Departamento de Enfermagem

ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO DA ESCALA DE EXPECTATIVAS POSITIVAS SOBRE O USO DO ÁLCOOL NO BRASIL

Autores: Natália Pressuto Pennachioni, Rosa Jacinto Volpato, Sônia Regina Zerbetto, Teresa Mendes Diniz Barroso, Angelica Martins de Souza Gonçalves

ID: 9420

Resumo

O álcool é uma das drogas que mais mata no mundo, também é a que mais gera violência familiar e urbana, além de muitos gastos com internações hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito e outros danos externos. Além de ser a droga psicoativa mais utilizada no Brasil, a adolescência é a fase de maior vulnerabilidade para sua experimentação. Há relação entre a precocidade do uso, o uso crônico na idade adulta, e as expectativas positivas que o consumo pode trazer, sendo elas: curiosidade, aceitação e estímulo pelos pares, desinibição, melhora da sociabilidade, diminuição da ansiedade e estresse gerados pela escola, trabalho e família. Instrumentos padronizados para os contextos socioculturais são capazes de avaliar as expectativas positivas, estimando a predisposição do uso e colaborando para direcionar a promoção de intervenções para mudanças de comportamento frente ao uso de álcool por adolescentes. No Brasil, até o momento, nenhum instrumento focalizou-se nas expectativas positivas relacionadas ao uso do álcool entre adolescentes. Objetivo: realizar a adaptação transcultural e validação da Escala de Expectativas Positivas acerca do Álcool para a língua portuguesa do Brasil (EEPA-A) a partir da Escala portuguesa de Expectativas Positivas acerca do Álcool (EEPaA-A/AEQ-A). Além disso, avaliou-se as expectativas positivas sobre o uso do álcool entre adolescentes escolares.  Metodologia: estudo transversal e metodológico, contando com as etapas de: (I) adaptação transcultural e validação de conteúdo; (II) análise psicométrica e avaliação das expectativas positivas dos adolescentes sobre o álcool, feita com 440 adolescentes escolares. Os dados foram lançados no Excel®, e pelo Programa R foram calculadas estatísticas descritivas e psicométricas. A validação de construto foi feita por meio de Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e análise de correlação. Calculamos também o Erro Quadrático Médio de Aproximação. A confiabilidade foi mensurada por consistência interna, através do α de Cronbach. Resultados: Encontramos um perfil amostral semelhante com a escala portuguesa e após o processo de adaptação transcultural e validação do conteúdo, verificamos equivalência semântica. A EEPA-A ficou constituída por 47 itens, divididos em quatro domínios, denominados da seguinte maneira: 1- “Facilitador da relação com os outros”; 2- “Estimulação e redução da tensão”; 3- “Escape dos estados emocionais negativos” e 4 -“Alteração do comportamento social e ativação sexual”, excluindo os itens 7 e 11, por carga fatorial < 0,40. Não verificamos associação entre o uso de álcool e pontuação maior ou menos na escala; verificamos diferencia significativa no domínio “Estimulação e redução da tensão” entre homens e mulheres, e também que há associação entre não considerar álcool uma droga à este mesmo domínio. Conclusões: Este estudo cumpriu seu objetivo, visto que a versão brasileira da EEPA-A demonstrou ser um instrumento válido e com medidas satisfatórias de confiabilidade. O presente estudo, neste sentido, pode ser utilizado, tanto por pesquisadores, como por profissionais de saúde para colaborar no delineamento de estudos e ações na área de uso e abuso de álcool.

Apresentação

ANÁLISE ESPACIAL DAS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA RELACIONADAS À HAS E DM

Autores: Helena Nayara Santos Pereira, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9195

Resumo

Objetivo: Analisar a distribuição das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) relacionadas às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), no período de 2015 a 2018 no município de São Carlos-SP e verificar a existência de correlação da taxa de ICSAP relacionadas às DCNT com as variáveis econômicas. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, observacional, utilizando dados secundários das ICSAP relacionadas às DCNT (hipertensão, diabetes, angina, insuficiência cardíaca, doenças cerebrovasculares e doenças pulmonares). Os dados foram coletados nas fichas de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) do município de São Carlos-SP, referente ao período de 2015 a 2018; e, foram selecionadas as variáveis de CEP, CID, sexo e idade. Também foram utilizados os dados do censo 2010 do IBGE para analisar o perfil socioeconômico dos setores censitários do município. As análises e correlações foram realizadas por meio do coeficiente linear de Pearson no programa SPSS. Para as análises de geocodificação e geoprocessamento foram utilizados os softwares ArcGis 10.5, Google Earth Pro e R Studio. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UFSCar.

Resultados: No período estudado, foi verificado um aumento do número de ICSAP registrado no município entre os anos de 2015 (1244) e 2016 (1294); e entre 2016 e 2017 (1461); e, um decréscimo entre 2017 e 2018 (1270). Foram encontradas correlações (21% e 25%), referente respectivamente, às variáveis renda domiciliar e renda per capita, que explicam parte do crescimento no número de internações por ano, sugerindo que quanto maior a renda, menor será o número de internação. Pela análise espacial dos mapas temáticos houve uma distribuição com uma concentração de internações de residentes em setores censitários que possuem menor renda domiciliar. Conclusões: O aumento da taxa de ICSAP principalmente em regiões de baixa renda revela a relação dessa variável como um fator determinante no processo saúde-doença. A renda influencia no acesso à alimentação mais saudável, atividades físicas, medicamentos e atividades de lazer, fatores essenciais na prevenção e controle de agravos à saúde; e, impactam na qualidade de vida e longevidade das pessoas.

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ARBOVIROSES, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E ASSOCIAÇÕES: UMA SCOPING REVIEW

Autores: Gabriela Eliza Parra, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9184

Resumo

INTRODUÇÃO: As arboviroses são doenças causadas por arbovírus, presentes em todo o mundo, ocasionando a ocorrência de epidemias e endemias nas populações. Dentre as arboviroses estão a dengue, zika e chikungunya, que apresentam elevadas taxas de morbidade, sendo consideradas um problema de saúde pública. Assim, este estudo justifica-se pela necessidade de compreender a magnitude e complexidade da ocorrência das arboviroses. OBJETIVO: Identificar associações presentes entre a distribuição espacial do Vírus Dengue (DENV), Zika (ZIKV) e Chikungunya (CHIKV) e os aspectos sociais, ambientais e econômicos dos indivíduos acometidos pelas arboviroses. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de escopo, seguindo a metodologia de Joanna Briggs Institute (JBI), abrangendo artigos publicados no idioma português, espanhol e inglês no período entre 1997 e 2019, em cinco bases de dados: IBECS, CINAHL, MEDLINE, PUBMED e Web of Science. RESULTADOS: Foram identificados 1082 estudos, desses, 32 artigos foram mantidos para análise. Com base nos artigos selecionados, foi verificado que fatores climáticos como temperatura e precipitação afetam a origem, evolução e distribuição dos vetores e consequentemente a transmissão de arbovírus. O fenômeno do El Niño foi identificado como um dos fenômenos climáticos que afeta a saúde das populações nos países da América Latina e Central por ocasionar temperaturas elevadas e umidade e contribuir para a manutenção do ciclo de vida do Aedes aegypti; e, consequentemente a transmissão dos patógenos das arboviroses. As monções foram associadas à incidência de dengue no sudeste asiático e em países de zonas tropicais e equatoriais por ocasionar ventos sazonais e alternância entre períodos de seca e de chuva. Países localizados em regiões tropicais e subtropicais são territórios em risco constante por fornecerem temperaturas mais elevadas, contribuindo para a reprodução do vetor. Em relação aos aspectos socioeconômicos o maior risco de uma população adquirir uma arbovirose foi identificado em regiões mais pobres, com menor PIB e maior taxa de desemprego. Ainda, a concentração de casos de arboviroses estão relacionados com a vulnerabilidade social, moradias com superlotações e alta densidade populacional, além de condições de moradia precárias e obras inacabadas, como nas favelas e assentamentos informais; falta de coleta de lixo, de saneamento básico e de abastecimento adequado de água. No Brasil, também foi identificado associação entre casos de dengue e regiões de vias de acesso, caracterizando locais onde há uma grande circulação de pessoas e presença de serviços que mantém possíveis reservatórios de água, como postos de gasolina, ferro-velho e borracharia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se que os fatores climáticos influenciam a distribuição dos casos de dengue, zika e chikungunya,  possibilitando aos países a identificação dos períodos de maior risco de epidemias. Em relação aos aspectos socioeconômicos, foi identificado a influência da pobreza, tipos de moradias e densidade populacional na distribuição espacial das arboviroses. Assim, este estudo sugere o fortalecimento de políticas públicas que desenvolvam medidas de controle e prevenção das arboviroses e que sejam acessíveis a toda a população.

