Departamento de Engenharia Civil
ID: 9139
Resumo
Introdução
O termo salubridade ambiental é definido como o estado em que se vive uma população considerando a saúde, bem estar e capacidade de evitar epidemias veiculadas pelo meio ambiente (Funasa, 2019). No Brasil, 83% da população brasileira possui rede de água, 53% possui rede coletora de esgoto sanitário e 46% do esgoto gerado é tratado (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL, 2018).
O uso de indicadores cresceu, mensurando questões físicas, socioculturais e ambientais e o único método consolidado com esta natureza é o Indicador de Salubridade Ambiental (ISA), elaborado pelo Conselho Estadual do Saneamento do Estado de São Paulo (CONESAN), em 1999.
Objetivo
O principal objetivo foi adaptar e aplicar o ISA nos municípios de Rio Claro, Limeira, Santa Gertrudes e Cordeirópolis, da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) 05.
Metodologia
Iniciou-se com o levantamento bibliográfico, sendo observado a existências de indicadores, métodos e interpretações. Em seguida, selecionou-se municípios contidos na mesma bacia hidrográfica que Rio Claro. Os critérios foram: até 30km de distância, conter entre 20 a 30 mil habitantes e possuir plano de saneamento disponível em meio digital. Assim, Santa Gertrudes e Cordeirópolis foram selecionados. Limeira, não condizendo com as características pré-estabelecidas, participou do estudo por apresentar relevante uso de água no meio industrial.
Então, foram obtidos os dados em meio digital a partir do modelo de CONESAN, que contempla 18 indicadores organizados em: Indicador de Abastecimento de Água (Iab), Indicador de Esgotos Sanitários (Ies), Indicador de Resíduos Sólidos (Irs), Indicador de Controle de Vetores (Icv), Indicador de Recursos Hídricos (Irh) e Indicador Socioeconômico (Ise).
Porém, observou-se a falta de muitos dados, que gerou a necessidade de adaptação no método. As adaptações representam o resultado da pesquisa. Por fim, aplicou-se o modelo adaptado aos municípios estudados.
Resultados
Houve necessidade de adaptar o Indicador Sócio Econômico e os subindicadores: qualidade da água distribuída (Iqa), disponibilidade dos mananciais (Idm), saturação dos sistemas produtores de água (Isa), saturação do tratamento de esgoto (Ise) e do tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (Isr).
O detalhamento das adaptações pode ser consultado no artigo apresentado no XVI FAAP, em 2020, em https://www.eventoanap.org.br/data/inscricoes/5507/form3085191391.pdf
Assim, Cordeirópolis (72,7 pontos) atingiu média salubridade, enquanto Rio Claro (78 pontos), Limeira (86 pontos) e Santa Gertrudes (89,7) atingiram situação salubridade.
Santa Gertrudes obteve o melhor resultado por apresentar mais indicadores com dados elevados. Os indicadores que necessitam maior atenção para gestão de infraestrutura são o Iab, Ies e Irs, por apresentarem grande relevância no cálculo do ISA final.
Conclusão
O método ISA pelo Conesan (1999) é fundamental para mensuração e acompanhamento da salubridade ambiental. No entanto, devido a novas demandas, foram necessárias adaptações no método para esta investigação.
Estudos discutem algumas possibilidades de alteração tanto no procedimento de cálculo quanto ao indicador em si. Contudo, não há consenso e pesquisas científicas são necessárias.
Este indicador é essencial para a gestão dos serviços públicos e qualidade de vida urbana.
Apresentação
ID: 8798
Resumo
O lodo gerado em Estações de Tratamento de Água (ETA) possui cerca de 3% de teor de sólidos, necessitando de desaguamento para a redução de volume, com o intuito de facilitar seu uso benéfico ou reduzir os custos para a sua disposição ambientalmente adequada. No Brasil, o uso de sistemas naturais de desaguamento tem se mostrado como alternativa promissora. Dentre estes sistemas, destaca-se o Leito de Drenagem (LD), que usa o geotêxtil de forma a proporcionar a filtração e desaguamento do lodo e, por ser um sistema aberto, tem como vantagem a influência da evaporação na secagem. Para caracterizar geotêxteis para esse uso, foram feitos os ensaios de gramatura, espessura e permissividade de quatro tipos diferentes de geotêxteis não-tecidos e dois tipos de geotêxteis tecidos. Foi constatado que, pelas amostras terem grandes dimensões, os corpos de prova apresentam variabilidade quanto as propriedades. O coeficiente de variação das gramaturas para todos os tipos foi menor que 10,02%. Para a espessura, o coeficiente de variação máximo foi 7,15%. Já para a permissividade, por ser um ensaio mais complexo, com maior probabilidade de erros de equipamentos e humanos, o coeficiente de variação foi maior, de até 16,57%, porém ainda conforme o esperado. Houve divergência entre os dados de catálogo e os obtidos pelos ensaios, na maioria das vezes pouco significativos, de até 10%. Porém houve alguns valores que variaram até 40%, o que já caracteriza uma diferença significativa. Os resultados obtidos nesses ensaios devem ser confrontados com ensaios de desaguamento feitos com os mesmos geotêxteis para determinação da influência do tipo de geotêxtil nesse processo.
Apresentação
ID: 8985
Resumo
A crescente procura por construções mais rápidas, enxutas e consequentemente mais econômicas, revelam a necessidade do desenvolvimento de novas soluções na área de estruturas. Construções que utilizam o aço tem se tornado cada vez mais comum como alternativa às tradicionais estruturas de concreto armado, destacando-se os perfis formados a frio frente aos perfis soldados e laminados. Com elevada resistência mecânica, menor consumo de material e maior relação inércia/peso, a utilização desse tipo de perfil pode levar a um menor custo final da estrutura. É muito empregado em seções compostas, onde dois ou mais perfis são ligados de forma contínua ou intermitente, buscando aumentar a capacidade resistente dos elementos. Entretanto, existem poucos estudos que permitam um domínio aprofundado sobre o tema. Logo, algumas recomendações normativas e procedimentos de dimensionamento podem gerar resultados conservadores, ou ainda, contrários à segurança. Para contribuir com o melhor entendimento sobre o tema, este trabalho analisou numericamente, via Método dos Elementos Finitos utilizando o programa Ansys, barras compostas de aço formadas a frio em seção duplo “U” com travejamento em quadro sob compressão, avaliando a influência da inserção de chapas separadoras, comprimento dos perfis e imperfeições geométricas iniciais na força normal resistente. Além disso, buscando complementar estudos anteriores, a mesma configuração e perfil (2U 100x30x2,0) já estudados foram utilizados, porém reduzindo pela metade as dimensões das chapas separadoras e, posteriormente, extrapolando o estudo para um perfil com maior espessura (2U 100x30x3,0). Os resultados da análise numérica foram comparados com os obtidos por outros autores e com valores resultantes de procedimentos normativos. Por meio das comparações foi possível concluir que a redução das dimensões das chapas separadoras praticamente não influenciou na capacidade resistente das barras, que o aumento da espessura dos perfis resultou no aumento da força normal resistente em todos os casos, porém não influenciou no modo de falha dos perfis e que os valores obtidos pelo dimensionamento de procedimentos normativos resultaram contra a segurança na maioria dos casos.
