Departamento de Gerontologia
ID: 9553
Resumo
A cultura organizacional é um elemento que condiciona os hábitos, as crenças e os valores dentro de uma organização, formando uma maneira institucionalizada de pensar e agir. Os traços culturais são capazes de moldar os sujeitos e, consequentemente, difundir determinadas representações sociais. Tendo em vista a crescente demanda por cuidados institucionais e a predominância de imagens estigmatizadas sobre a velhice em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), este estudo objetivou analisar como os traços culturais das ILPIs podem intensificar a reprodução de estereótipos sobre a velhice, a partir da visão dos residentes e da equipe destas instituições. Para tal, foi adotada uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório, do tipo estudo de casos, com a finalidade de captar de maneira aprofundada a compreensão dessa realidade. A pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética (CAAE: 07071319.0.0000.5504), foi desenvolvida em duas ILPIs de um município do Estado de São Paulo. Participaram do estudo 36 pessoas, sendo 8 funcionários e 3 residentes de uma instituição privada e 25 funcionários de uma instituição filantrópica. A coleta de dados considerou as seguintes medidas de avaliação: um Diário de Campo e um Protocolo de Estudo de Caso, composto por uma entrevista aberta com roteiro semi-estruturado. Após a transcrição das entrevistas, foi feita uma análise de conteúdo dos registros, elaborando-se categorizações através do software Atlas-ti. Os resultados demonstraram que os principais traços da cultura organizacional das instituições foram a ênfase no cuidado físico; ser altamente organizada e orientada por regras, com uma rotina de horários pré-determinados para todas as atividades; necessidade dos residentes se adequarem às exigências institucionais; hierarquização; alta aversão à incerteza e restrição. Essa configuração organizacional parece reforçar estereótipos negativos da velhice, tais como dependência, improdutividade, incapacidade, incompetência cognitiva, infantilização, solidão, tristeza, privação de liberdade, baixa autonomia e perda de um propósito de vida. Os estereótipos mostraram estar disseminados nas práticas cotidianas e em diferentes traços da cultura da instituição. Nesse sentido, acredita-se que as ILPIs precisam trabalhar ao nível simbólico a noção de idoso, reestruturando os traços culturais que mais fortalecem as visões estereotipadas da velhice, uma vez que aspectos que afetem a qualidade de vida dos residentes e a gestão da instituição merecem ser explorados.
Apresentação
ID: 9579
Resumo
INTRODUÇÃO: A Dor Lombar Crônica Inespecífica (DLCI) possui uma prevalência de 25% na população idosa brasileira, sendo uma das dores musculoesqueléticas mais relatadas¹. Esta condição pode acarretar em impactos biopsicossociais, como diminuição da capacidade funcional e da qualidade de vida². Diante de tal realidade, torna-se necessário a investigação dos impactos gerados por meio da dor crônica a população idosa.
OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo descrever a percepção da dor e do impacto nas dimensões de Mobilidade, Qualidade do Sono, Atividades Gerais, Humor e Habilidades Sociais na vida de indivíduos idosos com DLCI da comunidade.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo experimental com abordagem qualitativa e quantitativa. Foram selecionados indivíduos com idade entre 60 e 75 anos que possuem DLCI por mais de seis meses. Foram critérios de exclusão: diagnóstico de Fibromialgia, Doença Inflamatória Ativa, fratura pregressa de coluna ou membros inferiores, neoplasias, praticantes de atividades desportivas regulares, tratamento fisioterapêutico nos últimos seis meses e intervenção cirúrgica para manejo da dor³. Para a coleta de dados, foram utilizados dois questionários: Inventário Breve de Dor4 e Inventário de Atitudes Frente à Dor5, no qual são capazes de avaliar a dor e o seu impacto, assim como a avaliação das crenças e atitudes relacionados à dor crônica (CEP: 3.848.759/2020).