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ASSISTÊNCIA DOS ENFERMEIROS AOS USUÁRIOS COM SUSPEITA DE DENGUE

Autores: Nilirem Leal, Haryanna Oliveira Arantes, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9178

Resumo

Introdução: a dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo caracterizada como moléstia que oferece riscos para a saúde da população por se manifestar de forma única, dinâmica e sistêmica, podendo evoluir para casos graves e levar a óbito. Nesse contexto, há a necessidade de uma assistência padronizada ao usuário com suspeita de dengue, deve ser realizada com base nas diretrizes de classificação de risco da Política Nacional de Humanização e o Protocolo de Estadiamento da doença, seguindo a avaliação dos sinais e sintomas do paciente, sendo classificados em: Grupo A: sem sinais hemorrágicos com prova do laço negativo e sem sinais de alarme; Grupo B: presença de sangramento espontâneo, prova do laço positiva e sem sinais de alarme; Grupo C: apresenta algum sinal de alarme com manifestação hemorrágica ou não; e por fim Grupo D: apresenta sinais de choque, desconforto respiratório, manifestações hemorrágicas e disfunção grave de órgãos. A classificação de risco deve ser considerada uma ferramenta essencial na rotina dos enfermeiros para a identificação da condição clínica e vulnerabilidade do paciente. Objetivo: avaliar a assistência dos enfermeiros das Unidade Básica de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de São Carlos aos usuários com suspeita de dengue. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e de abordagem quantitativa. Este estudo foi realizado em 9 UBSs e 3 UPAs de São Carlos, com uma população de 26 enfermeiros. Os dados foram coletados por meio de um questionário autorrespondido, utilizando um instrumento adaptado de Esashika (2012); e, foram analisados por meio da estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar. Resultados: Para o tratamento dos usuários classificados no Grupo A, 77% (20) dos enfermeiros afirmaram dispor de sais para hidratação oral, antitérmico e analgésicos e 35% (9) referiram realizar hemograma para os usuários incluídos nesse grupo. Para os usuários classificados no Grupo B, 92% (24) dos participantes afirmaram que o tratamento se baseia na hidratação oral ou venosa e 46% (12) referiram que as unidades possuem condições de mantê-los em observação por 12 horas caso seja necessário. Para o tratamento dos usuários classificados no Grupo C e D, 81% (21) dos enfermeiros afirmaram que o tratamento inclui hidratação venosa imediata e 96% (25) dos entrevistados relataram que os usuários são encaminhados após o atendimento. Conclusões: É notório que os enfermeiros possuem um conhecimento clínico sobre a dengue; no entanto, ainda apesentam lacunas quanto às particularidades da assistência oferecida aos usuários com suspeita de dengue. Ressalta-se a importância da classificação de risco em casos suspeitos de dengue, com vistas a minimizar os riscos de complicação e mortalidade.

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CONHECIMENTOS SOBRE VIOLÊNCIAS E COMPETÊNCIAS SOCIAIS PARA RELAÇÕES DE INTIMIDADE SAUDÁVEIS ENTRE ADOLESCENTES: DELINEAMENTO MISTO

Autores: Bruna Heloisa Baldan, Silvia Mara Carvalho Silva, Diene Monique Carlos

ID: 9001

Resumo

Introdução: A VRI entre adolescentes é considerada como a violência física, sexual, psicológica ou emocional em uma relação de intimidade e pode ocorrer de forma pessoal ou eletrônica, com táticas que provocam medo ao outro. É possível que os adolescentes consintam com esses tipos de comportamentos inadequados por acreditarem que se trata de condições normais de um relacionamento. Algumas características da adolescência podem levar à maior tolerância de comportamentos violentos nas relações. A primeira se refere à experimentação de relações, quando tudo é novo e desconhecido. No sentido de tolerância de comportamentos violentos nas relações entre adolescentes, nota-se que há uma naturalização da violência, principalmente considerando o ciúme como demonstração de amor. Essa aceitação se estabelece possivelmente nas origens familiares, por conta da naturalização de experiências agressivas entre os pais, ou mesmo por conta da diferença entre os papéis de gênero, ao pensarmos a dominação masculina nos relacionamentos, a qual é socialmente mais aceita. Esses aspectos, acrescidos ao peculiar momento de desenvolvimento dos adolescentes, favorecem o não reconhecimento de comportamentos violentos como tais, fazendo com que esses indivíduos deixem de perceber quando estão em um relacionamento violento. Objetivo: verificar o conhecimento sobre a violência nas relações de intimidade (VRI) e as competências sociais para construção de relações saudáveis entre adolescentes. Métodos: estudo com delineamento misto, do tipo paralelo convergente. A etapa quantitativa foi realizada com 80 adolescentes do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do estado de São Paulo. Participaram da etapa qualitativa 20 destes adolescentes, sendo a coleta de dados realizada por meio de grupos focais. Resultados: observou-se que 51,2% (n=31) dos adolescentes possuíam 14 anos, sendo 51,3% (n=41) do sexo feminino e 48,8% (n=39) do sexo masculino. Com relação aos conhecimentos sobre VRI, a afirmativa “O ciúme é uma das principais causas de violência no namoro/ficar”, foi confirmada por 95,1% dos adolescentes, e a afirmativa “O sentimento de raiva gera violência” por 91,5%. Com relação às competências sociais, a afirmativa “Faço amizades com

facilidade” foi pontuada por 46,9% e 64,2% como realizada às vezes e sendo muito importante, respectivamente. Os temas “Do ciúme às violências” e “Possibilidades de conversa” demonstraram que a violência estava presente em boa parte dos relacionamentos, porém de forma indireta. Demonstrou ainda grande valorização das relações de amizade, reforçando os dados quantitativos. Conclusão: constatou-se a necessidade não apenas de estudos acerca do tema, mas também de intervenções práticas com adolescentes e jovens, a fim de auxiliar na construção de relações afetivas mais saudáveis e seguras. A Enfermagem, por ser um agente próximo à população adolescente, pode ser uma grande aliada para que as transformações aconteçam.

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DIVERSIDADE NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: CAMINHOS PARA A INTEGRALIDADE E EQUIDADE

Autores: Caroline Izabela Silva, Natália Sevilha Stofel, Flávio Adriano Borges, Natália Rejane Salim

ID: 9029

Resumo

Introdução: A temática da diversidade no ensino superior ainda se mostra em grande parte ausente. Nos últimos anos a Universidade pública brasileira viveu mudanças intensas na forma de discutir a diversidade academicamente, pois tem sido local e espaço de convivência de diferentes grupos que outrora não tinham seus direitos garantidos no acesso e permanência desse espaço. Nesse contexto, as Ações Afirmativas passam a ser instituídas no cenário do ensino superior público brasileiro como condutas desenvolvidas e aplicadas, com o objetivo de reverter ou corrigir situações de desigualdades e discriminação vivenciadas por pessoas de grupos sociais excluídos e marginalizados da sociedade. A partir disso, voltou-se o olhar para as diversidades dentro da Universidade e com isso tangenciou o debate sobre a necessidade de repensar a formação e os projetos políticos pedagógicos dos cursos de graduação. Objetivo: Compreender os sentidos da diversidade na formação nos cursos de graduação da área da saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa. O cenário de estudo foi uma Universidade Federal localizada no interior de São Paulo que possui cursos de graduação na área da saúde. Os/As participantes desse estudo foram estudantes do último ano de graduação de quatro cursos da área da saúde selecionados e os/as coordenadores/as dos mesmos cursos. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada. Também foi utilizado um roteiro com questões sociais a fim de identificar os perfis dos/as participantes. Houve transcrição integral das entrevistas e a análise foi realizada por meio de mapas dialógicos que após serem elaborados permitiram a organização e aprofundamento dos dados para a discussão. Resultados: Os discursos mostraram que com a presença de uma comunidade acadêmica diversa, o espaço universitário passa a fomentar de forma intensa a necessidade da inclusão das diversidades em diferentes espaços e cenários do ensino superior. Porém, mesmo com um aumento da diversidade dentro do campus, os cursos da área da saúde não abrangem essas temáticas de forma aprofundada e como um eixo que sustenta a construção do currículo em saúde. Assim, foi possível enxergar as barreiras para que essas temáticas sejam discutidas pelos docentes, como as dificuldades de mudança nos currículos, a falta de abertura para aprofundamento dessas temáticas, falta de capacitação e questões subjetivas dos próprios docentes, fatores esses que demostram refletir diretamente na formação dos estudantes com relação às diversidades. Conclusão: Este estudo evidenciou a falta de garantia das temáticas da diversidade de forma aprofundada e transversal no projeto político pedagógico dos cursos investigados. Foi possível compreender que é necessário a construção de estratégias de ensino para as temáticas, com vista a fomentar o debate, mas também instrumentalizar os docentes visto que essa temática não era discutida e legitimada tempos atrás, logo, hoje, diante das demandas que a comunidade acadêmica apresenta durante a graduação, a formação dos docentes não consegue suprir as questões levantadas. Pode-se concluir que é urgente a necessidade de elaboração de estratégias que garantam as temáticas da diversidade de forma transversal na formação em saúde, bem como pauta do projeto mais amplo de universidade.

