Administração
ID: 9083
Resumo
Com o advento da World Wide Web, os usuários passaram de um consumidor de informação para o principal criador e compartilhador de informação nessa cadeia de conexões. Nesse contexto surgem os influenciadores digitais, que são pessoas que criam e apresentam conteúdos, exercendo influência sobre seus seguidores. Estes possuem grande destaque nas redes sociais e detém grande poder de persuasão, mobilizando pessoas por suas opiniões e comportamentos. Avaliar o nível de influência que os influenciadores digitais exercem no processo de decisão de compra junto a estudantes universitários constitui-se no objetivo deste estudo. A pesquisa foi quantitativa, com objetivos exploratório-descritivos. Utilizou-se de pesquisa bibliográfica para a interpretação do tema e a coleta de dados foi do tipo survey. Os questionários foram elaborados com perguntas fechadas, questões de múltipla escolha, questões dicotômicas e escala de avaliação do tipo Likert. Os principais achados apontam que quanto ao perfil socioeconômico dos estudantes, mais de 50% dos entrevistados são mulheres e possuem entre 19 e 24 anos. As instituições de ensino distinguem-se quanto à ocupação dos estudantes, na instituição privada, a classe modal foi indivíduos que estudam e trabalham (64,3%), e na pública a classe são pessoas que só estudam (82,9%). As redes sociais menos acessadas por esse público foi Twitter, Blogs e Outros, e as redes sociais mais acessadas são Facebook, Instagram e Youtube. Quanto ao conteúdo de preferência nessas redes, Viagem, Gastronomia e Esportes são os mais acessados, enquanto Jogos, Fitness, Maquiagem e Outros os menos acessados. No geral, a maioria das pessoas afirma seguir influenciadores, sendo o percentual de seguidores praticamente o dobro de acordo com o de não seguidores. Das redes sociais sugeridas, apenas o acesso ao Instagram esteve relacionado à chance de seguir um influenciador digital, ou seja, quem está nessa rede tem mais chances de seguir um influenciador do que quem não está. Quanto à frequência nas compras, na IES privada 31,4% disseram que é Frequente contra 27,1% na IES pública. Existe alta “familiarização” com o termo, mostrando que, seguem influenciadores ou acham importante que as empresas invistam nesse meio de propaganda. Os resultados obtidos, ajudaram a compreender qual é a rede social e o conteúdo de preferência desse público. Observa-se que a maioria dos universitários afirma seguir um influenciador digital e que quem está no Instagram tem uma probabilidade maior de seguir um influenciador quando comparado com quem não tem um perfil nessa rede.
Apresentação
ID: 9087
Resumo
O sudeste brasileiro é, desde o século XVIII, o principal centro de riquezas do país; nessa região consolidou o primeiro núcleo citrícola do país. Dados reforçam a importância de tais estados, já que 65% da área plantada no Brasil está inserida no estado de São Paulo, que detém também 77% da produção do país, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2020). De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2017), a produção de laranja em Paranapanema foi de 95.370 toneladas produzidas; do total, 71% foi destinada e comercializada pela Cooperativa Agroindustrial Holambra. Este estudo, caráter exploratório-descritivo amparada por uma revisão bibliográfica que exerceu o papel de sustentação teórica, foi dividido em duas partes. A primeira, foi a coleta de dados em fontes oficiais; a segunda consistiu no levantamento de dados primários obtidos diretamente com a Cooperativa Agroindustrial Holambra, especificamente quanto ao cultivo da laranja, possibilitando condições para, somada as duas etapas, elaborar a matriz estrutural da cadeia produtiva da cultura. Adotou-se o Método PENSA (Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial) para realizar a análise sistêmica dos negócios agroindustriais. A pesquisa objetivou analisar a dinâmica estabelecida pela cadeia produtiva da cultura da laranja comercializada pela Cooperativa Agroindustrial Holambra. Pode-se afirmar que a vida útil de uma produção de laranja é de 20 anos, sendo os 3 primeiros anos de investimentos, a partir do quarto ano começa o retorno financeiro e entre o 6º ao 9º o capital investido já terá retornado com as vendas da própria produção (payback). A variabilidade de cultivares é de extrema importância para que a Cooperativa possua oferta de laranja durante todo o ano. Dentre as variedades cultivadas na região de Paranapanema, as principais são Pera Rio, Natal e Valência devido as elevadas produtividades, propriedades sensoriais e grande aceitação no mercado, industrial ou in natura. Através de um estudo realizado pela cooperativa em diversas propriedades que oferecem o fruto ao estabelecimento, foi possível afirmar que o investimento necessário é em torno de R$8.100,00 incluindo insumos, mão de obra e máquinas e colheita sendo por hectare produtivo em cada safra, considerando uma propriedade de até 6 anos de formação. Em se tratando da Cooperativa Agroindustrial Holambra, a produtividade e faturamento cresceram em torno de 181% no período de 5 anos, devido à menor incidência de doenças na região e aumento do preço. A escoamento da produção é realizada para CEASAs e diretamente para indústrias de processamento. A produção e comercialização de laranja na região de Paranapanema pela Cooperativa está crescendo gradativamente e ganhando espaço no mercado devido a distribuição o ano todo, baixa incidência de doenças e alta qualidade.
