUZA, 2016; SILVA, 2013). Como resultado, a partir das análises das bibliografias selecionadas que versaram sobre o anarquismo, o Estado, a liberdade e a educação, foi possível compreender conceitos fundamentais ao tema de pesquisa e introduzir a conexão existente entre esses conceitos e as experiências educacionais anarquistas realizadas nas escolas sorocabanas, conhecidas apenas a partir dos registros bibliográficos aos quais foi possível ter acesso.
Apresentação
ID: 9486
Resumo
Contribuiçõe da abordagem temática crítica para oensino de biologia celular
Quando pensamos em Biologia Celular, logo nos remetemos a um mundo microscópicocercado de muita abstração e bem distante de qualquer realidade tangível, onde as teoriastomam vagamente uma forma, apenas em nosso imaginário. Entretanto, pouco se discutesobre como tais temáticas podem afetar e influenciar significativamente o modo comovemos, interpretamos e interagimos com o mundo à nossa volta. Logo, partindo-se danecessidade de buscar-se novas estratégias e abordagens pedagógicas, que pudessemcontribuir e facilitar o processo de ensino-aprendizagem de biologia celular, uma vez queeste possua uma série de desafios relacionados à abordagem e a compreensão dosconteúdos, realizou-se este estudo a fim de verificar-se quais são as possíveis contribuiçõesda utilização da abordagem temática crítica para tal tema. Com isso, a partir da pesquisabibliográfica e da análise documental de três livros didáticos, sendo dois propostos peloPrograma Nacional do Livro Didático (PNLD) e um advindo de uma rede privada, pode-severificar-se alguns aspectos como a seleção e organização dos assuntos de citologia, aabordagem introdutória e conceitual dos conteúdos e as atividades propostas, focando-sena existência ou não de propostas problematizadoras, e ou, que possibilitasse oupromovessem a realização da abordagem crítica. Com isso, temos que de modo geral, oslivros apresentam os conteúdos de forma pouco contextualizada, com atividadesgeralmente voltadas para a fixação e memorização dos conceitos, tendo o foco direcionadopara os vestibulares, carecendo-se de tal abordagem, ainda que esta apresente-se comofacilitadora do processo de ensino. Deste modo, pensando-se na melhoria do ensino debiologia celular, temos que a utilização de novas estratégias e abordagens pedagógicaspossam contribuir de forma considerável, para tornar o processo de ensino-aprendizagemmais significativo para os alunos. Logo, é necessário, ter uma análise mais crítica ecautelosa sobre a escolha do material didático a ser utilizado, de modo que o docente tenhaa liberdade e a autonomia de trabalhar utilizando-o como um material de apoio, etornando-o uma ferramenta de ensino, e não apenas de reprodução de conteúdo
Apresentação
ID: 9522
Resumo
VIOLÊNCIA E SOCIEDADE: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA GENÉTICA NO ENSINO MÉDIO PARA A DESCONSTRUÇÃO CRÍTICO-CIENTIFICA DE PRECONCEITOS
Introdução: O referencial teórico do presente trabalho aborda as principais tentativas cientificas de biologizar o comportamento violento e como essas tentativas exemplificam a formação de vertentes preconceituosas dentro da ciência. Além disso, a fim de fundamentar a discussão acerca da análise de material didático, abordamos também o papel da educação na desconstrução de preconceitos, o ensino de genética e seus limites pedagógicos e qual é o papel do livro didático no ensino de genética.
Objetivo: Investigar como o assunto de genética é abordado no ensino médio para desmistificar preconceitos relacionados à violência, a forma na qual alguns livros didáticos tratam o assunto e as possíveis falhas nessa abordagem e a sugerir materiais e didáticas que adotem conteúdo para um ensino não só de genética, mas de biologia em si, de forma que estes sejam credíveis e busque a desmistificação de preconceitos.
Metodologias: Levantamento bibliográfico e análise documental - contagem de páginas destinadas a tratar sobre o assunto de genética (SILVA et al, 2009)[1] e a sistematização dos dados para análise qualitativa do conteúdo dos livros didáticos (MARSHALL E ROSSMAN, 2006)[2]
Tópicos analisados: abordagem de questões sociais, utilização de situações limites para aproximar-se da realidade do aluno, situação limite relacionada ao preconceito, desconstrução do determinismo genético, complexidade do comportamento violento, importância do ambiente nas expressões fenotípicas e a proximidade entre o conteúdo abordado e a construção crítica.
Resultados
Livro 1: MENDONÇA, VIVIAN L. Biologia: O ser humano, genética, evolução: 3 ed. São Paulo: Editora AJS, 2016.