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ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO E O USO DE CATETERISMO URINÁRIO INTERMITENTE: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DO USUÁRIO E SEU CUIDADOR

Autores: Julia Blanco, Laís Fumincelli

ID: 9410

Resumo

Introdução: Ao longo do ciclo da vida podem ocorrer alterações urinárias crônicas que impactam tanto as dimensões físicas, como psicológicas, sociais e ambientais.1 Dentre as formas de tratamento, o uso do cateterismo urinário é uma das principais terapêuticas utilizadas, o que pode resultar também em impactos expressivos na qualidade de vida (QV) tanto de usuários como de cuidadores2. Objetivo: Identificar as evidências científicas sobre a atuação de enfermagem na QV de usuários de cateterismo urinário e seus cuidadores no contexto de reabilitação. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura3 com a questão norteadora “Quais são as evidências científicas sobre a atuação de enfermagem na QV de crianças e adultos em uso do cateterismo urinário e seus cuidadores no contexto de reabilitação?”. Os descritores utilizados foram cateterismo urinário, enfermagem, reabilitação e qualidade de vida. As buscas foram feitas até junho de 2020, nas bases de dados SciELO, PubMed e CINAHL. Foram incluídos estudos realizados no período de 2010 a 2020; nos idiomas inglês, espanhol e português; e estudos primários e secundários, com abordagens quantitativa e qualitativa. Dos 824 estudos encontrados, 74 foram eleitos após leitura dos títulos e resumos para leitura na íntegra, sendo que 23 foram selecionados. Este estudo integra a Etapa 1 da pesquisa intitulada “Enfermagem de reabilitação e o uso de cateterismo urinário intermitente: um olhar para a qualidade de vida do usuário e cuidador”, desenvolvida no período de bolsa de iniciação científica sem remuneração de agosto de 2019 a julho de 2020.  Resultados: Dos 23 estudos selecionados, estes foram desenvolvidos principalmente no idioma em inglês; em diversas regiões mundiais, como Europa, Ásia, América do norte e sul, sendo 10 (43,5%) estudos brasileiros. Os estudos selecionados apresentaram 56,5% amostras com indivíduos adultos e 33,3% relacionados aos indivíduos infantojuvenis. Dos estudos elegidos nesta revisão, 21,7% citaram os cuidadores de usuários de cateterismo, sendo a maioria do gênero feminino e grande parte desenvolvendo cuidados domiciliares com crianças em uso do cateter urinário. Sobre a atuação de Enfermagem em Reabilitação e os aspectos relacionados à QV dos usuários de cateterismo urinário: houve melhora do esvaziamento vesical; aumento da autoconfiança na técnica; qualidade e segurança dos cuidados domiciliares com cateter urinário; reeducação de hábitos miccionais e intestinais; redução de infecções e retenções urinárias recorrentes; maior inserção social e laboral; e estímulo à independência e autonomia; importância da educação em saúde para os cuidadores. Conclusões: A QV pode ser evidenciada por meio da melhoria e da redução do impacto dos tratamentos nas condições de saúde de usuários de cateterismo urinário. Observa-se que ainda são escassos os estudos relacionados à QV de usuários de cateterismo urinário e seus cuidadores, bem como estudos sobre as ações de Enfermagem em Reabilitação e sua atuação no uso do cateter urinário no domicílio.

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ENFERMEIRAS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E A ANÁLISE DE IMPLICAÇÃO PROFISSIONAL: UMA PESQUISA-INTERVENÇÃO

Autores: Flávio Adriano Borges, Amanda Caetano dos Santos

ID: 9366

Resumo

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) consiste na porta de entrada para o sistema de saúde. A Estratégia Saúde da Família (ESF) consiste no modelo de APS adotado pelo Brasil. Segundo a Política Nacional de Atenção Básica, ela deve ser composta por uma equipe multiprofissional, compreendida por enfermeira(o), médico(a), dentista, auxiliares de consultório dentário e técnicas(os) de enfermagem, agentes comunitárias(os) de saúde e agentes de controle de endemias. Em se tratando da função exercida pela(o) enfermeira(o) nessa instância de atenção à saúde, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam para a necessidade de haver uma retomada do papel da(o) enfermeira(o) na APS, reaproximando-a(o) do cuidado direto aos usuários(as) das unidades de saúde, que consiste na gênese da assistência de enfermagem. Isso se deve, principalmente, pela priorização gradativa das atividades administrativas e burocráticas cotidianas do processo de trabalho em saúde e enfermagem e consequente perda de espaço da assistência direta aos(às) usuários(as). Dessa forma, acredita-se que direcionar o olhar para a forma como as(os) enfermeiras(os) têm percebido seu próprio trabalho, ou seja, analisar sua implicação profissional, contribuirá diretamente para que essas(es) profissionais possam refletir e ingressar em um processo autoanalítico, caminhando na perspectiva do desenvolvimento da Educação Permanente em Saúde (EPS) em ato a partir desse processo. Objetivo:Analisar a implicação profissional de enfermeiras da Estratégia Saúde da Família de um município do interior de São Paulo. Metodologia: Pesquisa-intervenção, de abordagem qualitativa desenvolvida com 19 enfermeiras da Estratégia Saúde da Família de um município de médio porte do interior do estado de São Paulo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, procedendo-se com a análise a partir das dimensões ideológica, libidinal e organizacional da implicação profissional, conforme referencial teórico da Análise Institucional. Resultados: Foram identificados na dimensão ideológica da implicação profissional: a amplitude do trabalho da enfermeira na ESF, a sobrecarga de trabalho, a assistência de enfermagem e o trabalho em equipe; na dimensão libidinal: o vínculo com os/as usuários/as; e na dimensão organizacional: a falta de apoio da gestão e a ausência de articulação da rede de atenção à saúde. Conclusões: Asdimensões da análise de implicação profissional consistem em grandezas inseparáveis e que o exercício de sua separação visou, unicamente, favorecer a explanação didática, apontando para as diversas dimensões existentes na relação que as pessoas estabelecem com a sua profissão. Ficou evidente que a análise de implicação profissional consiste em um potente dispositivo de EPS, apontando para a necessidade do fortalecimento da gestão, da atenção à saúde e da educação dentro do contexto da ESF.

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ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: PRÁTICAS RELACIONADAS AO USO DE ANTIMICROBIANOS

Autores: Nathalia Valentim Jarina, Lívia Cristina Scalon da Costa Perinoti, Daniela Sanches Couto, Rosely Moralez de Figueiredo

ID: 8888

Resumo

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde e os enfermeiros que ali atuam acabam, mesmo que indiretamente, realizando ações de prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Entre essas ações inclui-se o manejo do uso de antimicrobianos, que visa garantir o uso de antimicrobiano correto, reduzindo efeitos adversos, o uso desnecessário e certificando a segurança do paciente. Devido à importância mundial do tema resistência microbiana e dos enfermeiros como peças-chave na APS, realizou-se este estudo. Objetivo: Identificar práticas relacionadas ao manejo do uso de antimicrobianos, já realizadas por enfermeiros na APS, em sua atividade diária. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal, do tipo survey, realizado com enfermeiros atuantes na APS de diferentes municípios do Brasil. Os participantes foram identificados por técnica de bola de neve e convidados a responder um questionário no Google Forms®, no período de outubro a novembro de 2020. Todos os aspectos éticos foram contemplados. Concordaram em participar do estudo 112 enfermeiros. Resultados: Os resultados encontrados apresentam que 70,5% (79) dos entrevistados realizam frequentemente ou sempre orientações para coleta de exames de cultura; 52,7% (59) checam frequentemente ou sempre os resultados de cultura dos usuários em uso de antimicrobiano; 63,4% (71) identificam frequentemente ou sempre o histórico de alergias a medicamentos. Por outro lado, 41% (46) dos enfermeiros entrevistados referem que nunca ou raramente coletam material para cultura na própria unidade; 46,4% (52) nunca ou raramente realizam busca ativa por usuários faltosos em uso de antimicrobianos e 40,1% (45) que nunca ou raramente dão continuidade em tratamentos com antimicrobianos, pós alta hospitalar, na sua unidade. Conclusão: Estes achados identificam que orientações para coleta de cultura, checagem de resultados de cultura, identificação do histórico de alergias a medicamentos, coleta de material para cultura; busca ativa por usuários faltosos em uso de antimicrobianos e continuidade em tratamentos com antimicrobianos, pós alta hospitalar, são práticas de controle de IRAS e manejo de antimicrobianos, já inseridas (em maior ou menor frequência) na rotina do enfermeiro da APS. Sugere-se que estas ações, já realizadas, subsidiem a discussão e implementação de práticas mais estruturadas de controle de IRAS e manejo de antimicrobianos na APS e direcionem o desenvolvimento das competências necessárias para a plena inserção do enfermeiro nesse contexto.