RESULTADOS: Foram selecionados seis idosos com DLCI. Apresentou-se uma média de idade igual a 68,5 anos (±4,12), sendo que há uma prevalência do sexo masculino (66,67%). No Inventário Breve de Dor, notou-se que os indivíduos apresentaram uma alta intensidade de dor (8±1,03), assim como relataram alta interferência nas categorias de Atividades Gerais (7,5±2,32), Qualidade do Sono (7±4,15), Humor (7±3,39), Habilidade de Caminhar (8,5±1,94) e na realização do trabalho (8,5±3,82). Já nos domínios de Relacionamento (1,5±3,92) e na Habilidade de Apreciar a Vida (5±3,22), houve baixa interferência. No Inventário de Atitudes Frente à Dor, os indivíduos apresentaram uma baixa adaptação em relação aos domínios de Cura Médica (3±1,24), Controle (1,9±0,85), Incapacidade (2,33±0,55) e Medicação (3,5±1,54). Já em relação aos domínios de Solicitude (1,8±1,55), Emoção (2,38±1,1) e Dano Físico (0,9±0,56), os idosos apresentaram uma boa adaptação.
CONCLUSÕES: No estudo, os idosos com DLCI apresentaram uma alta intensidade e interferência da dor crônica, assim como identificou-se fatores não adaptativos em relação aos domínios de solicitude, emoção, cura, controle, incapacidade e medicação. Portanto, por apresentarem uma alta intensidade da dor atreladas às atitudes e crenças, verificou-se que estes apresentam crenças disfuncionais em relação à dor. Dessa forma, os resultados do estudo possibilitaram a identificação e análise da percepção e impacto à população idosa relacionados a DLCI e auxiliam no adequado planejamento para a assistência a esses indivíduos para o manejo da dor.
REFERÊNCIAS
¹LEOPOLDINO, A. A. O. et al. Prevalência de lombalgia na população idosa brasileira: revisão sistemática com metanálise. Rev. Bras. Reumatol., v. 56, n. 3, p. 258-269, 2016.
²SILVEIRA, A. I. P. et al. Correlação entre relato de dor lombar crônica, fatores psicossociais e capacidade física em idosos comunitários. Fisioterapia Brasil, v. 15, n. 4, p. 277-282, 2014.
³ROMERO-MUÑOZ, L. M. et al. Are modic changes in patients with chronic low back pain indicative of a worse clinical course? 10 years of follow-up. Rev Esp Cir y Traumatol, v. 62, n. 4, p. 274-281, 2018.
4FERREIRA, K. A. et al. Validation of brief pain inventory to Brazilian patients with pain. Supportive Care in Cancer, v. 19, n. 4, p. 505-511, 2011
5PIMENTA, C. A. M.; CRUZ, D. A. L. M. Crenças em dor crônica: validação do Inventário de Atitudes Frente à Dor para a língua portuguesa. Rev. Esc. Enferm. USP, v. 40, n. 3, p. 365-373, 2006.
FINANCIAMENTO:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Apresentação
ID: 8818
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar o desempenho cognitivo de idosos com e sem Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Tratou-se de um estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal em que foram entrevistados 233 idosos moradores da área de uma Unidade de Saúde da Família do município de São Carlos, São Paulo, divididos em dois grupos: (a) Grupo com TAG (n=44) e (b) Grupo sem TAG (n=189). Os instrumentos para coleta de dados foram: questionário sociodemográfico, Mini Exame do Estado Mental, Consortium to Estabilish a Registry for Alzheimer’s Disease, Bateria Breve de Rastreio Cognitivo, Subteste de Semelhança do CAMDEX e Teste de extensão de Dígitos (ordem direta e inversa). Os dados obtidos foram digitados em um banco no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows para realização de análises estatísticas descritivas, comparativas e de covariância. Todas as etapas deste trabalho obedeceram às diretrizes éticas da pesquisa envolvendo seres humanos. Os idosos eram, em sua maioria, do sexo feminino (57,9%), casados ou com companheiros (60,9%), com média de idade de 69,95 anos, baixa escolaridade (M=3,20 anos de escolaridade) e renda (M=R$ 2125,93). O TAG foi identificado em 18,9% da amostra (n=44), estes indivíduos eram significativamente mais jovens, escolarizados e predominantemente do sexo feminino (p<0,05). Além disso, o grupo com TAG apresentava escores mais elevados nos testes cognitivos. No entanto, após ajuste por idade e escolaridade, esta diferença não se apresentou significativa (p>0,05). Portanto, conclui-se que o TAG não teve efeito sobre o desempenho cognitivo.