Total de páginas: 288
Páginas genética: 86
Resultado análise: Não atende os tópicos analisados descritos na metodologia.
Livro 2: FAVARETTO, JOSÉ A. Biologia unidade e diversidade, 3º ano: 1 ed. São Paulo: Editora FDT, 2016.
Total de páginas: 363
Páginas genética: 100
Resultado análise: Atende parcialmente os tópicos analisados descritos na metodologia.
Livro 3: BANDOUK, A. C. et al. Ser protagonista: Biologia, 3º ano Ensino Médio. São Paulo: Edições SM LTDA, 2016.
Total de páginas: 384
Páginas genética: 109
Resultado análise: Atende parcialmente os tópicos analisados descritos na metodologia.
Conclusão: Ao decorrer deste trabalho mostra-se que a neutralidade da ciência, ou a ausência dela, é um dos fatores que contribui para a construção de preconceitos e quando atrelada às limitações de recursos e as políticas públicas destinadas ao seu ensino reduz significativamente a construção do conhecimento científico. Os resultados obtidos nesse trabalho evidenciam a grande distância entre a realidade do ensino de genética nas escolas brasileiras e a educação transformadora defendida pelas vertentes freirianas. A preferência pela transmissão do conhecimento à sua construção corresponde ao abandono do principal papel da educação e leva a formação de indivíduos sem que estes construam uma percepção de mundo e um pensamento crítico voltado à realidade na qual estão inseridos. Segundo Paulo Freire “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Negar que a educação aconteça de forma transformadora é permitir que o mundo mantenha as amarras e persista nos mesmos erros cometidos anteriormente.
Apresentação
ID: 9108
Resumo
O objeto da pesquisa são os discursos de professoras sobre a educação dos corpos de meninas e meninos na Educação Infantil. Trata-se de uma pesquisa de Iniciação Científica cuja inquietação surgiu mediante certas dicotomias observadas tanto no contexto da creche como no âmbito social na qual ela está inserida, que dizem respeito a rupturas entre biologia e cultura, como se estas dimensões não fossem inter-relacionadas. Então, nasceu o objetivo da pesquisa, que é conhecer as percepções de professoras da Educação Infantil sobre os estereótipos sexistas normalizados na sociedade e na creche, bem como sobre a importância de suas atuações na construção dos papeis de gênero na infância. Objetiva-se, ainda, compreender como se dá a resposta das crianças às inscrições realizadas em seus corpos, analisando suas possibilidades de construção da própria identidade, no encontro afetivo com as expectativas dos adultos em relação às expressões de seus corpos. A reflexão sobre o exercício da docência envolve perceber que ele pode significar uma ferramenta de manutenção das desigualdades de gênero ou, de outro modo, um tempo-lugar de criação de gestos de combate às normatizações e ao controle das expressões corporais de meninas e meninos. A pesquisa de natureza qualitativa, bibliográfica e com inserção em campo, pôde observar a importância de uma docência que atue respeitando a creche como lugar de encontro e convívio da diversidade, de combate à discriminação de gênero e de liberdade de ser e estar no mundo. Além disso, trouxe à pauta a necessidade de perceber a criança como ser completo que merece ser ouvida para além de expectativas adultocêntricas.
Apresentação
ID: 9316
Resumo
O projeto parte da premissa da interação intensa dos jovens pelas redes sociaisverificada na realidade hodierna, e a partir disso propõe investigar possibilidades desseespaço midiático para a educação, direcionando seu foco para o Instagram, uma rede socialmuito utilizada atualmente entre jovens, e ao mesmo tempo aquela com menos trabalhosacadêmicos com foco para Educação ou para a divulgação da ciência. Pode-se dizer que asredes sociais, em especial, são um tema bastante em alta e de pesquisas atualmente,podendo também considerar que a maior parte da população brasileira (e mundial) temacesso à elas. Então, por que não utilizá-las, a favor da ciência e transformá-la em uminstrumento para divulgação científica? A metodologia para o desenvolvimento do projetoenvolve a criação de um Perfil, produção de imagens, postagem destas no feed e nostories, foram criadas perguntas e enquetes com o objetivo de estimular os seguidores ainteragirem – de onde foram obtidos elementos para análise do material postado. Esteprojeto de Iniciação Científica explora potencias do Instagram como instrumento deDivulgação Científica para Biologia. Os dados obtidos, na forma de “curtidas”, visualizaçõese interações dos seguidores foram dados quantitativos que, ao serem confrontados com aanálise semiótica das fotografias, sugerem elementos presentes nas imagens fotográficasque mobilizam maior interesse dos leitores.
Apresentação