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ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE RISCOS E DANOS NA ATENÇÃO BÁSICA UTILIZADAS PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Emily Albino de Souza, sonia Regina zerbetto, Sarah Salvador Pereira

ID: 9594

Resumo

Introdução: As estratégias de cuidados prestados aos usuários de substâncias psicoativas no Brasil têm transitado entre a abstinência total e redução de danos, sendo esta última considerada como prática que legitima a pessoa ao direito de escolha e responsabilidade diante de sua vida e a sua relação com o consumo de substâncias psicoativas. Justifica-se este estudo, considerando que a sociedade brasileira vive contexto social, político e de saúde conturbado diante da nova Política Nacional sobre Drogas de 2019, a qual salienta a abstinência total como único tratamento indicado e exclui a abordagem de Redução de Danos (RD). Objetivo: Realizar revisão integrativa sobre as estratégias de Redução de Riscos e Danos utilizadas por profissionais de saúde no âmbito nacional e internacional. Metodologia: Revisão integrativa da literatura nas bases de dados virtuais LILACS, MEDLINE/PubMed, BDENF e PsycInfo, no período de março a agosto de 2020, com artigos publicados entre 2003 e 2019 disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol, utilizando-se pareamento dos descritores “Redução de Danos “ AND “Equipe de Assistência ao Paciente” e “Redução de Danos” AND “Atenção Primária à Saúde”. Utilizou-se da técnica de Análise Temática para elaboração dos temas. Resultados: Com os descritores de saúde “Redução de Danos” AND “Equipe de Assistência ao Paciente” foi encontrado um total de 79 estudos e após exclusão de duplicatas, leituras de títulos, resumos e leitura na íntegra do artigo, foram incluídos 21 artigos. Em relação aos descritores de saúde “Redução de Danos” AND “Atenção Primária à Saúde” foram identificados 68 estudos que passaram pelos mesmos processos de inclusão e exclusão, restando 15 artigos. Ao todo foram 36 artigos analisados, sendo 18 nacionais e 18 internacionais; quanto ao método de pesquisa, 22 artigos são qualitativos, 4 são quantitativos, 3 misto, 6 relatos de experiência e 1 estudo de caso. Após análise e categorização temática definiu-se a discussão da categoria Estratégias de Redução de Danos na Atenção Primária à Saúde. As estratégias mais utilizadas de RD consistiram em:escuta qualificada e vínculo, atividades lúdicas e socioculturais, atendimento interdisciplinar, uso de recursos intersetoriais, distribuição de insumos, visita domiciliar, psicoeducação para consumo de drogas e manejo de overdose; prescrição de medicamentos, criação de espaços para consumo seguro de substâncias psicoativas, sensibilização dos profissionais entre outras.Conclusões: As intervenções que contribuíram para adesão de usuários nos programas de reabilitação associam-se ao forte vínculo terapêutico entre equipe e usuário, ambiente acolhedor e livre de estigmas. Tal fato permite refletir sobre o sucesso da manutenção da política de Redução de Danos.

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FUNCIONALIDADE FAMILIAR E SOBRECARGA: UM ESTUDO COM CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS

Autores: Marcos Soares de Arruda, Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo, Sônia Gonçalves da Mota, Tábatta Renata Pereira de Brito, Ariene Angelini dos Santos-Orlandi

ID: 8899

Resumo

Introdução: Doenças crônicas não transmissíveis são comuns em idosos, os quais podem apresentar descompensações e serem hospitalizados. No Brasil, o cuidado ao idoso é culturalmente realizado por um membro familiar. Muitas vezes, esse familiar assume a responsabilidade pelo cuidado de maneira repentina, sem nenhum preparo prévio ou apoio de outras pessoas, o que pode resultar em intensa sobrecarga. Pesquisadores apontam que a intensa sobrecarga pode prejudicar a relação do cuidador com os demais membros familiares e assim prevalecer um contexto disfuncional.  Objetivo: analisar a relação entre funcionalidade familiar e sobrecarga de cuidadores informais de idosos hospitalizados. Método: Estudo transversal, quantitativo, realizado com 98 cuidadores informais de idosos hospitalizados em uma unidade de internação de um hospital de grande porte de São Carlos - SP. Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário para caracterização do cuidador e do contexto de cuidado; Inventário de Sobrecarga de Zarit; APGAR de Família. Foram realizadas análises descritivas e correlacionais (Correlação de Spearman). Adotou-se nível de significância de 5%. Todos os cuidados éticos foram observados e respeitados. Resultados: houve predomínio de cuidadores do sexo feminino (88,8%), com média de idade de 54,1±13,5 anos e de escolaridade de 7,9±4,3 anos, com companheiro (74,5%). Avaliaram a saúde como boa (40,8%), não praticavam atividade física (71,4%), possuíam multimorbidade (91,9%) e faziam uso de medicamentos (74,5%). Cuidavam do seu progenitor (45,4%) ou cônjuge (32,0%), há 51,6±84,3 meses, durante 16,2±7,7 horas por dia, sem treinamento prévio (81,6%). Quanto ao funcionamento familiar, a maioria dos cuidadores apresentou boa funcionalidade (59,8%), seguida de elevada disfunção (22,7%) e moderada disfunção familiar (17,5%). O escore médio obtido no APGAR de família foi de 13,0±5,9 pontos. Em relação à sobrecarga, 49,5% pontuaram para sobrecarga leve a moderada, seguida de 25,8% moderada a severa, 17,5% ausente e 7,2% sobrecarga intensa. A pontuação média obtida no Inventário de sobrecarga de Zarit foi 34,3±16,9 pontos. Houve correlação negativa, de moderada magnitude, entre funcionalidade familiar e sobrecarga (Rho= -0,57; p<0,001). Conclusão: quanto maior o escore de sobrecarga, menor o escore de funcionalidade familiar, ou seja, cuidadores com alta sobrecarga apresentaram pior funcionalidade familiar. Identificar precocemente a sobrecarga e a disfunção familiar se torna necessário, tendo em vista que ambas as condições podem prejudicar o cuidado ofertado e o bem-estar e a qualidade de vida tanto dos cuidadores quanto dos idosos receptores de cuidados. Nesse sentido, sugere-se o planejamento e a implementação de intervenções assertivas e individualizadas para minimizar o impacto negativo sobre a díade idoso/cuidador, amenizar a sobrecarga e favorecer relações familiares mais harmoniosas.

 

 

 

Apresentação

IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NA ROTINA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM SERVIÇOS DE SAÚDE: UMA REVISÃO DE ESCOPO

Autores: Isabela Araújo Fernandes, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9185

Resumo

Os Riscos Ambientais (RA) são provocados pela ação de agentes físicos, químicos, biológicos, psicossociais ou ergonômicos e são capazes de trazer danos aos profissionais de saúde, em especial à enfermagem. Esta investigação teve como objetivo analisar o conhecimento científico sobre os riscos ambientais presentes na rotina da equipe de enfermagem dos diferentes serviços de saúde. Trata-se de uma scoping review, seguindo a metodologia de Joanna Briggs Institute (JBI). O estudo utilizou as bases de dados Cumulative Index to Nursing and Allied (CINAHL), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), US National Library of Medicine National Institutes of Health PUBMED – NCB e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e as palavras chave riscos ambientais, riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos, riscos psicossociais, enfermagem e serviços de saúde; nos idiomas inglês, português e espanhol e no período de 2016 a 2020. Dos 6.185 estudos identificados, 6.000 foram excluídos pela análise do título e resumo e 83 pela leitura do artigo completo e 67 por repetição, sendo selecionados 35 artigos. Com base nos artigos selecionados, foi verificado que as equipes de enfermagem possuem lacunas no conhecimento sobre a presença dos riscos ambientais nos serviços de saúde. Essa realidade pode estar relacionada a idade do profissional, experiência de trabalho, falta de atividades de educação continuada e deficiência na formação. Por outro lado, estudos identificaram que os enfermeiros estão expostos às condições inadequadas de trabalho, enfrentando, frequentemente, dificuldades estruturais, como falta de material e equipamento, extensas jornadas de trabalho, jornada de trabalho por turnos, riscos relacionados à realização de movimentos repetitivos e à má postura por tempo prolongado, baixo número de profissionais, rigor e alto nível de cobrança, falta de autonomia, abuso verbal, ameaça de violência, assédio, individualismo, competitividade, acúmulo de funções, jornadas duplas, além da privação de sono e sobrecarga de trabalho. Essas condições são capazes de gerar transtornos mentais tais como ansiedade, depressão, síndrome de Burnout, desatenção, alta rotatividade no trabalho, problemas musculoesqueléticos, e outras condições incapacitantes. Ademais, o profissional de enfermagem está exposto ainda a riscos durante o manuseio de medicamentos citotóxicos, material perfurocortante e componentes químicos. Assim, torna-se necessário a implementação de políticas públicas que permitam e potencializem estratégias para minimizar os riscos ambientais presentes na rotina das equipes de enfermagem.