Apresentação
ID: 8819
Resumo
À medida que envelhece, a população apresenta um perfil epidemiológico diferenciado com aumento progressivo da prevalência de doenças e agravos crônicos não transmissíveis (DCNT). A Organização Pan-Americana de Saúde destacou estresse e depressão dentre as DCNT que comumente afetam os idosos. Além disso, alterações e distúrbios do sono relacionados ao envelhecimento são frequentemente descritos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar associação entre variáveis emocionais (estresse e depressão) e o autorrelato de dificuldade para dormir em idosos. Metodologia: Tratou-se de um estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal em que foram entrevistados 341 idosos cadastrados nas Unidades de Saúde da Família do município de São Carlos – SP, divididos em dois grupos: (a) Grupo sem dificuldade para dormir autorrelatada e (b) Grupo com dificuldade para dormir autorrelatada. Os instrumentos para a coleta de dados foram: Ficha de Caracterização do Idoso com Questão Específica de Dificuldade para Dormir Autorrelatada, Escala de Estresse Percebido e Escala de Depressão Geriátrica. Os dados obtidos foram digitados em um banco no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows para realização de análises estatísticas descritivas e comparativas. Todas as etapas deste trabalho obedeceram às diretrizes éticas da pesquisa envolvendo seres humanos. Os idosos eram, em sua maioria, do sexo feminino (76,8%), casados ou com companheiros (90,3%), com média de idade foi de 69,6 anos, baixa escolaridade (M=3,81 anos de escolaridade) e renda (M=R$ 2.302,21). Resultados: A dificuldade para dormir foi autorrelatada em 47,5% da amostra (n=162). Os níveis de estresse do grupo de idosos com dificuldade para dormir mostrou-se mais elevado (M=21,29 pontos) que no grupo sem dificuldade para dormir (M=15,97) (U= 10034,50; p=0,010). Além disso, os idosos com dificuldade para dormir apresentavam escores mais altos na escala de sintomas depressivos (M=4,41 pontos) quando comparados aos sem dificuldade para dormir (M=3,09 pontos) (U=10427,50, p=0,000). Conclusões: Diante do objetivo proposto, pode-se concluir que existe associação entre variáveis emocionais e dificuldade para dormir em idosos.
Apresentação
ID: 9411
Resumo
Objetivo: este estudo teve como objetivo verificar os fatores associados à presença de sintomas depressivos em idosos da comunidade. Método: tratou-se de um estudo transversal, correlacional, de abordagem quantitativa, realizado com idosos usuários da atenção primária à saúde de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram o Questionário de Caracterização Sociodemográfica, Econômica e de Saúde; Escala de Depressão Geriátrica (GDS); Exame Cognitivo de Addenbrooke – Versão Revisada (ACE-R); Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e Euro Quality of Life Instrument-5D (EuroQoL-5D). Resultados: participaram do estudo 234 idosos, sendo 67,95% mulheres, 56,84% com idade entre 60 e 69 anos, 59,40% possuíam companheiro e 88,89% faziam uso de pelo menos um medicamento ao dia. Análises de regressão logística apontaram que idosos do sexo feminino, viúvos, que apresentaram doenças já existentes e em uso de medicamentos, possuíam maior risco de apresentarem depressão (p valor=˂0,001). Também se verificou que as variáveis EUROQOL EAV, EUROQOL atividades habituais, apoio social emocional e o número de medicamentos foram significantemente associados aos sintomas depressivos. O grupo de idosos com sintomas depressivos apresentou menor nível de atividade física e pior qualidade de vida relacionada à saúde. Conclusões: estes achados podem servir de subsídios para aprimorar a prática clínica dos profissionais de saúde, no que tange a promoção da qualidade de vida da população idosa.