Apresentação
ID: 9421
Resumo
No Brasil, a geração dos diferentes tipos de resíduos e, principalmente seu descarte irregular tem determinado um processo contínuo de degradação das áreas mais vulneráveis das cidades com implicações na qualidade de vida da população. Com a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010, a gestão de qualquer resíduo sólido se tornou imprescindível. Entre os resíduos sólidos que mais impactam o meio ambiente cabe destaque os resíduos da construção civil (RCC) por problemas como: desperdícios de materiais; consumo excessivo de matéria prima e geração descontrolada de resíduos. Na atualidade, um dos RCC mais presentes em obras de edificações é o resíduo de gesso (RGCC). O gesso enquanto material de construção pode ser utilizado em revestimentos de forros e paredes, em molduras e quadros, em divisórias e paredes drywall. Embora o gesso traga vantagens econômicas, ele apresenta certa periculosidade. O objetivo da presente IC foi estudar os aspectos quali-quantitativos e de periculosidade dos resíduos de gesso oriundos das obras de São Carlos-SP. A metodologia foi estruturada em cinco etapas: levantamento da situação do manejo dos RGCC; identificação de descartes clandestinos; caracterização física do RGCC; cálculo estimado da geração dos RGCC; ensaios de solubilização de amostras de RGCC. Na cidade de São Carlos- SP, os principais responsáveis pelo manejo dos RGCC são os mesmos transportadores de outros entulhos de obras. Pela lei 13.867/2006 que instituiu o Plano Integrado de Gerenciamento de RCC em São Carlos, o RGCC deve ser disposto em infraestruturas licenciadas e adequadas no município. No entanto, em razão dos valores diferenciados para esses resíduos, foi possível observar aumento dos descartes irregulares. No mapeamento realizado foi possível levantar que somente cerca de 20% desses descartes ocorrem no único aterro privado licenciado pela CETESB. Foi possível estimar que entre jan/2019 e set/2020 foram geradas 1.459,45 toneladas de RGCC. Portanto, em São Carlos obteve-se o índice diário de 2,83 ton/dia. Cabe observar que esta geração pode ser maior em razão dos descartes clandestinos. A partir dos resultados obtidos dos ensaios de solubilização conforme a NBR 10.006 (ABNT, 2004) pôde-se observar traços de metais pesados como chumbo e cádmio nos RGCC com valores de 0,06 e 0,003 mg/L respectivamente. Foi possível observar que dos parâmetros analisados apenas o chumbo e sulfato excederam aos valores máximos permitidos (VMP) constantes no Anexo G da NBR 10.004 (ABNT, 2004). Foi possível observar que o chumbo obteve valor de 0,06 mg/L e os sulfatos de 1600 mg/L (os VMP são de 0,01 mg/L e 250 mg/L). Com base nos resultados das análises dos extratos solubilizados pode-se classificar os RGCC como resíduos Classe II A – não perigosos e não inertes. Por fim, foi possível concluir que a geração de 2,83 ton/dia entre 2019 e 2020 aumentou com relação aos anos anteriores. Porém, a geração de 2% de RGCC pode ser considerada pequena frente a geração total de RCC. Por outro lado, pelos ensaios de solubilização foi possível concluir que os RGCC possuem caráter não inerte, o que gera preocupação quanto ao seu descarte irregular.
Apresentação
ID: 9059
Resumo
A escória de aciaria é um resíduo siderúrgico, cuja a produção brasileira é de 4,7 milhões de toneladas anuais. Contudo, menos de 60% desse volume são reaproveitados, implicando em perdas econômicas e problemas ambientais, pois os montantes sem destinação são depositados em pátios siderúrgicos ou aterros a céu aberto, ocupando espaços crescentes e podendo causar danos à vida animal. Deste modo, alternativas para o reaproveitamento do resíduo são necessárias, como a sua utilização na forma de agregados para concretos. Entretanto, para que possa ser empregada, a escória precisa passar por processos de estabilização química, pois em sua composição estão presentes elementos livres passíveis de expansão, como a cal livre. A escória de aciaria deste estudo foi estabilizada por um método relativamente novo no Brasil, denominado BSSF (Baosteel’s Slag Short Flow). Logo, afim de investigar a sua viabilidade para incorporação na forma de agregados em concretos, desenvolveu-se o presente trabalho. O estudo consistiu na confecção de cinco concretos com a substituição em volume dos agregados naturais pelo agregado de escória de aciaria em teores de 0 (referência), 20, 40, 60 e 80%, e avaliação de suas propriedades mecânicas: resistência à compressão axial, nas idades de 7, 28 e 91 dias, e módulo de elasticidade estático, nas idades de 28 e 91 dias. Avaliou-se ainda o índice de consistência, afim de verificar a trabalhabilidade das misturas em estado fresco. Os materiais empregados na composição dos concretos foram: cimento CP V ARI, areia natural quartzosa, brita natural basáltica, aditivo superplastificante e a escória de aciaria BSSF. Os resultados de consistência indicam que incorporação da escória em teores de até 40% podem contribuir positivamente para trabalhabilidade, mas teores superiores implicam em problemas de coesão devido à excessiva quantidade de finos na composição. Em relação à resistência à compressão, observou-se que na idade de 7 dias apenas os traços de 40 e 60% apresentaram ganhos em resistência em relação ao traço de referência (10,8% e 7,3%, respectivamente). A mesma tendência se repetiu para a idade de 28 dias. Contudo, na idade de 91 dias, todos os concretos com incorporação de escória apresentam resistências superiores ao de referência, com os traços de 40 e 60% alcançando os maiores valores (44,4 e 45,7 MPa, respectivamente).Em relação ao módulo de elasticidade, todos os concretos com incorporação da escória apresentaram desempenho superior ao de referência, em ambas idades (28 e 91 dias). Ademais, somente o traço de 80% apresentou ganho de módulo em idade avançada. Logo, o agregado de escória de aciaria contribui para o aumento da rigidez dos concretos, que pode ser devido à suas características físicas, como alta dureza e rugosidade do material. Por fim, conclui-se que entre os traços de concreto estudados e em função das propriedades mecânicas avaliadas, as misturas com a incorporação de escória de aciaria BSSF nos teores de 40 e 60% em substituição aos agregados naturais apresentaram os melhores desempenhos, sendo superiores ao traço de referência e indicados para confecção de concretos estruturais.
Apresentação
ID: 9317
Resumo
introdução
Conforme exposto na NBR 6136 (ABNT, 2016), os blocos vazados de concreto podem utilizar diferentes tipos de agregados, com a condição de que o produto final atenda aos requisitos físico-mecânicos prescritos em norma. Nesse sentido, conhecer e controlar as propriedades físicas e mecânicas de cada um dos componentes da alvenaria passa a assumir grande importância na concepção de edificações seguras e eficientes.
Este projeto propôs então avaliar a influência do agregado de diferentes origens mineralógicas nas propriedades mecânicas do bloco vazado de concreto: resistências à compressão e tração; e módulo de deformação secante. Para isso, foram produzidos blocos vazados de concreto com três tipos distintos de agregados graúdos (calcário, gnaisse e basalto), com três resistências diferentes, mantendo-se o traço para ambos os tipos de agregado.
objetivo
De modo geral, este estudo pretende analisar a relevância que o agregado acarreta às propriedades mecânicas dos blocos vazados de concreto, a partir dos parâmetros obtidos nos ensaios que serão realizados com os diferentes blocos, variando-se resistências e origem mineralógica dos agregados, para caracterização das propriedades mecânicas do material que o constitui, utilizando-se de modelos numéricos e formulações algébricas propostas pela literatura. Dessa forma, visa analisar o comportamento estrutural de blocos vazados de concreto e correlacioná-lo com as propriedades dos materiais constituintes.
metodologia
Foram caracterizados todos os agregados graúdos e miúdos utilizados na fabricação dos blocos vazados de concreto. Os agregados utilizados foram: pó de basalto, pedrisco de basalto; pó de calcário, pedrisco de calcário; pó de gnaisse, pedrisco de gnaisse e areia. Em seguida avaliou-se unidades de diferentes resistências nominais e prismas de duas unidades contendo três tipos diferentes de agregados graúdos (basalto, gnaisse e calcário). Durante os ensaios de compressão foram obtidos deslocamentos, resistência à compressão última e módulo de deformação da secante na compressão. A partir dos resultados experimentais, modelos numéricos e formulações algébricas propostas pela literatura foram implementados no software Abaqus 2017.
resultados e conclusão
Foi possível identificar a influência da geometria dos agregados e produção dos blocos em suas propriedades mecânicas. Nesse ponto destaca-se o maior teor de finos e melhor compacidade nas misturas de gnaisse (optimizado utilizado pela empresa) fornecendo os melhores resultados de resistência a compressão e modulo de deformação nas classes de 6 e 12 MPa.
A variação de resistência dos componentes e o tipo de agregado graúdo no bloco tem grande papel na determinação final das características mecânicas dos blocos e prismas. Com a análise de resistência dos blocos, prismas e argamassas foi possível verificar as correlações entre os elementos (bloco/prisma), obtendo-se valores satisfatórios e, em sua maioria, superiores aos valores normativos de referência.
No que se refere à simulação numérica, conclui-se que boa precisão de resultados foi obtida. Nesse sentido, destaca-se a importância que os valores experimentais e a caracterização detalhada dos materiais exerceram na alimentação dos modelos numéricos. Os resultados numéricos reforçaram o entendimento de que tanto o tipo de agregado quanto geometria das unidades e parâmetros dos materiais constituintes influenciam consideravelmente as propriedades mecânicas dos blocos e prismas.