 

Apresentação

INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NA INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Autores: Ana Cristina Ribeiro, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9194

Resumo

Introdução

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada um problema de saúde pública e o número de pessoas com o diagnóstico da doença tem aumentado cada vez mais. Ressalta-se que o número crescente de hipertensos pode estar relacionado com condições socioambientais vulneráveis, uma vez que a HAS é multifatorial e está associada com o ambiente e as condições que a pessoa está exposta. Assim, a pergunta-problema deste estudo consiste em: Quais são as condições socioambientais que podem influenciar na incidência e variabilidade das taxas de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)?.

Objetivo

Este estudo tem como objetivo avaliar a influência das condições socioambientais na incidência e variabilidade das taxas de HAS.

Metodologia

Trata-se de um estudo ecológico de grupos múltiplos. Esta pesquisa será realizada na área de abrangência de duas Estratégias Saúde da Família (ESF) do município de São Carlos-SP. Os dados serão coletados mediante acesso a duas[ACR1] [TU2] fontes distintas, serão utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), especificamente da “Pesquisa Nacional de Saúde - 2013: Percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas do Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação e em relação ao perfil socioeconômico e epidemiológico da população do estudo, os dados serão coletados do E-SUS e da Ficha A (ficha de cadastro que consta nos prontuários) de cada ESF. Os dados serão analisados por meio de medidas de centralidade, médias, de associação e de frequências relativa e absoluta. Para alcançar os objetivos deste estudo pretende-se utilizar os testes estatísticos para a determinação de significância, proporcionalidade e contingência, a saber: Teste de Kruskal-Wallis com Correção de Yates para as proporções observadas e esperadas; Modelo Multinomial Nominal para as razões de chance (odds-ratio) e o Teste de Wald para sua amplitude. A pesquisa já foi aprovada pelo CEP/UFSCar.

Resultados esperados

Os resultados encontrados neste estudo podem favorecer o desenvolvimento de um planejamento em saúde que visa implementar as ações de prevenção e promoção da saúde em territórios com maior vulnerabilidade. Além disso, podem subsidiar as discussões de políticas públicas direcionadas para o controle de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo os determinantes sociais de saúde, bem como as condições socioambientais.


[ACR1]Não seriam 3 fontes? IBGE / E-SUS / Ficha A

[TU2]Na verdade a ficha deve estar dentro do E-SUS; teoricamente...rsrsrs

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INFLUÊNCIA DO MEDO CIRÚRGICO NA DOR PÓS-OPERATÓRIA

Autores: George Luís Teixeira, Daniely Gomes Marques, Aline Appoloni Eduardo

ID: 8940

Resumo

Introdução: o medo e ansiedade no período pré-operatório podem piorar os níveis de dor e incapacidades após cirurgias, além de comprometer a recuperação. Objetivo: identificar a relação do medo cirúrgico na intensidade da dor pós-operatória. Método: estudo observacional, desenvolvido na unidade cirúrgica de um hospital escola, os participantes foram os pacientes internados para realizar cirurgias eletivas no período de janeiro a novembro de 2019, estimou-se amostra de conveniência de 66 participantes, os participantes foram incluídos após atenderem aos critérios de elegibilidade. Para a coleta dos dados os participantes foram entrevistados no período pré-operatório, quando responderam o Formulário de caracterização de variáveis sociodemográficas e clínicas,  Escala de Medos relacionados à Cirurgia e Escala de Categoria Numérica para avaliação da dor; após a cirurgia a dor foi novamente avaliada. Foi investigada a relação entre as medidas avaliadas, utilizando o Coeficiente de Correlação de Pearson e empregada estatística descritiva para as variáveis investigadas. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 01677118.0.3001.8148 e Parecer nº 3.099.379). Resultados: foram incluídos 173 participantes, com média de idade de 43,01 anos (Desvio padrão = 15,08), 87 homens (50,3%) e 86 mulheres (49,7), submetidos a cirurgias ortopédicas (63,0%), geral (18,5%) e oncológicas (8,7%), as demais 9,8% se distribuíram entre cirurgias neurológicas, tegumentares, ginecológicas, urológicas e otorrinolaringológicas. As análises feitas a partir da primeira entrevista (no período pré-operatório) mostraram que a média de medo de complicações imediatas a cirurgia entre os participantes foi de 9,62 com desvio padrão= 8,75, mínimo=0 e máximo=30. Já a média de medo relacionado a consequências de longo prazo foi de 15,87 com desvio padrão de 13,89, mínimo=0 máximo=50. A média da dor neste período foi de 2,78 com desvio padrão=3,68. Na segunda entrevista (24 horas após a cirurgia) a média de dor destes participantes foi de 4,12 com desvio padrão=3,54 e na terceira entrevista (48 horas após a cirurgia) foi 5,47 com desvio padrão=3,247. A partir das análises de correlação de Pearson entre as medidas de medo pré-operatório e a dor, mensurada antes e após a cirurgia (24 e 48 horas após a cirurgia respectivamente), revelou presença de correlação entre as mesmas, a um nível de significância de p≤0,05. Conclusão: neste estudo, entre os pacientes incluídos, a média de medo foi moderada, e se mostrou influente perante a dor sentida no pós operatório. Estes resultados podem influenciar positivamente estudos futuros que visem analisar mais a fundo esta relação ou até mesmo manipulá-las.

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O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO USUÁRIO DE CRACK E/OU COCAÍNA: QUE CLÍNICA É ESSA?

Autores: Larissa Santos Nogueira, sonia Regina zerbetto

ID: 8943

Resumo

Introdução: O cuidado de enfermagem ao usuário de crack ou cocaína tem se fundamentado em diferentes teorias, com metas de tratamento que podem transitar da abstinência total à redução de danos. Entretanto, há limitada produção científica que foca este cuidado na perspectiva de clínica ampliada, ou seja, complexa, centrada no usuário e não na doença, compreendendo a sua história de vida, a qual está inserida no contexto social e no território. Objetivo: Compreender e analisar a clínica realizada aos usuários de crack ou cocaína em serviços de base comunitária de uma cidade do interior paulista, na perspectiva da equipe de enfermagem, por intermédio da fundamentação teórica de clínica ampliada. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa, realizada no período de dezembro de 2019 a setembro de 2020, com a participação sete profissionais de enfermagem da rede de atenção básica de uma cidade do interior paulista. A coleta de dados consistiu da entrevista semiestruturada presencial e após a situação pandêmica, por via virtual e telefônica, sendo que os dados foram analisados pela técnica de análise temática. O estudo respeitou os aspectos éticos da Resolução n°. 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (parecer n°. 3.658.065 de 23/10/2019). Resultados: Um dos grandes temas identificado foi denominado como “A difícil transição do cuidado tecnicista ao cuidado ampliado”, que envolveu as dificuldades sentidas pelos profissionais de enfermagem em ofertar um cuidado que não se limita a procedimentos técnicos e protocolos/rotinas de serviço, mas que valorize o acolhimento, a escuta qualificada, a criação de vínculos entre profissional-usuário, a relevância do gerenciamento de caso e do trabalho em equipe. Além disso, reconheceram a tentativa de ampliar o cuidado em parcerias com outros setores, inclusive os da saúde. Entretanto, ao buscarem a articulação de serviços da rede de saúde e outros setores houve predomínio da estratégia de encaminhamento. Conclusões: Apesar do predomínio de um modelo em que o cuidado de enfermagem é tecnicista, há percepção de alguns preceitos da clínica ampliada, porém ainda com poucas iniciativas e muitas limitações.

