Departamento de Recursos Naturais e Proteção Ambiental

    A UTILIZAÇÃO DA VINHAÇA NO PEGAMENTO E CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS PRÉ-BROTADAS DE CANA-DE-AÇÚCAR

    Autores: Beatriz Octaviano Pedroso da Cruz, Douglas Roberto Bizari

    ID: 9229

    Resumo

    A produção de cana-de-açúcar é uma das atividades agrícolas de maior destaque no Brasil, sendo de suma importância para o agronegócio. No entanto, nos últimos tempos, as usinas enfrentam problemas relacionados à queda da produtividade e da longevidade de seus canaviais, e, nesse contexto, introduz a utilização das mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar (MPBs), técnica que garante o pegamento de grande quantidade de gemas no plantio, com redução de custo em curto prazo e potencial de aumentar a produtividade, longevidade e qualidade dos canaviais. É notório que, juntamente com o emprego de MPBs, a fim de elevar os índices produtivos, faz-se necessária a prática da irrigação e adubação da cana-de-açúcar, ou seja, a fertirrigação. Com a característica de diminuir o custo econômico da cultura e evitar o descarte irregular da vinhaça, principal resíduo da produção de etanol, ocorre a aplicação dessa como fertilizante via água de irrigação. Composta principalmente por matéria orgânica e potássio, a incorporação da vinhaça pode resultar em melhorias do aspecto físico-químico do solo e no desenvolvimento da planta, mas, quando aplicada em concentrações excessivas, resulta no processo de salinização do solo e “queima” das mudas. Dessa forma, objetivou-se verificar o pegamento e o crescimento inicial de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar com a aplicação de diferentes doses de vinhaça sob sistema de irrigação por aspersão. Foram testados 5 tratamentos, designados por T1, que não recebeu a dose de vinhaça, sendo utilizado como “testemunha”; T2: 15 mm ao todo de vinhaça; T3: 30 mm; T4: 60 mm; e T5: 90 mm de água, Foram realizadas duas aplicações para cada tratamento, uma no dia do plantio e a outra, 30 dias após. Avaliou-se o diâmetro do colmo, o crescimento em altura das plantas ao longo do tempo, o número de perfilho e o teor indireto de potássio adicionado ao solo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 12 repetições, resultando em 60 parcelas. As médias obtidas foram submetidas ao teste de Tukey (5%). Os tratamentos 1, 3, 4 e 5 mostraram maior crescimento em altura, no entanto, o T4 atingiu os melhores resultados no contexto geral. O incremento do potássio foi considerável, atribuindo melhorias nos aspectos químicos do solo

     

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    GERMINAÇÃO DE CYPERUS ROTUNDUS

    Autores: Beatriz Fogolari Boteon, Patrícia Andrea Monquero

    ID: 9212

    Resumo

    A tiririca (Cyperus rotundus L.) é uma das plantas daninhas mais prejudiciais àsculturas, causando perdas substanciais de produção. Esta espécie daninha com apenasum tubérculo em 60 dias produz mais 126 contendo gemas que quando separadas darãoorigem à novos indivíduos, além da produção de sementes. Portanto, o objetivo destetrabalho foi avaliar como a profundidade do plantio dos tubérculos pode afetar aemergência da planta daninha em 1,3,6,9,12,15 centímetros. O experimento foi feito emcondições de casa-de-vegetação com vasos com capacidade volumétrica de 10 L. Ostubérculos de tiririca foram adquiridos de empresa especializada e foram separados,sendo utilizados tubérculos de tamanho variando de 0,5 a 1,0 g, posicionados aprofundidade de 6 cm no solo. Após isto, foram colocadas diferentes profundidades novaso. A emergência das plantas daninhas foi avaliada semanalmente até 60 dias após oplantio (DAP). Após as avaliações foi possível concluir que nas profundidades de 6 a9cm apresentaram maiores valores de matéria seca da área foliar da planta. Naprofundidade 6cm foi a que apresentou maior velocidade de emergência em relação asdemais. Para a produção de matéria seca da parte aérea da planta, os melhoresresultados foram obtidos nas profundidades de plantio 6, 9 e 12 cm.