Apresentação
ID: 9451
Resumo
A técnica do uso de reforços geossintéticos na restauração de revestimentos asfálticos é identificada como uma alternativa ao aumento da vida útil dos pavimentos devido à capacidade de minimizar a reflexão de trincas pré-existentes no pavimento. A eficiência desses revestimentos asfálticos reforçados por geossintéticos é garantida pelo bom desempenho da interface entre as misturas asfálticas e o reforço. Nesta interface, a aderência entre as camadas asfálticas deve ser a mais adequada possível. No entanto, sabe-se que diversos fatores influenciam essa aderência de interface, tais como o tipo do geossintético e suas propriedades físicas e mecânicas, o tipo de ligante e a taxa de aplicação e a condição pré-existente do revestimento. Uma das formas de escolher a taxa de ligante ideal é através da análise de capacidade de retenção de asfalto dos geossintéticos. Nesta pesquisa, foi investiga a influência do tipo de ligante nas propriedades de retenção de asfalto de geossintéticos por meio de ensaios de capacidade de retenção de asfalto (ASTM 6140) em três diferentes geogrelhas, compostas por diferentes polímeros e características físicas. Foram avaliados dois tipos de ligantes: emulsão catiônica de ruptura rápida tipo 2 (RR-2C) e o cimento asfáltico de petróleo (CAP 50/70). De modo geral, os resultados de retenção de asfalto foram maiores para o CAP do que para a emulsão, fato relacionado principalmente à viscosidade do ligante. Quando se utilizou o CAP, a geogrelha 1 (PET) apresentou um valor maior de retenção de asfalto do que a geogrelha 2 (PVA) e 3 (Fibra de vidro). A geogrelha 3 (Fibra de Vidro) apresentou elevado valor de retenção para a emulsão, provavelmente devido a aspectos físicos da amostra. A pesquisa evidenciou a importância de avaliar a propriedade de retenção de asfalto dos geossintéticos para diferentes tipos de ligantes e materiais poliméricos, visando a obtenção das propriedades que garantam a melhor aderência possível na interface (geogrelha e estruturas do pavimento reforçado) para que a restauração cumpra seu propósito com o melhor desempenho possível.
Apresentação
ID: 9210
Resumo
- Introdução
De um modo geral, as cidades brasileiras foram planejadas priorizando o transporte motorizado individual, o qual apresenta duas desvantagens. São elas: o uso de combustíveis poluentes e o uso ineficaz dos espaços urbanos (ITDP, 2017). Tais desvantagens explicitam a necessidade de buscar outros meios de transporte, sendo a bicicleta um deles, pois representa uma das melhores opções para as médias distâncias (de até 5 km), pois é mais rápido e limpo (Chapadeiro, 2012).
2. Objetivo
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade da infraestrutura cicloviária de Sinop, Mato Grosso. Foram considerados indicadores, cenários e pontuações, a partir dos quais foi calculado o Índice de Qualidade de Infraestrutura Cicloviária Total (IQICtotal) e o respectivo Nível de Serviço.
3. Metodologia
Os 15 indicadores de qualidade da infraestrutura cicloviária considerados são apresentados no Quadro 1.
Quadro 1 – Indicadores
Indicador |
G1 – Condições do pavimento |
G2 – Largura da via para ciclovias bidirecionais |
G3 – Sinalização |
G4 – Declividade da via |
G5 – Nível de segregação da ciclovia |
G6 – Conexão entre modais |
G7 – Conectividade das ciclovias |
G8 – Medidas de Traffic Calming nas intersecções |
G9 – Legibilidade |
G10 – Distância das ciclovias aos polos geradores de viagem (PGVs) |
G11 – Concordância da infraestrutura adotada em relação à velocidade dos veículos |
G12 – Iluminação |
G13 – Recuo dos estacionamentos e da linha de retenção de veículos automotores nas travessias de bicicletas |
G14 – Arborização e sombreamento |
G15 – Intersecções e travessias |
Fonte: Autoria própria (2020)
Ademais, as seguintes etapas foram realizadas:
a) Construção de um modelo SIG contendo a malha viária da cidade de Sinop;
b) Elaboração da pontuação dos indicadores;
c) Levantamento de campo;
d) Cálculo do IQIC por trecho e do IQICtotal;
e) Determinação do Nível de Serviço;
f) Criação de mapas temáticos.
A partir da pontuação obtida em cada indicador para as infraestruturas avaliadas, foi possível classifica-las de acordo com o Nível de Serviço (Quadro 2).
Quadro 2: Níveis de serviço
IQIC |
Nível de serviço |
0 a 0,9 |
E - Muito Ruim |
1 a 1,9 |
D - Ruim |
2 a 2,9 |
C - Regular |
3 a 3,9 |
B - Bom |
4 |
A - Muito Bom |
Fonte: Autoria própria (2020)
4. Resultados
No Quadro 3 são apresentados os IQICs por trecho que resultaram em um IQICtotal = 2,72, caracterizando um Nível de Serviço C - Regular.
Quadro 3 - IQICtrecho calculado a partir das notas por indicador
Vitória Régia |
Bruno Martini |
Tarumãs |
Itaúbas |
MT 140 |
|
IQICtrecho |
3,13 |
3,29 |
3,16 |
3,01 |
1,51 |
Fonte: Autoria própria (2020)
Na Figura 1 são apresentados os Níveis de Serviço obtidos para cada trecho.
Figura 1: Níveis de Serviço das infraestruturas cicloviárias
Apresentação
ID: 9086
Resumo
Devido as características mecânicas da madeira e do caráter sustentável da sua utilização em estruturas observa-se em países desenvolvidos um grande destaque para o uso deste material. Sendo o Brasil um país com uma área florestal nativa que equivale a mais de metade do seu território e um destaque no cenário mundial de produtividade de florestas plantadas este apresenta grande potencial para uso estrutural da madeira. Porém devido a características culturais o uso estrutural da madeira no brasil é em geral limitado ao uso nos telhados das edificações para as mais diferentes finalidades. Os projetos dessas estruturas são desenvolvidos com base nas recomendações da NBR7190(1997) Projeto de Estruturas de Madeira, que estabelece, entre outros aspectos, os parâmetros de rigidez para lotes de madeira enquadrados nas diferentes classes de resistência. Tendo em vista que as patologias mais recorrentes nas estruturas de cobertura estão relacionadas às deformações excessivas verificadas nos elementos estruturais, principalmente nos sujeitos à flexão, e que para o aumento do aproveitamento da potencialidade do Brasil estruturalmente é necessária qualidade no uso do material e para isso conhecimento das propriedades, o presente trabalho teve como objetivo verificar a efetiva representatividade do valor de rigidez estabelecido pela norma brasileira para madeiras da Classe C40.
Apresentação
ID: 9046
Resumo
INTRODUÇÃO:
A qualidade físico-química das águas subterrâneas é função das interações com a mineralogia do solo/rocha durante sua infiltração e do seu tempo de permanência nos aquíferos além das influências antrópicas decorrentes do uso e ocupação do solo. Com isso é comum encontrar águas com diferentes graus de qualidade e agressividade que podem variar de corrosivas à incrustantes (Mestrinho, 1996). Águas que apresentem agressividade corrosiva podem atacar tubulações metálicas podendo alterar a qualidade da água para o consumo humano (Lane, 1993). Segundo Gentil (2014), a corrosão é um processo de degradação de um material pela ação do meio. De maneira simplificada, a corrosão é a transformação de um metal em um íon metálico pela sua interação química ou eletroquímica com o meio em que se encontra, ocorrendo a troca de elétrons entre um elemento químico do material e um do meio. Uma das formas de verificar a agressividade da água é determinando o Índice de Saturação de Langelier.
OBJETIVO:
Determinar a variação da concentração de cobre na água em função do tempo de exposição desta com amostras de tubos de cobre.
MATERIAL E MÉTODOS:
Foram dispostos 87 pedaços de tubulação de cobre, com diâmetro 3/4” e 6 cm de altura em 3 béqueres com capacidade volumétrica de 2L. Cada béquer recebeu 1 litro de água proveniente de manancial subterrâneo, cujo Índice de Saturação foi previamente determinado como “moderadamente corrosivo” (LSI = -3,2804). Os béqueres foram mantidos em incubadoras à temperatura de 20°C e por diferentes tempos: 1 mês, 1 semana e 1 dia. Transcorridos os períodos determinados para cada béquer, coletou-se a água neles contida. Tanto antes da inserção das peças metálicas na água, quanto após o período de contato, determinou-se, para a água, os parâmetros: temperatura, dureza, alcalinidade, sólidos dissolvidos totais, pH e concentração de cobre, conforme métodos estabelecidos pela APHA (1995). Para as peças metálicas foram determinadas as massas, antes e após a imersão da água, empregando-se balança analítica com capacidade de pesagem de até 220 g., precisão de 0,1 mg, devidamente calibrada. Todas as medidas foram feitas em triplicata, sendo considerado os valores médios obtidos. Com os resultados obtidos para temperatura, dureza, alcalinidade, sólidos dissolvidos totais e pH foi determinado o Índices de Saturação, conforme proposto por Langelier (1936).