Apresentação
ID: 9221
Resumo
Objetivo: Analisar o processo de tomada de decisão de membros da equipe de saúde quanto ao plano terapêutico de idosos frágeis, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família (USF) da região atendida pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em um município do interior paulista. Método: Trata-se de um estudo de caráter transversal, com abordagem qualitativa, apoiado nos conceitos de Bardin, através de grupos focais com Agentes de Saúde e análise dos prontuários. Os dados foram coletados no município de São Carlos, numa região que apresenta maior vulnerabilidade social, identificada na região Cidade Aracy, em três Unidades de Saúde da Família,no período de 2016 - 2018 e participação de 8 agentes de saúde. Os dados foram coletados a partir de encontros de grupos focais com as equipes de saúde e por análise de prontuários dos idosos participantes da pesquisa e cadastrados nas USF’s. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Verificou-se a percepção das equipes acerca da saúde da pessoa idosa, identificando condições financeiras e suporte social; o plano terapêutico através de reuniões de equipe; condutas de atendimento ao idoso, por meio da interação com a comunidade, orientações, suporte familiar, avaliações como fatores de alerta, visita domiciliar, identificação e condutas específicas da fragilidade e utilização da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e ainda dentro das contutas de atendimento ao idoso também verificou as tomadas de decisões; por fim foi identificado as potencialidades e limitações observados durante todo o percorrer da pesquisa. potencialidades e limitações. Conclusão: as equipes de saúde que participaram do presente estudo identificam a necessidade de um plano terapêutico, porém, não possuem uma tomada de decisão e plano terapêutico específico para os idosos frágeis dentro da Unidade de Saúde da Família.
Apresentação
ID: 9583
Resumo
Introdução: A cronificação da dor lombar atinge até 70% dos idosos no mundo, sendo sua forma mais comum a dor lombar crônica inespecífica (DLCI)¹. A DLCI pode ocasionar impacto negativo na vida do indivíduo. Em idosos, pode levar à perda da capacidade funcional nas atividades de vida diária2. Objetivos: Avaliar a influência do método Pilates na intensidade da dor, flexibilidade, funcionalidade, mobilidade, atividade elétrica muscular e equilíbrio funcional em idosos com DLCI. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado com indivíduos com 60 anos de idade ou mais, de ambos os sexos, com DLCI por no mínimo 6 meses. Foram avaliadas a intensidade da dor (Escala Visual Analógica de Dor (EVA)), mobilidade por meio do Timed Up and Go (TUG), flexibilidade por meio do Banco de Wells e atividade elétrica muscular por meio da eletromiografia de superfície. A análise estatística foi realizada no software Minitab.17 (EUA) (p≤0,05) com o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados e o teste T Student para analisar as variáveis antropométricas e comparação dos dados entre os grupos. (CEP no 1.974.723/2017) Resultados: Foram avaliados 21 voluntários do sexo feminino e 19 do sexo masculino, com média de idade de 66,98 (±5,27) anos, com tempo médio de persistência crônica da dor de 12,71 (±11,49) anos. Houve um aumento estatisticamente significativo da flexibilidade posterior do tronco e dos membros inferiores, a média em centímetros foi de 16,92 (±10,42) - 19,32 (±10,35) e p= 0,001 e houve significância da atividade elétrica muscular na amplitude na tarefa de alcance apenas para o músculo iliocostal esquerdo, 93,7 (±60,7) - 75,4 (±52,0), p= 0,045. Na análise pré e pós intervenção, no teste de mobilidade e equilíbrio dinâmico por meio do instrumento TUG, a média em segundos foi de 10,99 (±1,94) e 10,62 (±1,62), p= 0,099, não houve diferença significativa com a intervenção do método pilates. Para a intensidade da dor, não houve resultado estatisticamente significativo, antes e após a intervenção, permanecendo inalterada, leve, 26,6 (±25,8) mm - 21,3 (±23,3) mm e p= 0,164. Na análise da atividade elétrica muscular do pico na tarefa de alcance, não houve significância em nenhum dos músculos avaliados. Conclusão: O estudo foi efetivo para ganho de flexibilidade da cadeia posterior, gerando maior mobilidade do indivíduo. E alguns músculos do tronco apresentaram aumento da atividade elétrica nas tarefas funcionais avaliadas, deixando evidente que mesmo a intensidade da dor se mantendo inalterada, a intervenção foi eficaz para a funcionalidade.