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    LEVEDURA RIZOSFÉRICA TORULASPORA GLOBOSA COMO INDUTORA DE RESISTÊNCIA SISTÊMICA NO CONTROLE DE FUSARIUM VERTICILLIOIDES EM MILHO

    Autores: Fernanda de Sousa Colombini, Márcia Maria Rosa Magri

    ID: 9580

    Resumo

    Na cultura de milho, um dos vegetais mais consumidos no mundo, utilizam-se numerosas aplicações de agroquímicos para o controle de fitopatógenos que causam danos à saúde humana e ao ambiente. Dentre as principais doenças que afetam a cultura, o fungo Fusarium verticillioides é responsável por causar podridão em raiz, colmo e espiga, além de causar danos em grãos armazenados. As plantas, naturalmente expostas a estresses ambientais, apresentam mecanismos de defesa que permanecem inativos ou latentes até serem acionados por condições adversas. Um desses mecanismos é conhecido como Resistência Sistêmica Induzida (RSI). Agentes químicos, como o ácido acetilsalicílico (AAS) ou agentes biológicos, como microrganismos promotores de crescimento vegetal (MPCV) podem ser utilizados para acionar a RSI. Embora diversos trabalhos apresentem as potencialidades da RSI por MPCV, o estudo da ação de leveduras responsáveis por tais mecanismos ainda não está completamente elucidado. Considerando o exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade da levedura rizosférica Torulaspora globosa (linhagem 6S01) em acionar a RSI em milho, afim de promover uma resposta imune ao fitopatógeno Fusarium verticillioides. Plantas de milho foram cultivadas em vaso, em casa de vegetação, onde receberam os tratamentos (4 dias após emergência) que seguem: controle (água), salina (NaCl 0,85%), solução de AAS (100mg/L), células de levedura (1x105 células/ml) e metabólitos da levedura (filtrado do meio de cultivo da levedura por 48 horas). Os tratamentos foram aplicados com borrifador (5 ml/planta). Após os tratamentos, as plantas foram inoculadas com esporos do patógeno Fusarium verticillioides (1x106 esporos/ml). Dez dias após a inoculação do fungo, as plantas foram analisadas quanto ao grau de severidade dos sintomas de podridão, além do desenvolvimento do vegetal. Os resultados mostram que a aplicação de células da levedura T. globosa promoveu a RSI de forma semelhante ao uso do AAS, uma vez que nas plantas desses tratamentos os sintomas de podridão foram menores, comparados aos outros tratamentos. Também foi possível observar que as plantas tratadas com as células da levedura tiveram seu desenvolvimento estimulado, principalmente nos parâmetros comprimentos parte aérea e raiz, reforçando sua atividade de promoção de crescimento vegetal.

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    MANEJO DE ELEUSINE INDICA E DIGITARIA INSULARIS ATRAVES DE USO DE COBERTURA E HERBICIDAS APLICADOS NA PRÉ-EMERGÊNCIA

    Autores: Gustavo da Cunha Ramos

    ID: 8782

    Resumo

    Esse trabalho teve como objetivo avaliar o controle das gramíneas capim-amargoso e capim-pé-de-galinha através do uso de cobertura vegetal combinado ou não com herbicidas aplicados na pré-emergência das plantas daninhas. O experimento foi instalado no Centro de Ciências Agrárias/UFSCar, localizado no município de Araras, São Paulo. O trabalho foi conduzido individualmente para cada espécie de planta daninha em casa-de-vegetação em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 6, com quatro repetições. No primeiro fator tivemos a cobertura vegetal das espécies: feijão guandu (10 t/ha), sorgo (20 t/ha), crotalárias (Crotalária juncea (15 t/ha), Crotalária spectabilis(20 t/ha) e Crotalária breviflora (10 t/ha) e no segundo fator a aplicação em pré-emergência dos herbicidas: trifluralina (2 L p.c ha-1), pendimenthalin (3 L p.c ha-1), clomazone (2 L p.c ha-1), s-metolachlor (2 L p.c ha-1), sem uso de herbicida (testemunha herbicida) e testemunha (sem cobertura e sem aplicação de herbicida). As espécies foram semeadas separadamente em quantidade suficiente para se obter 10 plantas por vaso com capacidade volumétrica de 5 L e no dia seguinte após a semeadura, foram depositadas na superfície do solo o material vegetal das diferentes espécies de cobertura e posteriormente aplicado os herbicidas. As avaliações de controle foram realizadas 10,20 e 30 dias após a emergência das gramíneas, e por fim, foi avaliada matéria seca da parte aérea das plantas daninhas. O sorgo, feijão guandu e C.breviflora foram as espécies mais eficientes no controle do capim pé-de-galinha quando não houve aplicação de herbicida. Para o capim-amargoso, o sorgo foi o único que obteve controle satisfatório acima de 80% quando não houve nenhuma aplicação. Porém, quando ocorreu a associação dos herbicidas independente com qual palhada utilizada, os tratamentos tiveram controles excelentes.