RESULTADOS:
As concentrações médias de cobre presente na amostra líquida para os tempos de exposição de 1 mês, 1 semana e 1 dia foram, respectivamente, 1,8003mgCu/l, 1,4187mgCu/l, 1,0663mgCu/l, não sendo detectável concentração de cobre na água do manancial subterrâneo. Em relação a massa das peças da tubulação de cobre observou-se redução de 1,8003g, 1,4158g e 1,0562g respectivamente para as amostras por 1 mês, 1 semana e 1 dia.
CONCLUSÕES:
As massas das tubulações de cobre foram reduzidas, em relação a massa inicial, em 0,3082%; 0,2425% e 0,1799%, respectivamente, quando expostas por um mês, uma semana e um dia.
As concentrações médias de cobre na água após os tempos de exposição foram inferiores ao valor máximo permitido (2 mg/L) pela portaria de potabilidade (BRASIL, 2017).
Apresentação
ID: 9094
Resumo
Os arenitos silicificados da formação Botucatu vêm sendo extraídos para uso na indústria de construção civil da região de São Carlos e Araraquara há no mínimo um século. Um desses litotipos, o arenito poroso vermelho (APV), é tradicionalmente considerado rejeito da extração de arenitos como o vermelho e o amarelo. No entanto, nos últimos anos a indústria de extração de rochas tem demonstrado interesse na possibilidade de comercializar litotipos comumente considerados como rejeito, como o APV. Tendo estes fatores em vista, o projeto foi realizado com os objetivos de expandir estudos anteriores de viabilidade de uso do APV, como de Moraes et al. (2018) e verificar os efeitos de exposição de placas de APV ao ácido muriático, comumente utilizado na limpeza de pisos (uma possível área de uso do litotipo). Para o estudo foram utilizadas placas de APV que haviam sido deixadas expostas à intempérie natural por 1 ano; estas foram divididas em 5 pares de amostras similares separados em dois grupos, 1 e 2. As amostras do grupo 1 foram submetidas a um ensaio de resistência a impacto de corpo duro segundo a NBR 15845-8 (ABNT 2015b). As amostras do grupo 2 foram submetidas a um ensaio de alteração acelerada, cuja metodologia foi desenvolvida por Frasca (2003), consistindo na imersão parcial prolongada das amostras em um reagente, no caso o ácido muriático. Após a alteração, as amostras do grupo 2 foram submetidas ao ensaio de impacto de corpo duro. Finalmente, os retalhos das amostras de ambos os grupos foram submetidos a um ensaio de índices físicos segundo a NBR 12845-2 (ABNT 2015a). As médias de energia de ruptura dos grupos 1 (são) e 2 (alterado) foram cerca de 6,7J e 4,4J, respectivamente. Isto representa uma redução de ~30%, e uma variação de energia média de ~2,3J, isso indica que o uso de ácido muriático afeta seriamente as propriedades mecânicas do APV. A massa das amostras do grupo 2 foi reduzida pelo ensaio de alteração acelerada, em média, ~456g (~23%); a perda de quase ¼ da massa pode indicar perda da cimentação do litotipo; o que explicaria a redução severa da resistência das amostras. Os ensaios de índices físicos indicaram, no geral, uma redução da densidade aparente das amostras após a alteração, junto com um aumento da porosidade aparente e, naturalmente, sua maior absorção de água; após a exposição do APV ao ácido muriático, foi notada a mudança da coloração das amostras, com as mesmas adquirindo uma coloração mais acinzentada. O uso de ácido muriático para a limpeza de superfícies compostas de APV pode acarretar o enfraquecimento das rochas devido à perda de cimentação, a perda de seu valor cosmético devido às alterações indesejadas de coloração e a futura ocorrência de processos erosivos associados à haloclastia, devido a cristalização de sais decorrentes da secagem do ácido na amostra. Portanto o uso de ácido muriático em APV não é recomendado.
Apresentação
ID: 9186
Resumo
Atualmente, a construção brasileira de casas e edifícios é composta majoritariamente de concreto armado e alvenaria, que possuem um baixíssimo grau de industrialização, gerando, assim, desperdício e retrabalho. Os sistemas construtivos Light Steel Frame (LSF) e Wood Frame(WF) alteram esta realidade, devido ao alto nível de industrialização, uma vez que, os perfis de aço e madeira são padronizados, os painéis podem ser montados em fábricas já com as instalações elétricas e hidráulicas prontas, precisando somente instalar no canteiro. Por este e outros motivos estes sistemas são empregados em larga escala em diversas regiões, como países da Europa, Japão, EUA e Canada. Como estes sistemas construtivos ainda não estão difundidos no Brasil, existe falta de conhecimento e desinformação, o que gera preconceitos, como o pensamento de que o WF e LSF não são seguros, pois não são resistentes. O trabalho realizado tem como objetivo trazer mais conhecimento e informação, reduzindo a desinformação. Isso ocorrerá da descrição e comparação dos sistemas LSF e WF, desde a fase do projeto e pós ocupação, mostrando as semelhanças e diferenças entre os sistemas, além da comparação com relação específica ao comportamento frente as ações horizontais de vento. Afim, de obter estas análises e resultados, fez-se um levantamento bibliográfico dos sistemas construtivos, coletando informações das etapas construtivas, materiais utilizados, preço de obras realizadas, e tempo de execução. Ademais, fez-se um estudo de caso com uma casa térrea e um apartamento de 4 pavimentos, sendo que para cada edificação fez-se 3 modelos, um de WF, e dois de LSF com diferentes contraventamentos, o OSB e a fita metálica. Realizou-se o desenho arquitetônico no CAD, a planta e cada painel das obras e após isto modelou-se no sap2000 para aplicar as forças e combinações, gerando, assim, os dados de deslocamento e reações.Os resultados desta pesquisa foram satisfatórios, a partir do levantamento bibliográfico foi possível captar várias informações uteis a respeito dos sistemas construtivos industrializados, elucidando desta maneira as semelhanças e sutis diferenças entre as construções. Por meio do estudo de casos, percebeu-se que as construções em WF são mais rígidas e pesadas que o LSF, resultando em menores deslocamentos e maiores esforços axiais em seus montantes. Foi possível observar também que a placa de OSB contribui de maneira mais efetiva como contraventamento, fazendo que haja menores deslocamentos. Por meio do estudo realizado, conclui-se que os sistemas construtivos industrializados WF e LSF apresentam diversas vantagens estruturais e construtivas que os colocam em condições de competir e superar os sistemas construtivos convencionais. Como por exemplo, estrutura leve, fundação mais rasa e barata, construção rápida sem resíduos, shaft visível que facilita a instalação elétrica e hidráulica. Ademais, são estruturas seguras e resistentes que apresentando baixos deslocamentos devido as ações horizontais dos ventos, haja vista que o maior deslocamento no edifício de 4 pavimentos em LSF de 5cm. Sabe-se que há particularidades em cada sistema, mas sobretudo ambos são seguros e vantajosos, dessa forma espera-se contribuir para ampliação do conhecimento sobre a construção industrializada, em particular, os sistemas WF e LSF.
Apresentação
ID: 9299
Resumo
Em situações de campo, há muitos relatos de retração significativa de geocompostos bentoníticos (GCLs) em liners de aterros sanitários. Estudos indicam que ciclos de umedecimento e secagem causados pela exposição à variação de temperatura são uma das causas potenciais para a retração dos GCLs com relatos de distanciamento de até 1,2 m entre emendas de sobreposições de GCLs. O objetivo deste trabalho é identificar os efeitos de retração de GCL, sob efeitos de ciclos de umedecimento e secagem, em relação à magnitude das deformações, e a relação com o teor de umidade inicial do GCL. Os corpos de prova de GCL foram cortadas com 700 mm (direção longitudinal) por 350 mm de largura, sendo que as extremidades da largura foram ancoradas, de modo a representar a situação de ancoragem em campo. Foi estabelecido um ciclo de umedecimento (nos teores de umidade pré-estabelecidos) por 8 horas e secagem em estufa com circulação de ar até completar 24 horas. O GCL analisado nessa pesquisa é composto por suporte em geotêxtil não tecido com núcleo em bentonita cálcica (ativada com carbonato de sódio) e geotêxtil tecido de cobertura, fixados por processo de agulhamento. Neste trabalho avaliou-se o efeito de diferentes teores de umidade de hidratação inicial (25, 50 e 100%) nos valores de retração de um GCL produzido com bentonitas cálcicas. Os resultados mostraram que houve um efeito significativo de retração de até 35%, correlacionado aos valores iniciais de teor de umidade do GCL. Os ensaios realizados até 20 ciclos de hidratação-secagem mostraram que o limite de retração não foi atingido.