 

Apresentação

O USO DA DRAMATIZAÇÃO PARA PREVENÇÃO DO BULLYING: UMA SCOPING REVIEW

Autores: Laisa Roseno Santos, Diene Monique Carlos

ID: 8879

Resumo

Introdução: O bullying escolar, considerado problema de saúde pública, afeta a qualidade da escolarização e o desenvolvimento psicossocial saudável de crianças e adolescentes. A literatura indica que as intervenções efetivas são aquelas que conscientizem os estudantes sobre a natureza prejudicial da violência. Objetivo: examinar e mapear as evidências científicas sobre uso da dramatização para intervenções frente ao bullying vivenciado por crianças e adolescentes. Metodologia: Para tal objetivo, foi realizada uma scoping review, que busca mapear uma ampla gama de evidência disponível, e identificar aspectos relevantes, desenvolver conhecimento e registrar possíveis lacunas para contribuir no avanço do cuidado em saúde baseado em evidências. Foram buscados artigos científicos e documentos nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); The Cochrane Library, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL); e Psychological Information Database (PsycINFO). Resultados: Foram incluídos 25 artigos, sendo 16% publicado em 2010; 12% em 2018 e 12% em 2020; 8% publicado entre 2011 e 2017 e o restante entre 1997 e 2009. Os estudos se distribuem em 36% nos EUA, 20% no Brasil e 20% na Finlândia. Índia, Austrália, Turquia, Inglaterra  e África do Sul tiveram um artigo publicado. Em relação ao tipo de estudo, 68% foi artigo original; 12% foi artigo de reflexão teórica; 8% foi relato de experiência e 4% em artigo de revisão de literatura, em relato breve e em dissertação de mestrado. Com relação aos estudos empíricos, 12% deles possuíram abordagem qualitativa, 17% abordagem mista e o restante abordagem quantitativa, sendo grande parte estudos quase-experimentais. Apesar dos resultados positivos das intervenções baseadas em dramatização, é provável que os resultados desta modalidade interventiva sejam potencializados pela adoção de metodologias mais críticas como aquela do Teatro do Oprimido. Outra questão importante é o alinhamento do bullying com a falta de empatia. Neste sentido, a aproximação de teorias que permitam o desenvolvimento destas habilidades também é relevante. Conclusões: O uso da dramatização se mostrou profícuo e eficaz na transformação do bullying, bem como traz flexibilidade e possibilidade de aplicação em diversos espaços, com baixo custo. Novos estudos com abordagem qualitativa são recomendados.

Apresentação

O USO DE LUVAS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM AMBIENTE HOSPITALAR

Autores: Caroline do Rio, Rosely Moralez de Figueiredo

ID: 9120

Resumo

Objetivo: caracterizar o uso de luvas pela equipe de enfermagem em ambiente hospitalar e identificar situações em que este uso esteja ou não em conformidade. Métodos: estudo descritivo exploratório de abordagem quantitativa, realizado em hospital do interior do Estado de São Paulo, Brasil, entre agosto e outubro de 2019, por meio da observação da equipe de enfermagem na realização de 396 procedimentos. O roteiro para anotação foi elaborado pelas autoras com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Todos os aspectos éticos foram contemplados. Resultados: Foram observados 32 diferentes tipos de procedimentos. A taxa de conformidade ao uso de luvas, em completa concordância, ocorreu somente em uma observação (0,25%). Já excluindo-se a higienização das mãos foi 60,1% (238). Em outras 39,9% (158) oportunidades a utilização incorreta variou entre reutilização (18,43%), utilização sem necessidade (8,33%) e a não utilização quando necessário (13,13%). As mãos foram higienizadas previamente ao uso de luvas em 1,76% das observações e em 4,54% imediatamente após sua retirada. Conclusão: o uso de luvas pela equipe de enfermagem apresentou não conformidades em 39,89% das vezes.

Apresentação

PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM SOBRE O TRABALHO DO(A) ENFERMEIRO(A) NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: Flávio Adriano Borges, Pablo Ramon Rodrigues Freitas Ramos Carloni

ID: 9369

Resumo

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) representa a principal porta de entrada prevista para o sistema de saúde. Ela se baseia na premissa de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, execução de cuidados paliativos e estratégias de vigilância em saúde. O Brasil tem adotado a Estratégia Saúde da Família (ESF) como modelo principal de APS, que conta com uma equipe multiprofissional, incluindo o enfermeiro em sua composição. Este se destaca pelo papel no cuidado direto com o usuário, associado às atividades administrativas e burocráticas no processo de trabalho em saúde e enfermagem, correspondendo ao profissional de referência para o cuidado nas diferentes fases da vida. Nesse âmbito, é compromisso das universidades formar profissionais capazes de exercer um cuidado de qualidade, por meio da construção de um ensino crítico, reflexivo, centrado no estudante, articulado com serviços públicos de saúde e ao cotidiano de vida da população, preparando o futuro enfermeiro para a complexidade que envolve a prática em enfermagem. Sabe-se que as percepções dos(as) estudantes a respeito do trabalho do(a) enfermeiro(a) são desenvolvidas durante a graduação. Dessa forma, a satisfação em relação ao curso e a possibilidade de ressignificação da profissão pode influenciar em áreas da vida e diminuir o estresse na formação acadêmica. Assim, compreende-se que olhar para o processo formativo de estudantes de graduação sob a ótica da Análise Institucional e as percepções acerca da futura profissão é capaz de desencadear um processo reflexivo e formativo. Objetivo: Compreender as percepções de estudantes de enfermagem sobre o trabalho do enfermeiro na ESF. Metodologia: pesquisa qualitativa desenvolvida com 19 estudantes de diferentes anos de graduação em enfermagem da Universidade Federal de São Carlos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e analisadas por análise temática, confrontando com alguns conceitos do referencial teórico e metodológico da Análise Institucional, tais como instituição (dimensão imaterial relacionada com regras e normas construídas e estabelecidas socialmente), instituído (aquilo que é visível e aparente da instituição), instituinte (aquilo que provoca, movimenta e desloca o instituído), institucionalização (a relação dialética entre o instituído e o instituinte) e analisador (aquilo que revela a instituição, fazendo-a falar). Resultados: A análise dos dados deu origem a três temas: 1) Percepções dos estudantes sobre o processo de trabalho do enfermeiro, 2) O vínculo no trabalho do enfermeiro e 3) Limites estruturais e relacionais do trabalho do enfermeiro. Conclusão: Os estudantes perceberam o trabalho do enfermeiro na ESF como algo em constante processo de institucionalização, ou seja, em um contínuo processo de decomposição e recomposição. Também compreenderam a necessidade de algumas habilidades para o trabalho na APS como a formação de vínculo com os usuários, o (re)conhecimento do território, bem como essa instância como promotora de um modelo tecnoassistencial diferenciado e em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Contudo, a atuação do(a) enfermeiro(a) nessa instância enfrenta alguns percalços como, a escassez de recursos materiais, humanos e de infraestrutura, além da dificuldade no desenvolvimento do trabalho em equipe.

Apresentação

PERFIL E FREQUÊNCIA DE ATENDIMENTOS DE USUÁRIOS HIPERTENSOS EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

Autores: Gisele de Souza Pinto, Ana Cristina Ribeiro, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9187

Resumo

Introdução

A consolidação da Atenção Básica à Saúde (ABS) representa um avanço relevante ao Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto política pública, especialmente, pela abrangência da Estratégia Saúde da Família (ESF). Além disso, observa-se um olhar mais ampliado para pessoas portadoras de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), implicando na necessidade de prevenção e diagnóstico precoce. No entanto, devido ao descontrole de níveis pressóricos, os usuários recorrem aos serviços de urgência e emergência como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas, gerando sobrecarga no atendimento. Desta forma, se faz necessário elaborar estratégias para diminuir as superlotações das emergências e direcionar à UPA somente os casos de maior complexidade.

Objetivo

Analisar o perfil e a frequência de usuários hipertensos atendidos em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e relacionar com a adscrição à Estratégia de Saúde da Família (ESF).

Métodos e Procedimentos

Trata-se de uma pesquisa de campo, de caráter exploratório, descritivo, documental e de abordagem quantitativa.  Para a coleta de dados foram utilizados dados secundários individuais, registrados na ficha de atendimento, incluída no prontuário de usuários que autorreferiram HAS, idade igual ou maior a 18 anos e de ambos os sexos que procuraram atendimento na UPA no período de 01 de setembro de 2019 a 29 de fevereiro de 2020. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva; teste de qui-quadrado e regressão logística. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar.

 

Resultados

Foram analisadas 1.564 fichas de atendimento, sendo que 61% (954) eram do sexo feminino e 28% (438) dos usuários hipertensos estavam na faixa etária de 50 a 59 anos. No que se refere à sintomatologia, 65% (1017) eram assintomáticos para a HAS; porém, apresentavam queixas diversas, agrupadas em 22 grupos, destaca-se que 17% dos usuários referiram sentir algum tipo de algia. Em relação à classificação de risco e valores pressóricos dos usuários que buscaram atendimento na UPA, 90% (1409) dos hipertensos foram classificados como não urgente e 54% (845) apresentaram valor pressórico referente à HAS estágio 1. Quanto à frequência dos atendimentos de usuários à UPA, 35% (553) foram considerados frequentes e residentes em áreas de abrangência de ESF. De acordo com os testes estatísticos, encontrou uma relação entre sexo e frequência na UPA, p<0,05, assim pode-se afirmar que a variável sexo está associada ao fato de um paciente hipertenso ser frequente em busca de atendimento na UPA.