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    MANEJO QUIMICO DE PLANTAS DANINHAS EM FUNÇÃO DA QUANTIDADE DE PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR.

    Autores: Giovana Cabello de Morais, Patrícia Andrea Monquero

    ID: 8844

    Resumo

    A presença de palha de cana-de-açúcar sobre a superfície do solo pode interferir na germinação das sementes das plantas daninhas e também com a dinâmica dos herbicidas aplicados em pré-emergência. O objetivo deste trabalho será de verificar a interação de herbicidas e a cobertura do solo com palha de cana-de-açúcar, sobre a emergência e controle de seis espécies de plantas daninhas (Urochloa decumbens, Digitaria horizontalis, Cenchrus echinatus, Ipomoea triloba e Merremia aegyptia). Os experimentos serão conduzido em casa de vegetação em delineamento experimental inteiramente casualizado para cada espécie daninha com esquema fatorial 11 x 5, sendo aplicados 11 tratamentos herbicidas e testemunha sem aplicação- isoxaflutole, clomazone, sulfentrazone, indaziflan, amicarbazone, thebutiuron, clomazone + hexazinone, imazapic, amicarbazone + tebuthiuron, indaziflan + metribuzin e indaziflan + isoxaflutole e 5 quantidades de palha de cana-de-açúcar sobre a superfície do solo - 0, 2, 6, 8 e 10 t ha-1, com quatro repetições. Cada espécie será semeada separadamente, as diferentes quantidades de palha serão colocadas sobre a superfície do solo e um dia após serão aplicados os tratamentos herbicidas. Após simulação de 20 mm de chuva as palhas serão retiradas e as avaliações serão realizadas. A emergência das plantas daninhas será avaliada semanalmente até os 35 dias após a semeadura (DAS), sendo realizada a contagem das plantas emergidas. Aos 5, 10, 15, 25 e 35 DAS será avaliada a porcentagem de controle das plantas daninhas e ao final será obtido a matéria seca da parte aérea.

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    O PERÍODO DO DIA IMPACTA NA EFICÁCIA DOS HERBICIDAS NO CONTROLE DE AMARANTHUS HYBRIDUS E BIDENS PILOSA?

    Autores: henrique spricigo, Patricia Andrea Monquero

    ID: 9006

    Resumo

    Resumo: Os herbicidas aplicados em pós-emergência são essenciais no sistema integrado de manejo de plantas daninhas. No entanto, pesquisas tem demonstrado que a eficácia destes herbicidas pode variar de acordo com a hora do dia durante a aplicação. Portanto, o objetivo principal desta pesquisa foi determinar a melhor hora do dia em para aplicar herbicidas, especialmente o dicamba e associações, a fim de alcançar o maior controle de plantas daninhas. O experimento foi feito em casa-de-vegetação em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições em esquema fatorial 14 x 4 +1, sendo 14 tratamentos e 4 períodos do dia de aplicação. Os herbicidas dicamba (480 e 280 g i.a. ha-¹), glufosinato de amônio (600 e 300 g i.a. ha-¹), Glifosato (1140 e 720 g i.a. ha-¹) e as combinações de dicamba + glufosinato de amônio (480 + 600, 480 + 300, 280, + 600, 280 + 300 g i.a. ha-¹), dicamba + Glifosato (480 + 1140, 480 + 720, 280 + 1140 e 280 + 720 g i.a. ha-¹), além da testemunha, sem aplicação de herbicida foram aplicados no controle sobre Amaranthus hybridus e Bidens pilosa as 08:00, 12:00, 17:00 e 21:00 horas. As avaliações de porcentagem de controle visual foram realizadas aos 5, 10, 15, 25 e 35 dias após a aplicação dos herbicidas e na avalição final será medida matéria seca da parte aérea das plantas daninhas. Os resultados encontrados mostram que os tratamentos com associação dos herbicidas tiveram uma média de controles satisfatórios acima dos herbicidas aplicados de forma pura, os piores tratamentos foram glufosinato de amônio 300g i.a. ha-¹ e Glifosato 720g i.a ha-1, os melhores horários para a aplicação do herbicida dicamba foi as 21:00, para suas associações e outros tratamentos os horários variam de acordo com cada herbicida.