Apresentação
ID: 8994
Resumo
Devido à geração crescente de resíduos sólidos na construção civil, é imprescindível investigar formas de reutilizar esses resíduos e mitigar os impactos ambientais da extração e do descarte inadequado. Nesse contexto, foi realizado um estudo experimental no qual resíduos de concreto foram utilizados na produção de concretos estruturais. O principal objetivo foi avaliar o impacto da substituição simultânea de agregados graúdo e miúdo natural por agregados de resíduos de concreto (ARC) em concretos estruturais. Para isso, foram avaliadas propriedades físicas e mecânicas de concretos em estado fresco e endurecido tomando como variável o teor de substituição do agregado miúdo e mantendo em 50% o teor de substituição do agregado graúdo. O programa experimental foi composto de 6 misturas de concreto sendo uma mistura de referência contendo apenas agregados naturais e cinco com agregados reciclados de concreto. Três teores de substituição do agregado miúdo foram avaliados: 30%, 50%, 100% e 100% com agregado miúdo reciclado saturado em 100%. Os agregados de resíduo de concreto foram produzidos a partir da britagem de corpos de prova de concreto e selecionadas as frações correspondentes à brita 0 e a agregado miúdo. Nas misturas de concreto foi utilizado o traço: 1,0:2,42:2,58:0,68 (cimento:areia:brita:água/cimento), com 3160 kg/m3 de cimento CP V ARI. Agregados naturais graúdos e miúdos foram caracterizados quanto à composição granulométrica, massa unitária, massa específica e absorção de água. Adicionalmente, foi determinada a absorção dos agregados de resíduo de concreto. Os parâmetros avaliados foram: resistência à compressão, módulo de elasticidade e absorção de água. Os agregados de resíduos de concreto apresentaram maior porosidade e absorção que os agregados naturais. Foram registrados aumentos de 96% e 6150%, respectivamente para agregados graúdos e miúdos, na absorção. Houve diferença significativa na trabalhabilidade devido à presença de ARC; redução de 93,3% no abatimento ocorreu para substituição total de agregado miúdo. No estado endurecido, lembrando que as misturas continham 50% de agregado graúdo de ARC, houve aumento da resistência à compressão para os menores teores de substituição do agregado miúdo (2,5% para 30% de substituição). Nos teores maiores, houve redução na resistência (9% para substituição total do agregado miúdo) ocasionado pela fragilidade do agregado reciclado. Em relação ao módulo de elasticidade, quanto maior o teor de substituição do agregado miúdo, menor o módulo de elasticidade; a redução chega a 24% para substituição total. Assim, os resultados experimentais corroboram resultados disponíveis na literatura e mostram que o agregado de resíduo de concreto, seja graúdo ou miúdo, pode ser utilizado na produção de concretos com fins estruturais. Além disso, é possível combinar agregados graúdos e miúdos de ARC na produção de concretos, mas, ao fazer isso, podem surgir dificuldades quanto à trabalhabilidade do concreto uma vez que os agregados miúdos de ARC apresentam absorção elevadíssima. A redução da trabalhabilidade afeta a qualidade do concreto endurecido causando redução na resistência a compressão. Por isso, são necessários estudos complementares para avaliar a correção da água da mistura e a saturação prévia dos agregados de resíduos de concreto.
Apresentação
ID: 9550
Resumo
O lodo gerado nas estações de tratamento de esgoto (ETE) é um resíduo sólido que deve passar por todas as possibilidades de tratamento e recuperação antes de ser encaminhado para destinação ou disposição final ambientalmente adequada. Uma das alternativas de tratamento para o lodo de esgoto é a biossecagem, que reduz o volume e a umidade do lodo através do aquecimento produzido pela atividade microbiana, preservando o poder calorífico e favorecendo seu aproveitamento energético. Dentre os fatores que influenciam a biossecagem do lodo de ETE, destaca- se: o tratamento adotado na ETE, a proporção de materiais estruturantes e componentes biológicos auxiliares da matriz inicial, o revolvimento da massa, o teor de umidade inicial e a taxa de aeração. A adição de componentes biológicos auxiliares, ou bulking agents, têm como função regular a umidade inicial, e aumentar a matéria orgânica biodegradável e a porosidade da matriz inicial, impulsionando o aumento de temperatura dentro do reator e, por consequência, o processo de biossecagem. São exemplos de bulking agents: lodo biosseco, palha, pó de café, serragem, lascas de madeira, cavaco de madeira, ração, resíduo orgânico municipal, entre outros. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da proporção de bulking agents no processo de biossecagem de lodo gerado em ETE, através de uma análise de ensaios realizados em escala laboratorial. Para tanto, foi feita uma revisão bibliográfica acerca do tema, e analisados quatro periódicos nacionais, que utilizaram diferentes tipos e proporções de bulking agents, e comparou-se os resultados obtidos por estes com trinta publicações internacionais, tomando-se como referência os seguintes parâmetros: sólidos totais, umidade e temperatura máxima. Os resultados demostraram que, para o lodo de esgoto anaeróbio, utilizado em 16 dos 20 ensaios analisados, os melhores resultados foram obtidos para ensaios que utilizaram como bulking agents serragem peneirada (>2 mm) e ração de coelho, na proporção 6:1:5 (lodo:serragem:ração), isto é, uma proporção de 50% lodo e 50% de bulking agents na matriz inicial. Considerando o potencial da biossecagem como alternativa de tratamento para o lodo de ETE, recomenda-se a realização de trabalhos futuros variando-se os o tipo e a proporção de bulking agents, assim como outros parâmetros, visando compreender melhor o comportamento destes no processo de biossecagem.
Apresentação
ID: 9145
Resumo
É fato que a Indústria da Construção Civil reúne atividades geradoras de impactos ambientais e seus resíduos têm representado um grande problema. Assim, uma forma de reduzir esses impactos é utilizar os resíduos de concreto para a produção de agregados que podem substituir parcial ou totalmente os agregados naturais. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi investigar a influência da substituição de agregados miúdos naturais por agregados de resíduos de concreto (ARC) considerando os teores de substituição: 0% (REF), 30% (T1), 50% (T2) e 100% (T3). A metodologia empregada no presente estudo foi dividida em três etapas: produção do agregado miúdo de resíduo de concreto a partir da britagem de corpos de prova; confecção das misturas de concreto (REF, T1, T2 e T3) e caracterização do agregado e das misturas de concreto. O efeito da substituição foi avaliado por meio das propriedades mecânicas: resistência a compressão e módulo de elasticidade. Também foram avaliadas propriedades físicas como massa específica, absorção e índice de vazios. Quanto ao concreto em estado endurecido, foram registrados os seguintes valores de módulo de elasticidade: 32,9 (REF), 32,2 GPa (T1), 30,9 GPa (T2) e 28,6 GPa (T3), que correspondem a reduções de ,97%, 6,17% e 13,01% em relação ao concreto de referência. Quanto à resistência a compressão do concreto aos 28 dias, foram obtidos: 35,4 MPa (REF), 39,1 MPa (T1), 39,1 MPa (T2) e 41,4 MPa (T3). Tais valores, se comparados ao concreto de referência, representam aumentos de 10,6%, 10,5% e 17,1%, respectivamente para teores de 30%, 50% e 100%. A partir dos resultados encontrados, conclui-se que houve influência significativa da substituição do agregado miúdo natural por ARC; quanto maior o teor de substituição, menor o módulo de elasticidade e maior a resistência a compressão. Em contrapartida, houve redução da trabalhabilidade em função do aumento do teor de substituição. O aumento na resistência a compressão decorre da combinação da maior absorção e da não correção da água da mistura, o que reduz a água de mistura e diminui a relação água/cimento efetiva. Como consequência, há aumento da resistência a compressão aos 28 dias.
Apresentação
ID: 8945
Resumo
Apesar de o Brasil ser o segundo maior país em relação à área de florestas no mundo, este não explora seu potencial da forma adequada, principalmente quando se trata da utilização da madeira nas construções civis e rurais. Países com um potencial florestal inferior, como o Canadá e Estados Unidos, utilizam muito mais racionalmente esse material, que é renovável, de baixa densidade, alta durabilidade, entre outros. No intuito de corroborar com a maior utilização e difusão desse material é necessário garantir sua qualidade através do conhecimento de suas propriedades. A norma brasileira ABNT 7190 (1997) admite um coeficiente de variação (CV) de 28% para solicitações tangenciais, como é o caso da resistência ao cisalhamento na direção paralela às fibras (fv0). No caso da variabilidade ser maior do que 28%, tais resultados impactam diretamente na redução do valor característico de resistência (fv0,k), e naturalmente na segurança do projeto estrutural. Essa pesquisa teve como objetivo, com base no valor da fv0 proveniente de 10 espécies de madeira de florestas nativas e do intervalo de confiança da média (ao nível de 5% de significância), verificar a precisão do valor de 28% para o CV estipulado pela norma brasileira. Para tanto, foram utilizados 12 corpos de prova por espécie de madeira, o que resultaram em 120 determinações experimentais.