Palavras Chaves: Dor Crônica; Envelhecimento; Técnicas de Exercício e de Movimento.
Referências Bibliográficas
1.Maher C, Underwood M, Buchbinder R. Non-specific low back pain. Lancet. 2017 Feb 18.
2.LEMOS, Bianca de Oliveira et al . O impacto da dor crônica na funcionalidade e qualidade de vida de idosos. BrJP, São Paulo , v. 2, n. 3, p. 237-241, Sept. 2019.
3..HULLEY, S. B. et al. Designin Clinical Research. 3. ed. Philadelphia: Wolters Kluwers, 2007. p.386.
Apresentação
ID: 9413
Resumo
Objetivo: Verificar o nível de solidão e sua associação com as condições socioeconômicas e de saúde, suporte social, funcionalidade familiar e sintomas depressivos nos pacientes em tratamento hemodialítico. Método: Trata-se de um estudo transversal, correlacional com abordagem quantitativa. O banco de dados foi retirado de uma pesquisa anterior, com 80 pacientes em tratamento hemodialítico num serviço de nefrologia no interior do Estado de São Paulo. Todos os participantes concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e aplicou-se os seguintes instrumentos: Caracterização sociodemográfica, econômica e de condição de saúde, UCLA Loneliness Scale, Escala de Apoio Social do Medical Outcomes Study (MOS), Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e o APGAR de Família. Resultados: A maioria dos respondentes era do sexo feminino (n= 44; 55,0%), de etnia branca (n= 52; 65,0%), com média de idade e escolaridade de 59,63 anos e de 6,66 anos, respectivamente. Na percepção de solidão, o maior índice foi de 55,0% (n= 44) moderadamente elevada. O apoio social teve como pior resultado no domínio Interação Social Positiva, média de 74,31. Entretanto, as médias encontradas nos outros domínios foram relativamente altas. Em relação à depressão, (n= 23; 28,7%) apresentaram sintomas graves. Na avaliação da Funcionalidade Familiar, a maioria apresenta boa funcionalidade familiar (n=55; 68,8%). Houve correlação positiva da solidão com as variáveis depressão (r= 0,275; p=0,013) e negativa com apoio social, no domínio APISP (r=-276; p=0,13) ambos com significância estatística. Já a depressão, apresentou correlação negativa de moderada magnitude (r= 0,485; p= 0,001) com o APM e de forte magnitude com o APA, o AE, o APISP, o API e a funcionalidade familiar, todas com relevância estatística. Conclusão: Pode-se concluir que há um elevado nível de percepção de solidão nos pacientes com DRC (n=80; 100,1%) e que este número está associado as condições socioeconômicas e de saúde, suporte social, funcionalidade familiar e sintomas depressivos.
Objetivo: Verificar o nível de solidão e sua associação com as condições socioeconômicas e de saúde, suporte social, funcionalidade familiar e sintomas depressivos nos pacientes em tratamento hemodialítico. Método: Trata-se de um estudo transversal, correlacional com abordagem quantitativa. O banco de dados foi retirado de uma pesquisa anterior, com 80 pacientes em tratamento hemodialítico num serviço de nefrologia no interior do Estado de São Paulo. Todos os participantes concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e aplicou-se os seguintes instrumentos: Caracterização sociodemográfica, econômica e de condição de saúde, UCLA Loneliness Scale, Escala de Apoio Social do Medical Outcomes Study (MOS), Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e o APGAR de Família. Resultados: A maioria dos respondentes era do sexo feminino (n= 44; 55,0%), de etnia branca (n= 52; 65,0%), com média de idade e escolaridade de 59,63 anos e de 6,66 anos, respectivamente. Na percepção de solidão, o maior índice foi de 55,0% (n= 44) moderadamente elevada. O apoio social teve como pior resultado no domínio Interação Social Positiva, média de 74,31. Entretanto, as médias encontradas nos outros domínios foram relativamente altas. Em relação à depressão, (n= 23; 28,7%) apresentaram sintomas graves. Na avaliação da Funcionalidade Familiar, a maioria apresenta boa funcionalidade familiar (n=55; 68,8%). Houve correlação positiva da solidão com as variáveis depressão (r= 0,275; p=0,013) e negativa com apoio social, no domínio APISP (r=-276; p=0,13) ambos com significância estatística. Já a depressão, apresentou correlação negativa de moderada magnitude (r= 0,485; p= 0,001) com o APM e de forte magnitude com o APA, o AE, o APISP, o API e a funcionalidade familiar, todas com relevância estatística. Conclusão: Pode-se concluir que há um elevado nível de percepção de solidão nos pacientes com DRC (n=80; 100,1%) e que este número está associado as condições socioeconômicas e de saúde, suporte social, funcionalidade familiar e sintomas depressivos.