     

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    USO RACIONAL DE NUTRIENTES NO CULTIVO DE ALFACE HIDROPÔNICA

    Autores: Emily Mariano da Cruz Lopes, Priscila Helena da Silva Macedo, Claudinei Fonseca Souza

    ID: 9026

    Resumo

    Atualmente os agricultores manejam a solução nutritiva de forma a promover seu descarte total após o consumo parcial dos nutrientes pela planta, o que pode apresentar alguns inconvenientes como o desperdício de água e nutrientes. O ajuste periódico da sua composição, embora ainda seja um desafio, possibilita um manejo racional e sustentável, evitando o despejo de poluentes nos corpos hídricos. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa é testar a hipótese de que a reposição de nutrientes proporciona o aproveitamento das soluções nutritivas descarte no cultivo hidropônico de alface (Lactuca sativa L.). O experimento foi conduzido em estufa agrícola na área experimental do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o sistema de cultivo utilizado foi o hidropônico NFT (Técnica do Fluxo Laminar de Nutrientes) que contou com estrutura composta por perfis sobre bancadas para um total de 384 plantas. No experimento foi caracterizado semanalmente o consumo nutricional da alface, durante um ciclo da cultura. A troca da solução foi realizada a cada sete dias junto com a coleta de amostras da solução inicial e descarte que foram analisadas para determinação dos macronutrientes N, P, K, Ca e Mg. Paralelamente foi realizada a amostragem da parte aérea aos 1, 7, 14, 21 e 28 dias após transplante (DAT), a fim de se determinar a marcha de absorção dos nutrientes pelas plantas de alface. Também foram coletadas amostras vegetais aos 28 DAT para avaliação agronômica de massas fresca e seca. A ordem decrescente de absorção dos macronutrientes pelas plantas de alface encontrada nas análises foliares foi K>N>Ca>P>Mg. O potássio foi o nutriente mais absorvido pelas plantas obtendo-se aos 28 DAT 63,17 g kg-1 planta, seguido pelo nitrogênio com 37,20 g kg-1 planta. Para o cálcio o valor obtido ao final do ciclo foi 13,09 g kg-1 planta, e em relação ao fósforo e o magnésio, nutrientes de menor absorção pelas plantas, foram observados comportamentos semelhantes com teores foliares de 6,09 g kg-1 e 4,42 g kg-1 planta, respectivamente. A média dos valores de massa fresca (MFA) e massa seca (MSA) da parte aérea encontradas aos 28 DAT foram de 275,3 e 11,8 g planta-1, respectivamente. A condutividade elétrica da solução se manteve na faixa recomendada para a cultura da alface que varia entre 1,5 a 2,5 dS m-1, assim como o pH que varia entre 6,0 e 6,5 para manter o meio favorável ao desenvolvimento das plantas. Pode-se concluir que os resultados obtidos para a absorção de nutrientes pelas plantas de alface corroboram aqueles citados na literatura e quando relacionados aos teores presentes na solução nutritiva será possível realizar a reposição de nutrientes conforme a hipótese proposta. Visando a sequência da pesquisa, sugere-se demonstrar com os resultados obtidos a viabilidade do aproveitamento da solução nutricional descarte, contribuindo para reduzir os riscos de contaminação do meio ambiente e facilitando o manejo para os agricultores.

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