Apresentação
ID: 9264
Resumo
O levantamento de atributos do meio físico na cidade de São Carlos vem sendo realizado por diversos pesquisadores, porém verificou-se uma desatualização em relação ao uso de informações obtidas em Sondagens de Simples Reconhecimento com SPT e também a ausência de mapas de orientação para projetos de fundações de obras civis. Este trabalho pretendeu suprir essa lacuna, tendo como base a utilização de informações obtidas em sondagens SPT de uma área piloto, no caso a região da bacia hidrográfica do Córrego do Mineirinho na cidade de São Carlos – SP, para a organização de banco de dados georreferenciado utilizando o software QGIS. A partir do banco de dados desenvolvido, simultaneamente ao levantamento dos atributos do subsolo que condicionam os projetos de fundações de edifícios, foi realizado o zoneamento desses atributos. Em seguida foi executada a combinação desses atributos gerando mapas de orientação de custos para projetos de fundações de edifícios de pequeno, médio e grande porte. Ao todo foram obtidos 76 perfis de sondagens, e com esses dados foram executados mapas com os seguintes atributos: posição do nível d'água (NA), espessura da camada com valor do Índice de Resistência à Penetração (NSPT) menor que 5, espessura da camada com valor do NSPT menor que 10, profundidade de uso do revestimento, valor do NSPT no limite da sondagem, profundidade do limite da sondagem. Com os resultados da combinação das classes dos mapas: profundidade do NA e espessura camada de NSPT ≤ 5, foi produzido o Mapa do Custo de Utilização de Sapatas. Verificou-se que 86% da área de estudo apresenta custo médio para sapatas em obras de pequeno e médio porte; custo alto ocorre em 12% e custo baixo ocorre em 2%. Com os resultados da combinação das classes dos mapas: profundidade do NA, espessura da camada de NSPT ≤ 10, profundidade de uso do revestimento, foi produzido o Mapa do Custo de Utilização de Estacas Escavadas Sem Fluido Estabilizante e Tubulões a Céu Aberto. Verificou-se que 86% da área de estudo apresenta custo médio para estacas sem fluido estabilizante e tubulões a céu aberto em obras de pequeno e médio porte; custo alto ocorre em 14% e custo baixo não ocorre. Com os resultados da combinação das classes dos mapas: espessura da camada de NSPT ≤ 10, profundidade da sondagem, valor do NSPT no final da sondagem, foi produzido o Mapa do Custo de Utilização de Estacas Pré-moldadas, Hélices contínua e Tubulões Pneumáticos. Verificou-se que 82% da área de estudo apresenta custo médio para estacas pré-moldadas, hélice contínua e tubulões pneumáticos em obras de médio e grande porte; custo alto ocorre em 18% e custo baixo não ocorre. Concluiu-se que, para a maior parte da área de estudo, o custo das fundações é médio para todos os tipos de edificação (pequeno, médio e grande porte) e para todos os tipos de fundação analisadas (sapatas, estacas, tubulões).
Apresentação
ID: 9070
Resumo
Concretos de ultra alto desempenho (CUAD) são caracterizados por sua elevada resistência mecânica e alta durabilidade. No entanto, para se atingir tais características é necessário um elevado consumo de cimento (superior a 1000 kg/m³). Desta maneira, torna-se interessante buscar um substituto viável para o cimento a fim de reduzir o impacto ambiental destes concretos. Neste contexto, o pó de vidro se apresenta como um material interessante, devido as suas características pozolânicas e ao fato de ser um resíduo, contribuindo-se para a sustentabilidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a migração de cloretos no estado não-estacionário dos CUAD com substituição parcial do cimento por pó de vidro, em teores de 0%, 10%, 20%, 30% e 50%, na idade de 28 dias. Os materiais utilizados na produção dos compósitos foram: cimento Portland CPV ARI, sílica ativa, pó de vidro passante na peneira de malha #200 (partículas menores que 75 μm), areia quartzosa natural, além de aditivos superplastificante e redutor de retração. Para determinar o coeficiente de difusão de cloretos foram determinadas as frentes de penetração de cloretos e o teor total de cloretos. A caracterização dos compósitos foi realizada por meio de ensaios de resistência à compressão axial, módulo de elasticidade e absorção de água. A análise dos resultados do ensaio de migração de cloretos indicou uma tendência de aumento no coeficiente de difusão de cloretos com o aumento do teor de pó de vidro. No entanto, a análise estatística dos dados indica que apenas as amostras com 50% de substituição apresentaram uma diferença significativa, indicando que o pó de vidro é um substituto viável ao cimento em termos de durabilidade à penetração de cloretos. Os valores de resistência à compressão aos 28 dias variaram de 98 a 121,7 MPa, o módulo de elasticidade variou de 41,5 a 45,5 GPa e a absorção de água, de 0,077 g/cm² a 0,092 g/cm², indicando comportamentos semelhantes dos CUAD com e sem a incorporação de pó de vidro.
Apresentação
ID: 8887
Resumo
A utilização de fibras de aço na matriz cimentícia do concreto tem por objetivo contornar fenômenos acerca das suas características estruturais, de resistência e de durabilidade diminuindo o comportamento frágil, com o aumento da ductilidade, e retardando a propagação de fissuras apresentada pelo concreto simples. Esses efeitos são possíveis, pois as fibras atuam como ponte de transferência de tensões entre fissuras, aumentando a capacidade de deformação, e por estarem dispostas aleatoriamente no material, ocasionam um efeito de confinamento evitando as formações prematuras de fissuras por contração do concreto. As respostas mecânicas do Concreto Reforçado com Fibras de Aço (CRFA) se diferenciam do concreto convencional, provocando a necessidade de desenvolvimento de novos modelos analíticos capazes de descrever e prever as respostas mecânicas do concreto com a adição das fibras e, desse modo, ressalta-se a importância de estudos nesse campo. Atualmente, pode-se encontrar na literatura diversos modelos que fornecem informações e bases de aplicação para estudos analíticos do CRFA. Nesta pesquisa, utilizou-se um modelo analítico, baseado na mecânica do dano, que apresenta uma equação que define a lei de evolução do dano desde o início do carregamento para concretos submetidos a compressão. Objetivou-se, portanto, a calibração do modelo analítico para concretos sob compressão axial utilizando uma base de dados contendo informações sobre a resistência do concreto (25 MPa a 90 MPa), teor (0,5% a 2%) e tipo de fibras. Esses dados foram obtidos da literatura como resultados de experimentos com corpos de prova sobre compressão axial. A equação apresentada pelo modelo analítico fornece três parâmetros (m, n e k) que foram correlacionados aos valores presentes no banco de dados para descrever a evolução de dano experimental. Obtido um conjunto de dados e as curvas experimentais, realizou-se um ajuste de valores para a obtenção de parâmetros analíticos que foram aplicados à equação, obtendo curvas de evolução de dano analíticas e, por fim, por meio da relação tensão deformação com o dano acoplado, pôde-se obter curvas Tensão vs. Deformação analíticas e comparadas às experimentais. Foram utilizadas três calibrações distintas afim de se obter curvas analíticas mais próximas às experimentais: a consideração todo o banco de dados; separação por tipos de fibras; separação por resistência do concreto. Os resultados mostraram que o modelo analítico apresenta uma boa correlação entre a lei de evolução do dano e os valores experimentais utilizados nesta pesquisa, porém ressalta-se que a calibração analítica realizada com a separação por tipos de fibras e por resistência do concreto se mostraram mais coerente com os resultados experimentais, considerando a geometria das fibras e característica do concreto, explicado pela interação fibra-matriz.