Apresentação
ID: 9438
Resumo
Introdução: O crescente número de idosos alavancam desafios para ações coletivas de promoção de qualidade de vida e nesse contexto, a educação permanente pode ser uma alternativa de atividade para envelhecimento saudável. Deste modo compreender suas peculiaridades, experiências, vontades, o que, quando e como desejam aprender, passa a ser o ponto de partida das Universidades da Terceira Idade (U3As), possibilitando que o estudante mais velho, seja o principal responsável pelo seu aprendizado, tornando importante a iniciativa de compreender os motivos de adesão e evasão desse público em U3As. Objetivo: mapear os motivos de adesão e evasão dos participantes de um programa de Universidade da Terceira Idade. Método: Esse projeto de IC teve um delineamento qualitativo observacional transversal. Considerando diferentes amostras, apresentaremos os métodos do estudo adesão separados dos de evasão. Estudo Adesão: a amostra do estudo foi composta por demanda espontânea dos alunos matriculados em uma U3A, a amostra se compôs de 118 participantes, com média de idade de 70,45 (± 9,88) anos, no qual majoritariamente a participação foi do público feminino (86%). Desfecho: questionário semiestruturado sobre os motivos de adesão. Análise estatística: Os dados foram submetidos a análise temática, categorização e contagem de frequência. Estudo Evasão: a população evasão, foi composta por ex-alunos que participaram de um curso regular da UATI, e que estavam fora há pelo menos um ano, à amostra se compôs por 51 participantes. O grupo foi composto majoritariamente pelo sexo feminino (94,12%), e a média de idade foi de 67 anos, o aluno mais jovem a participar possuía 49 anos, e o mais velho 87. Desfecho: questionário semiestruturado sobre os motivos de evasão. Análise Estatística: as questões foram categorizadas e analisadas com o uso de técnicas estatísticas para variáveis qualitativas (análise de conteúdo), categóricas e não paramétricas de comparação e de tabelas de frequência para análise intragrupo. Mudanças: Devido a um impasse com a organização UATI/FESC, por razões de nova gestão, os dados no que tangem aos motivos de evasão, não puderam ser investigados na amostra de 2019. Deste modo, optamos por realizar uma análise de evasão de um banco de dados de 2008, com coleta realizada na mesma UATI/FESC, pela orientadora deste projeto. Resultados: O principal motivo de adesão para os alunos, é a Atividade física, porém de acordo com sua vivência e experiência dentro do programa, as percepções dos usuários comumente se modificam, deste modo o motivo mais importante que eles encontraram para permanecer dentro da U3A, sãos suas “Relações Sociais”. Já o principal motivo de evasão, foi o eixo “Pessoal”, e dentro deste, o motivo mais recorrente foi a “saúde”, sendo este o principal motivo para a evasão dos participantes. Conclusão: Acreditamos que os motivos de adesão e evasão aqui descritos poderiam ser usados para fim de customizar as atividades e melhorar a experiência do aprendizado. Os resultados foram apresentados em dois congressos e estão sendo redigidos dois artigos para periódico na área.
