Departamento de Educação Física e Motricidade Humana
ID: 9414
Resumo
Atualmente, a Doença de Alzheimer (DA) atinge cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. A DA é caracterizada pela degeneração de funções cerebrais por meio de disfunções morfológicas ou metabólicas que acometem o Sistema Nervoso Central, causando perdas neuronais em regiões responsáveis por funções cognitivas, de memória, linguagem e funções executivas, influenciando aspectos motores no indivíduo. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi investigar por meio de uma revisão de literatura o controle postural de idosos com comprometimento cognitivo (CC) e idosos cognitivamente saudáveis. Para isso, foi realizada uma busca das bases de dados Scielo, Pubmed, ERIC e MEDLINE utilizando os descritores: “cognitive impairment”, “elderly”, “postural control” e “balance”. Os critérios de inclusão foram: participantes serem idosos com CC, avaliação do controle postural e ser um artigo original. Os artigos de revisão foram excluídos. Inicialmente foram encontrados um total de 516 artigos científicos e, após a eliminação dos artigos duplicados (n=8) e a aplicação dos critérios de elegibilidade, restaram 17 artigos, que foram incluídos no presente estudo. Estes artigos apresentaram uma grande diversidade nas características dos participantes dos estudos e também dos instrumentos utilizados para avaliar o controle postural. Dos artigos revisados, seis utilizaram a plataforma de força para avaliar os participantes do com CC (CC leve e moderado, Parkinson e DA) e do grupo controle (idosos cognitivamente saudáveis). Em geral, os resultados revelaram que os idosos com DA e Parkinson apresentaram resultados inferiores quando comparados aos grupos controle ou com CC leve e moderado, principalmente quando a avaliação era realizada com os olhos fechados. Dois artigos utilizaram o Berg Balance Scale para a avaliação. Em um dos artigos não foram encontradas diferenças entre participantes com DA leve e o grupo controle (idosos cognitivamente saudáveis), apenas entre participantes com DA moderada e o grupo controle. E no outro artigo não foram observadas diferenças entre os grupos (DA leve, CC leve, outras demências e cognitivamente saudáveis) avaliados no estudo. Dois artigos utilizaram o Computerized Dynamic Posturography para a avaliação e encontraram resultados similares entre os grupos avaliados, e ao utilizarem o Sistema de Organização Sensorial, os grupos com Parkinson nos estágios 2 e 2,5 apresentaram pior desempenho, principalmente nas condições dinâmicas. Por fim, sete artigos utilizaram diferentes métodos de avaliação (acelerômetros, BESTest e outros testes clínicos) em participantes com características variadas (CC subjetivo, CC leve e moderado, DA leve e moderado, Parkinson e idosos cognitivamente saudáveis) e, de forma geral, observaram que o desempenho foi pior nos grupos com maior CC e nas tarefas mais difíceis. Portanto, a partir dos estudos revisados é possível concluir que os idosos com comprometimento cognitivo apresentam pior funcionamento do sistema de controle postural que os idosos cognitivamente saudáveis.