Apresentação
ID: 9103
Resumo
Introdução - Atualmente, a utilização de resíduos em matrizes cimentícias tem aumentado consideravelmente, pois há necessidade de dar destinação correta a subprodutos industriais não reciclados. Segundo Hoppen (2004), uma estação de tratamento de água convencional com capacidade de tratar 2400 l/s, produz cerca de 1,8 t/dia de lodo. No Brasil, existem cerca de 7500 estações de tratamento de água (ACHON et.al., 2013). Em geral, o lodo gerado na estação de tratamento de água é descartado de forma irregular e, neste trabalho, o Lodo de Estação de Tratamento de Água (LETA) foi incorporado ao concreto. Objetivos: Neste trabalho, incorporou-se o LETA em substituição parcial à areia natural em compósitos cimentícios para estudar a passivação da armadura contida nesse compósito.Metodologia. Para alcançar o objetivo proposto, foram moldados corpos de prova de compósito cimentício como referência (REF) e com teor de 3% em massa de LETA em substituição à areia fina (LETA). Os corpos de prova foram moldados com duas barras de aço CA-60 para avaliar se o filme passivador seria formado no aço nos ambientes de REF e LETA. Depois de desmoldadas, as amostras foram imersas em solução saturada de Ca(OH)2 e o monitoramento do potencial de circuito aberto (PCA) das armaduras foi realizado utilizando um circuito acoplado a uma placa Arduino. Os corpos de prova permaneceram totalmente imersos por 28 dias nesse monitoramento. Os dados foram tratados e comparados ao diagrama de Pourbaix. Resultados:Para as amostras de referência pode-se perceber que o filme passivador se formou, pois houve um maior período de estabilização do potencial. Sobre o filme passivador nas amostras de LETA, duas hipóteses podem ser consideradas: 1) O filme passivador não chegou a se formar completamente sobre o aço; 2) O filme não é muito aderente à superfície do aço. Então, para as amostras que continham o LETA, após 28 dias, o filme ainda não se apresentava estável analisando por essa técnica. Conclusões: O presente trabalho apresentou uma análise qualitativa da formação de um filme passivador em armaduras feitas com aço CA-60 a partir do monitoramento do potencial de circuito aberto. Concluiu-se que houve formação do filme passivador nas amostras de aço em REF. Portanto, quanto à passivação, esse concreto pode ser utilizado como concreto armado. Não é possível afirmar, quanto à passivação da armadura de concretos com LETA em substituição de 3% em massa em relação à areia fina, se esse concreto pode ser utilizado para fins estruturais.
Apresentação
ID: 8759
Resumo
O projeto proposto se baseou na criação do Índice de Qualidade da Sinalização Horizontal (IQSH) e na aplicação deste instrumento em uma região previamente determinada, sendo esta uma área do campus São Carlos da UFSCar. A premissa para a elaboração de um índice de qualidade na área de transportes é de seguir determinados modelos já existentes. Aqui foram usados como base o Índice de Qualidade das Calçadas e o Índice de Qualidade de Pontos de Ônibus. O intuito é que o indicador de qualidade aqui elaborado não destoe destes já existentes e avalie um dos principais elementos da via urbana: a sinalização horizontal. Compreende-se por sinalização horizontal qualquer subsistema da sinalização viária composta de marcas, símbolos e legendas, apostos sobre o pavimento da pista de rolamento (CONTRAN, 2007). A função da sinalização horizontal é organizar o fluxo de veículos e pedestres, controlando e orientando os deslocamentos e, assim, complementando os outros tipos de sinalização (FERRAZ et al., 2010). A vantagem da sinalização horizontal é apresentar, em comparação com os outros tipos de sinalização, maior visibilidade, pois se localiza no centro do campo visual do condutor. Também é relevante o fato de transmitir mensagens sem desviar a atenção do motorista na pista (FERRAZ et al., 2010). Além disso, para a elaboração do IQSH, se fez necessária a criação de dois formulários eletrônicos que, através de seus resultados, possibilitaram a determinação dos elementos a serem estudados, bem como seus coeficientes ponderadores. Já com o Índice de Qualidade da Sinalização Horizontal elaborado, aplicou-se tal instrumento em parte do campus São Carlos da UFSCar. Tal implementação não só comprovou a eficiência do mesmo, como também possibilitou uma análise profunda e rica em detalhes de uma região vastamente utilizada por motoristas, ciclistas e pedestres. O principal resultado encontrado foi que o nível de qualidade da sinalização horizontal da área em estudo se revela de regular a ruim, podendo ser prejudicial para a perfeita eficiência dos dispositivos de controle apostos na pista de rolamento. Com a análise, foi possível não apenas determinar os locais que merecem maior atenção e aprimorar a sinalização horizontal presente, como também apontar o possível serviço de reparo e manutenção (ou até mesmo troca do elemento), realçando ainda mais o principal objetivo desta pesquisa: a segurança no trânsito.
Apresentação
ID: 8874
Resumo
O trabalho abordado busca criar um índice de qualidade que avalie as condições de uma parte da sinalização brasileira, sendo esta a sinalização vertical, definida e representada nos 3 primeiros volumes do manual de trânsito brasileiro, e aplicá-lo em uma área do campus São Carlos da UFSCar uma vez que esteja desenvolvido. Desta forma, é possível identificar o estado da sinalização local, fornecendo informações sobre os sinais que estão bem conservados, em situação aceitável e aqueles que se encontram em condições precárias, necessitando de manutenção ou eventuais trocas. A fim de atingir estes objetivos, dois índices de qualidade já existentes foram utilizados como modelo, sendo estes o Índice de Qualidade das Calçadas (IQC) e o Índice de Qualidade de Pontos de Ônibus (IQPO). Tais trabalhos foram utilizados como referência, a fim de se manter o mesmo padrão metodológico, uma vez que ambos são instrumentos eficazes e atingem seus objetivos com dados claros e de fácil compreensão. Houve ainda a necessidade de elaborar dois formulários eletrônicos durante o desenvolvimento do Índice de Qualidade da Sinalização Vertical (IQSV) com o intuito de, inicialmente, definir os itens que viriam a ser estudados e, posteriormente, estabelecer seus coeficientes ponderadores, calculados através de equações desenvolvidas ao longo do projeto. Uma vez desenvolvido, o Índice de Qualidade da Sinalização Vertical foi aplicado em uma área do campus São Carlos da UFSCar, o que tornou possível identificar as condições em que a sinalização vertical se encontra nesta região. Finalmente, com a análise dos resultados, é possível definir os pontos em que há a necessidade de realizar reparos ou eventuais trocas dos sinais presentes nas vias, bem como identificar os locais onde deve haver a sinalização vertical, mas ela é inexistente, de modo a garantir a segurança de seus usuários, possibilitando um deslocamento ordenado e com qualidade.
Apresentação
ID: 8979
Resumo
A utilização dos perfis de aço formados a frio é cada vez mais recorrente como elemento estrutural nas construções pelo mundo. Novas seções do material, portanto, vem sendo aplicadas com intensidade crescente para suprir a demanda do mercado, dentre elas, estão os perfis compostos, formados pela associação de duas ou mais seções. Nesse sentido, ainda não há muitos estudos que abordam o tema e, portanto, o trabalho em apreço objetiva estudar o comportamento dos perfis de aço formados a frio em seção “I” constituída por duplo “U enrijecido” submetidos à compressão. Para tanto, realizou-se análise numérica não-linear via método dos elementos finitos com o auxílio do programa Ansys, variando-se a espessura da seção, o comprimento das barras e o número de conexões ao longo do comprimento. Para esse tipo de perfil, as barras podem apresentar problemas de instabilidades, tais como: (i) modo global de flexão, crítico para barras longas; (ii) modo local, dominante em barras de menor comprimento; e o (iii) modo distorcional, característico de perfis com enrijecedores de borda. Os resultados numéricos foram comparados com os valores provenientes de análise experimental produzida por Lu et al (2017) e, também, com verificações provenientes de procedimentos normativos, a saber: Método da Largura Efetiva (MLE) e Método da Resistência Direta (MRD). As imperfeições geométricas iniciais associadas aos modos de instabilidades supracitados foram inseridas nos modelos para simular suas influências nos perfis em análise. Nota-se que as barras apresentaram maior resistência à compressão quando houve maior número de conexões ligando ao longo do comprimento, porém, o aumento do número de conexões não foi expressivo para majorar consideravelmente a capacidade normal resistente. Ademais, foram realizadas comparações em relação aos procedimentos normativos, concluindo-se que com relação à norma ABNT NBR 14762:2010, o procedimento apresentou-se contra a segurança para comprimentos menores e conservador para comprimentos maiores de barras. No mais, o modelo numérico se mostrou coerente com os resultados experimentais e as análises numéricas se apresentaram como sendo bastante satisfatórias para a contribuição como estudo dos perfis supracitados.