Apresentação
ID: 9167
Resumo
Os bancos públicos (BD) são fundamentais para a elaboração de políticas públicas, visto que adentram modelos de gestão estruturados em um resultado sustentável perpetuando por períodos de tempos mais longos, além de repararem falhas de mercado e colocarem recursos em setores nos quais não são prioridades dos bancos privados. No Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o principal modelo de BD e instrumento primordial para financiamentos de longo prazo e de investimento em setores chaves da economia. Objetivando analisar o perfil dos maiores tomadores de recursos do BNDES, no período de 2004 a 2018, tendo como principal fonte a plataforma institucional do banco, procedeu-se uma revisão da literatura, seguida de análise de dados extraídos diretamente no site institucional. Os resultados mostraram que as operações automáticas contaram com a maior quantidade de financiamentos e de valor monetário, mesmo tendo a menor concentração de empresas, o inverso ocorreu com as operações não automáticas. A maior tomadora, em ambas as operações, é a empresa Petróleo Brasileiro AS, que teve 9,86% do valor contratado em operações não automáticas e nas automáticas caracterizou 42,16%. Em relação aos produtos, o BNDES Finem foi o mais contratado nas operações não automáticas e conteve o maior valor monetário e nas não automáticas foi o BNDES Finame. A pesquisa aponta que os maiores tomadores são empresas de grande porte, com operações da categoria não automáticas, voltadas, primordialmente, para infraestrutura e indústria.
Apresentação
ID: 9513
Resumo
A pesquisa teve como escopo avaliar a atualidade dos índices mínimos de produtividade de propriedades agrícolas fixados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Os índices em questão são os Graus de Utilização da Terra (GUT) e Graus de Eficiência da Exploração (GEE), com eles é possível averiguar os níveis de produtividade de uma propriedade e, se satisfazem a norma pré-estabelecida para o cumprimento da função social da terra. Contudo, estes índices que mensuram os níveis de produtividade foram estabelecidos anteriormente à revolução agrícola da década de 60, em que tal revolução permitiu a otimização de todo o manejo produtivo do meio agrícola, e desde então nunca foram alterados, embora a lei visasse a obrigatoriedade de revisões periódicas. Cada cultura possui um determinado índice de rendimento e este pode variar de acordo com o seu agrupamento regional, assim como consta na Instrução Normativa nº11 de 2003 do INCRA, a qual traz orientações quanto a regularização de módulos fiscais para cada município e determina como realizar a quantificação do GUT e do GEE. Desta forma, para compreender o atual cenário em que se encontram estes índices, foi realizado um mapeamento de dados reais de fazendas produtivas, em todo território brasileiro, quanto às seguintes culturas: café, cana-de-açúcar, milho e soja. Estes dados foram disponibilizados pela Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE, e, a partir deles, realizou-se uma comparação estatística com os índices mínimos de produtividade utilizando como base o programa estatístico R. Os resultados dessa análise trouxeram duas situações, primeiramente constou como positiva a ausência de atualização dos dados, estando eles defasados e sem representar a atual dinâmica produtiva. Assim, faz-se presente nesta pesquisa a manifestação pela revisão urgente dos índices de rendimento agrícola, para que possam competir com o acelerado desenvolvimento da agricultura. Como segundo resultado observou-se que o agrupamento regional, proposto pelo INCRA para fins de análise dos rendimentos agrícolas, não refletia e, tampouco, permitia uma análise verdadeira acerca da produtividade das regiões. Isto pois, em casos como do Milho no agrupamento Norte/Nordeste, os dados das regiões em questão encontravam-se tão contrastantes que não possuíam produtividade similar para serem analisados conjuntamente. Portanto, além da revisão dos índices, é de extrema importância reexaminar os agrupamentos propostos pelo INCRA, a fim de gerar uma nova forma de compreender a produtividade de propriedades, garantindo o cumprimento da função social.
Apresentação
ID: 9520
Resumo
A pesquisa teve como escopo avaliar a relação do indicador de isolamento territorial, estabelecido para o entendimento de seu impacto no desenvolvimento rural, com variáveis socioeconômicas selecionadas de acordo com seus objetivos para auferir a pobreza no meio rural. Para tanto, utilizaram-se métodos de caráter exploratório com abordagens qualitativas e quantitativas, partindo de um levantamento bibliográfico referente à temática do desenvolvimento rural, isolamento territórial, localização agrícola, renda e pobreza no meio rural, seguido por uma pesquisa documental em relatórios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), que possibilitaram a determinação do universo empírico: o Território Rural do Sudoeste Paulista. A partir disso, a pesquisa se propôs a realizar um confrontamento entre as características domiciliares correlatas ao isolamento e aspectos sócio-econômicos em quinze municípios e suas áreas rurais de: Itapeva, Capão Bonito, Guapiara, Itaberá, Itapeva, Taquarivaí, Capão Bonito, Barão de Antonina, Bom Sucesso de Itararé, Nova Campina, Riversul, Coronel Macedo, Buri, Itararé, Taquarituba, Ribeirão Grande e Itaporanga. A coleta de dados se deu por meio de relatórios de censo do IBGE Cidades. Os dados das características domiciliares relacionadas ao isolamento foram explorados por meio da técnica de Componentes Principais. A técnica possibilitou a criação de um Índice de Isolamento Domiciliar (IID) englobando 59% da informação dos dados, a partir do qual os munícios puderam ser comparados. Os resultados obtidos foram cruzados a elementos da realidade socio-econômica de localidades rurais. Constatou-se que o isolamento dos domicílios (IID) é negativamente associado à Renda (mediana) e ao IDH nos municípios do Território Rural do Sudoeste Paulista (P<0,05). ). Os resultados desta pesquisa poderão conduzir ao aprimoramento da gestão da política pública do desenvolvimento rural, envolvendo a questão da política de apoio a agricultores, identificando os possíveis entraves do isolamento rural e seus desdobramentos na renda a outras variáveis socioeconômicas.
Apresentação