Conclusões

Conclui-se que a maioria dos usuários hipertensos que buscaram atendimento na UPA foram do sexo feminino, com faixa etária entre 50 e 59 anos, assintomáticos para HAS, classificados como não urgente e oriundos de uma área de abrangência de ESF. Devido à alta procura dos usuários portadores de HAS pertencentes à ESF, há necessidade de refletir e repensar a assistência oferecida nas ESF e buscar fortalecer a Rede de Atenção à Saúde (RAS).

 

Apresentação

RELAÇÃO ENTRE SINTOMAS DEPRESSIVOS E SONO DE IDOSOS CUIDADORES

Autores: Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo, Keika Inouye, Élen dos Santos Alves, Tábatta Renata Pereira de Brito, Ariene Angelini dos Santos-Orlandi

ID: 8864

Resumo

Introdução: as queixas relacionadas ao sono e os sintomas depressivos são condições prevalentes entre os idosos e podem impactar negativamente a qualidade de vida e bem estar da pessoa acometida. Quando se trata de idosos que cuidam de outros idosos, tais condições podem comprometer o cuidado oferecido, especialmente em contextos de alta vulnerabilidade social. Objetivo: analisar a relação entre sintomas depressivos e sono de idosos cuidadores de outros idosos em contexto de alta vulnerabilidade social. Metodologia: estudo transversal, quantitativo, realizado com 65 idosos cuidadores de idosos, cadastrados em cinco Unidades de Saúde da Família, inseridas em contexto de alta vulnerabilidade social, em São Carlos (SP). Os instrumentos utilizados foram: caracterização do idoso cuidador e contexto do cuidado; Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, Escala de Depressão Geriátrica – versão de 15 itens, Índice de Katz para atividades básicas de vida diária e Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária de Lawton e Brody. Foram adotados os testes de Correlação de Spearman e Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. Resultados: houve predomínio de idosos cuidadores do sexo feminino (59,6%), com média de idade de 69,1±6,4 anos e de escolaridade de 3,1±2,8 anos, com companheiro (93,9%) e de religião católica (55,4%). Cuidavam de seu cônjuge (89,2%), há 11,1±12,8 anos, durante 17,9±8,3 horas por dia, sem treinamento prévio (96,9%) e sem a ajuda de outras pessoas para a tarefa de cuidar (58,5%). Quanto aos aspectos de saúde, a maioria apresentou multimorbidade (95,4%), fazia uso de dois ou mais medicamentos (72,3%), possuía dor (90,8%), era independente para atividades básicas de vida diária (73,9%) e dependentes parcialmente para atividades instrumentais de vida diária (63,1%). A maioria dos idosos cuidadores não pontuou para sintomas depressivos (69,2%), no entanto, 30,8% apresentaram sintomas depressivos leves ou severos. O escore médio obtido na Escala de Depressão Geriátrica foi de 4,6±3,4 pontos. Em relação à qualidade do sono, 73,9% apresentaram sono de má qualidade. A pontuação média obtida no Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh foi de 7,3±4,1.  Houve correlação positiva (Rho= 0,33; p=0,008) entre qualidade do sono e sintomas depressivos. O escore médio de qualidade do sono para aqueles com sintomas depressivos severos foi 11,4 (dp=5,2), com sintomas depressivos leves foi 9,0 (dp=3,8) e para aqueles sem sintomas depressivos foi 6,4 (dp=3,7). Conclusão: quanto mais sintomas depressivos, pior a qualidade do sono dos idosos cuidadores.

Apresentação

RETORNO E FIXAÇÃO NO TRABALHO APÓS REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Autores: Bianca Biason Albuquerque, Vivian Aline Mininel

ID: 8812

Resumo

Introdução: a reestruturação produtiva e as novas relações de trabalho geraram precarização das condições de trabalho e impactos negativos na saúde dos trabalhadores, com consequente aumento do número de acidentes e adoecimentos, perdas das capacidades laborais e deterioração da qualidade de vida dos trabalhadores. O Programa de Reabilitação Profissional (PRP) vinculado ao Instituto Nacional do Seguro Social objetiva estabelecer uma rede articulada, organizada e descentralizada para a inserção do trabalhador na sociedade. É o único Programa disponível em todo território nacional, destinado apenas aos trabalhadores segurados do INSS que tiveram afastamento superior a 15 dias e que passaram pela avaliação do médico pericial. Seu alcance é bastante limitado e não oferece o acompanhamento aos trabalhadores após a alta, não havendo possibilidade de avaliar as repercussões e efetividade no processo. Objetivo: compreender o processo de retorno e fixação no trabalho de trabalhadores atendidos pelo PRP em decorrência de adoecimentos e acidentes relacionados ao trabalho. Método: estudo qualitativo, descritivo-exploratório, desenvolvido em duas etapas: (i) pesquisa documental para identificação do perfil e causas do afastamento dos trabalhadores, realizada com base nos dados de trabalhadores que foram assistidos pelo PRP e que tiveram alta para retorno ao trabalho no período de 2009 a 2020; (ii) entrevistas telefônicas individuais com trabalhadores admitidos pelo PRP a partir de 2009 e que tiveram alta entre os anos de 2018 a 2020, analisadas por meio de análise de conteúdo temática. O estudo foi desenvolvido em uma Gerência Regional do INSS do estado de São Paulo; todos os aspectos éticos envolvidos na pesquisa com seres humanos foram respeitados e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer n. 3.641.188. Resultados: 263 trabalhadores foram atendidos pelo PRP e retornaram ao trabalho no período analisado, sendo 84 mulheres e 179 homens, afastados predominantemente por doenças do tecido osteomuscular e conjuntivo (35%) e lesões e outras causas externas (33%), que envolvem os acidentes de trabalhado com fraturas e amputações. Destes, 71 retornaram ao trabalho para a mesma função e 192 para funções diversas. Dentre os 33 trabalhadores elegíveis para a segunda etapa do estudo, 14 não atenderam as ligações, seis recusaram participar e doisnúmeros de telefones estavam errados, não sendo possível efetivar o contato. Assim, 11 trabalhadores (um terço do total de elegíveis) foram entrevistados, sendo as falas classificadas em três categorias: (a) o difícil e desarticulado processo de retorno ao trabalho; (b) desarticulações no INSS; (c) INSS articulado pode transformar a o processo de retorno ao trabalho. Os resultados evidenciaram as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores no processo de retorno ao trabalho, especialmente decorrentes da alta precoce pela perícia médica, e as limitações do PRP no acompanhamento do trabalhador após alta e retorno ao trabalho. Conclusão: os achados sinalizaram a necessidade de revisão no formato do PRP, dos critérios de seleção e encaminhamento, do modelo das perícias médicas, dos mecanismos de alta, do acompanhamento do trabalhador no retorno ao trabalho e da negociação com empregadores para adaptação do trabalhador reabilitado.

Apresentação

REVELAÇÕES DE JOVENS E A PAUTA DA SAÚDE

Autores: Gabriele Petruccelli, Maria Aparecida Bonelli, Monika Wernet

ID: 8811

Resumo

O presente estudo é documental, teórico e de natureza reflexiva, pautado nas expressões de jovens em produções cinematográficas do projeto ‘É Nóis na Fita’ articuladas às Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde, documento orientador da atenção à saúde de jovens no Brasil. O objetivo foi de apresentar pautas e diagnósticos sociais delatados por jovens e discutir sua interface com as diretrizes nacionais de atenção à saúde de adolescentes e jovens. Os 39 curtas metragens disponíveis no site do projeto foram analisados, e as pautas ali veiculadas categorizadas tematicamente e discutidas à luz do documento orientador da atenção à saúde mencionado anteriormente. Os pleitos representam os enfrentamentos vivenciados por jovens nas relações familiares e sociais, bem como as negatividades frente às exclusões e agressões sociais. Tais interveniências permeiam os temas estruturantes da Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e de Jovens. A aproximação das percepções dos adolescentes frente às suas relações sociais e com a comunidade, permitiu reflexões com vistas ao cuidado em saúde. Vale ressaltar que, expressões artísticas são potentes de revelar vozes juvenis, e sua valorização pelos profissionais inovam e contribuem com práticas em saúde.