Apresentação
ID: 9065
Resumo
A utilização de perfis de aço formados a frio em estruturas tem sido cada vez maior no Brasil, devido a intensa aplicação como elementos estruturais nas construções, especialmente nas treliçadas e no sistema “Light Steel Frame”. O uso em maior escala é devido a fatores como: grande variedade de seções transversais que podem ser obtidas; facilidade e rapidez de fabricação e montagem, o que possibilita um retorno de investimento mais rápido; otimização do canteiro de obras e redução do desperdício e menor peso das estruturas. Barras compostas em perfis de aço formado a frio são recorrentemente utilizadas nesse tipo de construção, porém, apresentam grande carência com relação a estudos e normas específicas sobre seu comportamento. O presente estudo aborda seções tipo “I” formadas por duplo “U” submetidas a compressão, sendo que, foram avaliadas a influência de conexões parafusadas e soldadas ao longo do comprimento e da espessura da chapa que constitui as seções. Foi realizada uma análise não-linear pelo Método dos Elementos Finitos no programa Ansys, utilizando estudos experimentais como base de dados comparativos, assim, permitindo visualizar o efeito do comprimento, conexões, espessura de chapa e presença de imperfeições geométricas iniciais e de material na resistência mecânica. Os comprimentos utilizados para o estudo foram 750, 1500, 2250 e 3000 mm e o número de conexões foi variado de zero até seis para o comprimento de 3000 mm, sendo que, para comprimentos menores o número máximo de conexões foi menor. Os resultados obtidos foram comparados com valores experimentais e normativos (ABNT NBR 14762:2010 e ANSI/AISI S100:2016), dessa maneira, podendo validar a análise numérica e verificar a eficiência dos procedimentos normativos para descrever o comportamento mecânico dos perfis em estudo. Outro ponto avaliado foi a relação do aumento da resistência à compressão com o número de conexões presentes no perfil. Os resultados encontrados permitiram concluir que existe um patamar onde a adição de conexões tem baixa ou nula influência no aumento dessa resistência. Ademais, os valores obtidos com relação a resistência mecânica permitiram relacionar a influência das conexões intermediárias nos perfis estudados com as tensões críticas dos perfis. Além disso, foi possível verificar as consequências da espessura da chapa utilizadas de acordo com o aumento do comprimento de barras estudados. Foi constatado que a análise numérica possui grande efetividade na representação da resistência mecânica à compressão, entretanto, necessitando da utilização das imperfeições geométricas iniciais. Com relação aos procedimentos normativos, foram encontrados valores contra a segurança em diversos casos, mostrando uma ineficiência nos métodos e uma necessidade de ser realizado mais estudos na área para o desenvolvimento de formulações mais adequadas.
Apresentação
ID: 9540
Resumo
A técnica de fabricar perfis de aço formados a frio com enrijecedores de borda tem sido utilizada em virtude do custo-benefício proporcionado, entretanto, com o surgimento de seções cada vez mais complexas, torna-se necessário uma avaliação estrutural mais criteriosa, com isso, busca-se procedimentos mais simples e eficientes de dimensionamento. Este trabalho teve como objetivo contribuir para um maior entendimento sobre o comportamento de perfis “U” com duplo enrijecedor de borda formados a frio quando submetidos à compressão centrada. Foi realizada análise numérica não linear física e geométrica via Método dos Elementos Finitos, utilizando o programa Ansys, focalizando capacidade resistente e modos de instabilidade associados. Comparou-se os resultados obtidos na análise numérica com os normativos, calculados pelo Método da Resistência Direta (MRD) presente na ABNT NBR 14762:2010, e com resultados experimentais disponíveis na literatura. Para obtenção dos resultados do procedimento normativo, foi realizada uma análise prévia no programa CUFSM para identificar os modos de instabilidade relevantes e obter os valores de tensões críticas necessárias para a aplicação do MRD. Na análise elástica no CUFSM, foram observados os modos de instabilidade: local, distorcional, por flexo-torção e flexão. As seções utilizadas como referência na análise numérica, foram as mesmas analisadas experimentalmente por Yan e Young (2002), sendo consideradas quatro séries de perfis caracterizadas pela variação da espessura e largura das mesas. Foram analisados sete comprimentos de barra para cada uma dessas séries, variando-se de 500 a 3500 mm. Na análise numérica, foram inseridas imperfeições geométricas iniciais, buscando-se avaliar sua influência nos resultados obtidos. Foram adotados três diferentes níveis de imperfeições: ausência de imperfeições, imperfeições com magnitude 1 e imperfeições com magnitude 2, conforme apresentado por Schafer e Peköz (1998). Os perfis foram modelados utilizando-se um elemento de casca (Shell 181). Foram engastados em suas extremidades, sendo permitindo o deslocamento longitudinal apenas na superfície análoga à superfície de deslocamento dos experimentos de Yan e Young (2002). Os resultados da análise numérica sinalizaram a importância da escolha do tipo de imperfeição em cada caso para se compatibilizar os modos de instabilidade dos modelos com os observados nas análises experimental e numérica. Além disso, as imperfeições também influenciaram de forma significativa a capacidade resistente dos perfis. Os modos de instabilidade identificados na análise numérica foram praticamente os mesmos obtidos na análise experimental, com exceção do modo de falha por flexo-torção presente em alguns resultados experimentais, porém não observado na análise numérica. O procedimento adotado para as simulações numéricas se mostrou bastante eficiente, produzindo resultados muito coerentes quando comparados aos experimentais, permitindo dessa forma sua extrapolação. Os resultados obtidos pela ABNT NBR 14762:2010, utilizando o MRD, superestimaram a capacidade resistente de perfis com maior largura de mesa e foram conservadores para os casos de menor largura. Com isso, verifica-se a necessidade de mais análises, explorando todas as variáveis do problema buscando complementar os resultados obtidos, permitindo assim recomendações quanto ao seu dimensionamento.
Apresentação
ID: 9143
Resumo
INTRODUÇÃO
Estudos sobre a salubridade ambiental são relevantes para compreender a qualidade vida humana, a partir dos serviços de infraestrutura básica, como abastecimento de água, coleta, tratamento e disposição final de esgoto e resíduos sólidos, distribuição de energia elétrica (ABIKO, 1995).
O método proposto pelo Conselho Estadual de Saneamento de São Paulo foi o Indicador de Salubridade Ambiental (ISA), que é uma ferramenta capaz de avaliar a salubridade de uma determinada área de estudo (CONESAN, 1999).
O ISA considera indicadores quantitativos para seis eixos temáticos (Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Resíduos Sólidos, Controle de Vetores, Recursos Hídricos e Socioeconômico), totalizando 18 parâmetros. A obtenção destes parâmetros não é imediata e depende do cálculo de outros indicadores. Isto exige demasiado tempo de busca e organização dos dados.
É o único método consolidado em literatura nacional. Estudos de diversas naturezas estão em andamento, por conta da necessidade de revisão do método e adaptação de novas demandas em infraestrutura urbana e de saúde pública.
Objetivos
O principal objetivo foi conceber a calculadora do Indicador de Salubridade Ambiental (ISA) em linguagem Python. Os objetivos específicos foram:
- Organizar o banco de dados;
- Conceber o modelo conceitual da calculadora;
- Desenvolver a interface de usuário de fácil utilização.
METODOLOGIA
Com o levantamento bibliográfico sobre o método ISA e suas aplicações em escala municipal, concepção dos parâmetros e métodos de cálculo existentes sobre salubridade ambiental.
Em seguida, realizou-se a busca por ferramentas, bibliotecas e pacotes da linguagem de programação Python, bem como incluiu métodos para a criação de interface de usuário, plotagem de gráficos, cálculos matemáticos e compilação do código Python em arquivos binários de fácil execução.
Por fim, foi necessária a depuração de dados para identificar a maior quantidade de erros possíveis nos cálculos. A calculadora foi aplicada aos municípios de Araraquara, Bauru e São Carlos, com os dados obtidos por Rojas (2019), para confirmar a aplicação da ferramenta. Os resultados da calculadora não são objeto deste artigo científico e sim o programa computacional desenvolvido.
RESULTADOS
Entre os resultados da IC, a “Calculadora ISA” foi o principal deles, com licença de código em GNU/GPL3. Os códigos podem ser consultados em https://github.com/evertoncorreia/Calculadora-ISA .
Confirmando os resultados de Rojas (2019), os resultados da calculadora indicaram que Araraquara (71 pontos) e Bauru (57 pontos) atingiram “Média Salubridade (50 - 75 pontos)”. O município de São Carlos atingiu condições salubre (80 pontos).
Todos os indicadores são apresentados em um dashboard que visualiza o nível de salubridade do indicador (salubre-cor verde, média salubridade-cor amarela baixa salubridade-cor laranja e insalubre-cor vermelha).
CONCLUSÃO
O desenvolvimento de calculadora em Python permitiu ao aluno melhor compreensão da linguagem computacional, desconhecida do aluno. Além disto, tornou-se ferramenta útil e de fácil interação com usuário. A calculadora pode ser utilizada em qualquer computador.
A Calculadora ISA aponta os indicadores que necessitam de maior atenção e investimentos financeiros para elevar a qualidade das condições ambientais.
Com código é aberto e público, a ferramenta pode ser utilizada por pesquisadores, desde que se respeite a licença GNU/GPL3.
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OBS-1: Ele aluno substituiu a aluna Geraldine Rojas nesta IC, conforme certificado enviado dia 21/01/21. Geraldine Rojas se formou em janeiro de 2020, conforme documento anexada no processo.
OBS-2: preencheu-se novamente a submissão devido a problemas na plataforma, observados pela orientadora
Apresentação