Apresentação
ID: 9114
Resumo
Introdução: A postura sentada geralmente é a mais adotada no ambiente ocupacional universitário, gerando com frequência descompensações e aumento da sobrecarga nas estruturas musculoesqueléticas. Sua permanência por longos períodos está ligada ao aparecimento de quadros álgicos, principalmente nas regiões cervical e lombar da coluna vertebral. A prática de Yoga é procedimento reconhecido no Sistema Único de Saúde (SUS) como aliada valiosa para promover a saúde orgânica e mental de jovens, adultos e mesmo crianças. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de uma prática regular de Hatha Yoga nas queixas musculoesqueléticas percebidas por um grupo de jovens universitários. Metodologia: Um grupo de 14 estudantes participou voluntariamente de uma intervenção composta por um total de 24 sessões de Hatha Yoga com uma hora de duração, duas vezes por semana, após assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Aprovado com parecer no. 424/2011). As aulas foram desenvolvidas no âmbito de uma Atividade Curricular de Integração Ensino Pesquisa e Extensão chamada “Yoga: Prática Integrativa” (código: 23112.001840/2016-01) e promovidas por professor credenciado para ministrar aulas de Hatha Yoga. A intervenção consistiu na prática de Asanas (posturas que condicionamento o aparelho musculoesquelético como meio de se obter o equilíbrio dos sistemas fisiológicos), Pranayamas (práticas de controle respiratório), Pratyahara (práticas de introspecção e atenção no momento presente) e Dhyana (práticas de meditação). Antes do início e após o fim da intervenção todos os voluntários preencheram o Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) e o Questionário Nórdico Musculoesquelético (QNM), este último adaptado culturalmente para a língua Portuguesa. Resultados: Aos se comparar os períodos de uma semana imediatamente antes do início e após o final da intervenção com Hatha Yoga, observou-se que as maiores reduções de queixas musculoesqueléticas auto-observadas pelos estudantes ocorreram na região dos ombros com redução de 100% das queixas, seguida pela região lombar com 30.4% e do pescoço com 19.4% de redução de queixas. Não houve grupo controle e esses resultados precisam ser avaliados com cautela. Conclusão: Considerando as limitações deste estudo, pode-se concluir que a prática regular de Hatha Yoga proporcionou redução das queixas musculoesqueléticas auto-observadas em um grupo de estudantes universitários e pode ser uma alternativa para a prevenção de queixas por hábitos posturais inadequados em acadêmicos saudáveis.
Apresentação
ID: 9423
Resumo
Com o crescimento da população idosa e consequente aumento de sua expectativa de vida, aumenta-se também o risco de se desenvolver patologias associadas a idade, como a Doença de Alzheimer (DA) ou mesmo o comprometimento cognitivo leve (CCL). Existem evidências de que o processo de envelhecimento e as alterações das funções cognitivas (CCL ou DA) influenciam em aspectos motores, tais como marcha, estabilidade postural, AVDs. Além disso, biomarcadores (como por exemplo o Brain-derived neurotrophic factor - BDNF) tem sido utilizados como parâmetros para a compreensão da degeneração ou melhora do quadro da DA. Dessa forma, o objetivo desta revisão foi examinar as publicações que utilizaram testes funcionais e concentrações séricas de biomarcadores para avaliar idosos com comprometimento cognitivo e entender se há alguma relação direta entre estas medidas. Sob esta perspectiva, revisamos os artigos que fizeram testes em humanos vivos com comprometimento cognitivo, que usassem algum biomarcador e testes funcionais, excluindo pesquisas feitas em cadáveres, com população exclusivamente saudável, com idades menores que 60 anos e outras revisões de literatura. Os artigos foram pesquisados nas plataformas Scielo, PubMed e Medline, com os termos de pesquisa: Alzheimer AND motor OR functional AND biomarker NOT mouse. Esta busca inicial resultou em 399 estudos e, após realizar a leitura e seleção por título e resumo, foram selecionados 34 artigos para leitura completa. Após leitura completa dos artigos e aplicação dos critérios de elegibilidade, 5 artigos foram incluídos no presente estudo. Destes artigos, 2 estudos incluíram voluntários com CCL, enquanto os outros três divergiram nas características dos participantes: 1 incluiu voluntários com Doença de Parkinson, 1 inclui voluntários com doença dos Corpos de Lewy e 1 incluiu voluntário com pré-demência. Quanto aos testes funcionais, o mais usado foi o Trail Making Test (TMT) nas versões A e B e, em segundo, o teste Timed-Up and Go (TUG) tradicional e com dupla-tarefa (TUG-DT). Em um artigo foi encontrada relação entre testes funcionais e o nível de comprometimento cognitivo, mas apenas para o teste TUG-DT, com menor escore para o grupo DA. Ademais, não houveram comparações entre os resultados dos testes funcionais com os biomarcadores. A partir da revisão realizada foi possível observar que, embora existam indícios na literatura quanto aos reflexos dos biomarcadores nos testes funcionais, os resultados encontrados nos artigos não apresentam relação clara entre estas avaliações. Neste sentido, há a necessidade de estudos experimentais que relacionem diretamente os biomarcadores com testes funcionais na população idosa.
Apresentação