Apresentação

SAÚDE AMBIENTAL E COVID-19 PRESENTES NA ROTINA DA ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA – SCOPING REVIEW

Autores: Natalia Maria Assunção, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9190

Resumo

Introdução: No contexto atual de pandemia causada pela Covid-19, parece haver ainda certo distanciamento entre o campo da saúde e a efetiva relação com práticas de proteção ambiental ou de minimização de seus efeitos. Nesse sentido, a pandemia evidenciou a necessidade de direcionar uma maior atenção para a questão ambiental, em seus diferentes cenários. No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), a equipe de enfermagem pode ser considerada como a principal categoria profissional responsável pelo desenvolvimento de ações promotoras de saúde transversais a todas as áreas do conhecimento. Na APS, o vínculo estabelecido entre esses profissionais e a população, representa uma potencialidade na disseminação de informações sobre a doença, prevenção e acompanhamento. Assim, diante dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, se vê a necessidade de desenvolver estudos que problematizem a questão da doença e sua relação com os impactos ambientais. Objetivo: identificar a relação entre saúde ambiental e Covid-19 presentes na rotina da enfermagem da atenção primária à saúde. Métodos: trata-se de uma scoping review, seguindo a metodologia de Joanna Briggs Institute (JBI). A busca foi realizada nas bases de dados US National Library of Medicine National Institutes of Health, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Institute for Scientific Information e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, no período de janeiro de 2019 até 31 de agosto de 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol, utilizando as palavras chave saúde ambiental, enfermagem, atenção primária à saúde, Covid-19. Foram aplicados critérios de inclusão, como artigos tipo original, revisões e reflexões, excluindo editoriais, teses e estudos cujo título e resumo não se enquadravam na pesquisa, informações de websites e veiculadas em mídia, sendo a amostra final composta por 32 estudos. Resultados: os 32 artigos foram agrupados em duas subcategorias nas quais foi possível identificar a relação entre a Covid-19 e as mudanças climáticas e o conhecimento da enfermagem sobre saúde ambiental. Sobre a Covid-19, as condições ambientais e a atuação da equipe de enfermagem em APS, notou-se a relação da temperatura ambiente e umidade com a disseminação de Covid-19, além disso, os profissionais de APS foram essenciais para a reorganização dos atendimentos diante da necessidade de cada território, evidenciando a importância de que os profissionais se atentem para as vulnerabilidades globais quanto a disseminação de uma doença, para poder se preparar para futuras crises humanitárias devido ao colapso ambiental. Sobre a formação do profissional de enfermagem, notou-se que questões ambientais ainda são pouco discutidas, havendo a necessidade de adquirir maior espaço nas grades curriculares dos estudantes da área da saúde, bem como ações de educação permanente para profissionais na ativa. Considerações finais: identificou-se que a disseminação da Covid-19 está relacionada às questões ambientais, evidenciando a importância da atuação da enfermagem nas ações de educação em saúde. Também notou a necessidade da inserção da saúde ambiental na formação e educação permanente da equipe de enfermagem.

 

Apresentação

SONO E FRAGILIDADE: UM ESTUDO COM IDOSOS INSERIDOS EM CONTEXTO DE ALTA VULNERABILIDADE SOCIAL

Autores: Sônia Gonçalves da Mota, Keika Inouye, Élen dos Santos Alves, Tábatta Renata Pereira de Brito, Ariene Angelini dos Santos-Orlandi

ID: 8885

Resumo

Introdução: Atualmente, a má qualidade do sono e a síndrome da fragilidade podem ser consideradas importantes problemas de saúde pública devido à alta prevalência entre os idosos e aos efeitos negativos sobre o bem-estar dos indivíduos acometidos. Mediante a identificação precoce de ambas as condições, intervenções podem ser planejadas no sentido de reduzir os gastos com os serviços de saúde e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo: Analisar a relação entre sono e fragilidade de idosos cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família inserida em contexto de alta vulnerabilidade social. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, correlacional, baseado no método quantitativo de investigação. Foram entrevistados 81 idosos, com 60 anos de idade ou mais, cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família do município de São Carlos, SP. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: Questionário para caracterização do idoso, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), Fenótipo de Fragilidade proposto por Fried (adaptado), Mini Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica (versão de 15 itens), Índice de Katz para atividades básicas de vida diária e Escala de atividades instrumentais de vida diária de Lawton.  Na análise dos dados, foram utilizados os testes Exato de Fisher e χ2 de Pearson, com nível de significância de 5%. Todos os cuidados éticos que regem pesquisas com seres humanos foram respeitados. Resultados: 51,8% dos idosos eram do sexo feminino, 65,4% estavam inseridos na faixa etária de 60 a 69 anos e 64,2% possuíam companheiro. Em relação aos aspectos de saúde, 64,2% estavam com a cognição preservada, 65,4% não apresentaram sintomas depressivos, 77,8% estavam independentes para atividades básicas de vida diária e 65,4% independentes para atividades instrumentais de vida diária. Quanto ao sono, 50,6% apresentaram sono de má qualidade, 33,3% sono de boa qualidade e 16,1% distúrbios do sono. Em relação à fragilidade, 61,7% dos idosos estavam pré-frágeis, 33,3% frágeis e 5,0% não frágeis. Resultados estatisticamente significantes foram encontrados entre sono e: nível de fragilidade (p=0,026) e o critério “lentidão da marcha” (p=0,000). Cerca de 29,6% dos idosos frágeis e 9,3% dos robustos/pré-frágeis pontuaram para distúrbios do sono. Aproximadamente 30,4% dos idosos com lentidão da marcha e 10,4% sem lentidão apresentaram distúrbios do sono. Conclusão: Idosos frágeis apresentaram maior prevalência de sono de má qualidade e de distúrbios do sono quando comparados aos idosos pré-frágeis e não frágeis. Esses resultados podem sensibilizar os profissionais da atenção primária à saúde a fim de identificar queixas precocemente e implementar estratégias assertivas com o intuito de evitar resultados adversos à saúde e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.

Apresentação

TENDÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE DOENÇAS INFECCIOSAS ENTRE ADULTOS NO BRASIL

Autores: Amanda Ceratti, Sílvia Carla da Silva André Uehara

ID: 9193

Resumo

melhores condições de vida foram sendo amplamente alcançados pela maioria dos países, houve uma percepção otimista de que as doenças infecciosas perderiam sua relevância na saúde pública. Entretanto o que aconteceu foi a aceleração do processo de emergência e reemergência de doenças como AIDS, hanseníase, malária e tuberculose a partir do final do século XX, mantendo-as como prioridades da Agenda Global de Saúde Pública. O comportamento da AIDS no Brasil mudou após a evolução dos meios diagnósticos e recursos terapêuticos, e, principalmente, pela introdução dos antirretrovirais. Já a hanseníase e a tuberculose, doenças vinculadas à pobreza e às más condições de vida, vem apresentando tendência de declínio moderado; no entanto, estudos apontam a presença de áreas de endemicidade em determinadas regiões do Brasil. A malária, doença endêmica da região amazônica, enfrenta novos desafios como a resistência às drogas e projetos de desenvolvimento insustentável da Amazônia, possibilitando a reintrodução em regiões onde a endemia já tinha sido controlada. Nesse cenário, estudos sobre a tendência de doenças infecciosas no Brasil podem contribuir para a avaliação de políticas públicas e controle dessas doenças. OBJETIVO: Analisar a tendência dos Coeficientes de Incidência (CI) de AIDS, hanseníase, malária e tuberculose (TB) em adultos, por região do Brasil e para o estado de São Paulo, no período de 2010 a 2017. METODOLOGIA: Estudo ecológico de série temporal, utilizando dados referentes ao período de 2010 a 2017, sobre a AIDS, hanseníase, malária e TB coletados no DATASUS e no IBGE. Os casos foram divididos por região do país e estado de São Paulo, sexo e faixa etária; posteriormente, foram agrupados em planilhas no Excel e calculados pelo pacote estatístico R-STUDIO. Para a análise de tendência dos CI foi utilizado o método de Prais-Winsten e para representação gráfica foram elaborados mapas coropléticos por meio do software QGIS 2.8. RESULTADOS: A AIDS apresentou tendência crescente nas regiões Norte e Nordeste, estacionária no Sudeste e decrescente nas regiões Centro Oeste, Sul e no estado de São Paulo. Já a hanseníase seguiu tendência decrescente em todo território nacional, e mesmo apresentando decréscimo, as regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste obtiveram, respectivamente, os maiores CI. A malária também apresentou tendência decrescente em todo território nacional, com exceção da região Norte, endêmica para a doença, que se manteve estacionária. Por fim, a tendência de TB apresentou decréscimo apenas nas regiões Nordeste e Sul do Brasil. CONCLUSÃO: A ampliação e fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), diagnóstico precoce, adesão ao tratamento e contato com os comunicantes auxiliam no controle e redução do número de casos dessas doenças, bem como uma deficiência desses serviços pode gerar menor acesso à informação e maior exposição da população aos comportamentos de risco.

 

Apresentação