Apresentação
ID: 9441
Resumo
Introdução: Os declínios fisiológicos decorrentes do processo de envelhecimento tornam-se barreiras para a prática de atividade física entre os idosos, que em sua minoria pratica o mínimo semanal proposto pela Organização Mundial de Saúde, podendo influenciar no desenvolvimento de Doenças Crônicas não Transmissíveis neste grupo. Estudos realizados com aplicativos de atividade física relatam as alterações sobre o nível de atividade física. Neste contexto, aplicativos de smartphones são ferramentas potenciais para motivação e promoção da atividade física na velhice. Contudo, existem poucos estudos na literatura quanto o perfil de idosos usuários deste tipo de aplicativo, gerando uma lacuna ainda a ser explorada. Objetivo: Analisar o perfil de idosos usuários de um aplicativo de atividade física no município de São Carlos – SP. Metodologia: Estudo observacional, descritivo, com caráter longitudinal, na cidade de São Carlos – SP, voltado para a população idosa. Os usuários utilizariam um aplicativo de atividade física, produzido para esta investigação, e responderiam um questionário sociodemográfico, a fim de identificar seu perfil. Este estudo está inserido em um projeto maior, parceria entre a UFSCar, UNIFESP – Santos, e Universidade de Amsterdã, na Holanda. O aplicativo utilizado para esta investigação foi idealizado e construído pela Universidade de Amsterdã. Contudo, devido ao atraso na finalização do aplicativo, denominado PAUL, pela Universidade de Amsterdã, o cronograma foi readequado, incluindo auxílio no design e desenvolvimento do protótipo, tradução para o português e posterior coleta dos dados para atingir o objetivo proposto. Para a tradução do aplicativo PAUL foram utilizadas as ferramentas Visual Studio Code e Google Translator, além do auxílio de um profissional da ciência da computação para decodificação de string. Para o redesenho do aplicativo foi realizado um grupo focal com idosos para averiguar o que estes gostariam de manter, retirar ou alterar do protótipo obtido até o momento. Resultados: Foi realizada a tradução do aplicativo, passado do holandês para o português do Brasil. Em relação ao redesign do aplicativo, os idosos indicaram que deveriam ser mantidos o registro de ritmo, devolutiva após o exercício, marcação de quilometragem, tempo e distância, escala de humor após exercício, mapas e criação individual do plano de exercícios. Sobre as características a serem excluídas, o grupo apontou o fato de poder conectar com redes sociais e grupos e recompensas, Parte dos idosos apontaram que o mapa deveria ser retirado. Sobre alguns itens a serem alterados, foi apontado a aferição de pressão arterial e frequência cardíaca, feedback durante e nos pós treino, registro opcional de metas e recompensas na forma de elogios. Conclusões: O grupo focal, mesmo em amostra pequena, apontou diferentes pontos de vista, principalmente entre o que deveria ser mantido ou retirado. Os resultados são de extrema importância para a continuação do estudo e desenvolvimento da versão final do aplicativo, de forma que fique o mais próximo possível da demanda do usuário, principalmente ao idoso.
Apresentação
ID: 9150
Resumo
Introdução: Na sociedade atual, a maior quantidade de mulheres na população idosa deu lugar ao fenômeno denominado “Feminização da velhice”. O crescimento de mulheres na população economicamente ativa e mulheres chefes de família, e uma realidade que se relaciona aos conceitos sóciopsicologicos de expectativas sociais e de identidade pessoal. Objetivo: analisar as dimensões da qualidade de vida, indicadas pelo grupo WHOQOL, mediante mensuração quantitativa e qualitativa perante percepções de mulheres adultas e idosas, segundo participação em equipamentos de convívio social e lazer oferecidos ao público idoso, num município do interior paulista. Método: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa e qualitativa. Participaram do estudo 60 mulheres com 45 anos ou mais que frequentam e não frequentam equipamentos de convívio social e de lazer. A coleta de dados se deu mediante entrevista semiestruturada com perguntas sóciodemograficas, sobre qualidade de (perguntas abertas e Whoqol-bref e Woqol-old). Resultados: O presente estudo apontou correlação significativa entre grupo que participa de atividades sociais e de lazer com a melhor qualidade de vida. Além disso se destacam diferentes evidencias e percepções sobre o conceito qualidade de vida, demonstrando a diferença nos estilos de vida de mulheres que não frequentam equipamentos socais e de lazer daquelas que frequentam. Conclusões: Conclui-se que, tanto os dados quantitativos quanto os dados qualitativos indicaram que frequentar equipamentos sociais e de lazer, possui relação direta com a qualidade de vida e que as condições sóciodemograficas como idade, escolaridade, renda contribuem nas diferentes percepções acerca da qualidade de vida da mulher idosa
Apresentação
ID: 9418
Resumo
Introdução: O paciente com doença renal crônica apresenta complicações em relação às mudanças de sua rotina e, consequentemente, necessita de um familiar que o auxilie em suas atividades básicas. Para exercer a função do cuidado, são necessárias habilidades e competências, e na ausência delas, o envolvimento prolongado pode impactar em efeitos negativos, como sintomas ansiosos e depressivos, e, sobrecarga, podendo modicar sua qualidade de vida; Objetivo: Analisar a relação entre a habilidade de cuidado, a percepção da qualidade de vida, o nível de sobrecarga e sintomas ansiosos e depressivos de cuidadores familiares de pessoas com DRC em hemodiálise; Método: estudo descritivo, correlacional, com abordagem quantitativa, realizado em UTRS no interior do Estado de SP. Os participantes eram cuidadores familiares e foram entrevistados com os instrumentos Escala HCCF-DC, SF-36, CBS e HADS. Realizou-se análises estatísticas descritivas e de relação entre as variáveis coletadas. Todos os preceitos éticos foram respeitados; Resultados: Amostra composta por 118 cuidadores familiares de pessoas com DRC, sendo a maioria mulher (75,4%), e média de idade foi 50,97 anos. As dimensões “Relação” e “Mudança na rotina” da Escala HCCF-DC apresentaram correlação negativa, significante, de moderada magnitude, com os domínios “Ansiedade” e “Depressão” do instrumento HADS e correlação fraca, negativa, entre “Atitude” e “Depressão”; dimensões “Relação” e “Mudança na rotina” da Escala HCCF-DC tiveram correlação negativa, significante, de fraca a moderada magnitude com a sobrecarga, em todos os domínios do CBS; correlação positiva, significante, entre o domínio “Relação” da HCCF-DC e todos os domínios do SF-36; correlação negativa, significante, moderada entre o domínio “Relação” e os domínios da HADS e domínios da CBS. O domínio “Compreensão” e o domínio “Depressão” (HADS), observou-se correlação negativa, fraca; em relação ao SF-36, os domínios “Aspectos Físicos” e “Estado Geral de Saúde” apresentaram relação positiva e fraca. Houve correlação negativa, fraca e moderada entre “Mudança de rotina” e entre HADS e CBS (com significância em todos os domínios da HADS, CBS exceto o domínio “Ambiente”); entretanto, com os domínios da SF-36, houve correlação positiva fraca a moderada e por último, o domínio atitude teve correlação negativa e fraca correlacionado ao HADS e ao CBS; Conclusão: a habilidade de cuidado é relacionada às variáveis supracitadas, pois quando o cuidado é concentrado numa pessoa que não possui habilidades e competências, ocasiona alta tensão e sobrecarga, por conta de uma rotina estressante e complexa, impactando diretamente em uma menor qualidade de vida, e, como consequência podendo desenvolver sintomas ansiosos e depressivos nestes cuidadores familiares. Dessa forma, o ato de cuidar pode desencadear prejuízos físicos e psicológicos no cuidador, bem como influenciar negativamente sua rotina.
Apresentação
ID: 9440
Resumo
Introdução: O crescente aumento do número de idosos trouxe uma nova realidade aos parâmetros de saúde da população. Pela sua menor resiliência no que diz respeito à sua adaptação às alterações ambientais, os idosos são mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças crônicas. Uma das doenças crônicas mais prevalentes é a instabilidade postural e quedas, que atinge cerca de 30% dos maiores de 60 anos. Por isso, a prevenção e rastreio da instabilidade postural e quedas é uma das demandas de atenção em saúde pública. A fim de detectar risco de quedas nos idosos, foram desenvolvidos testes de capacidade funcional, e um dos mais utilizados é o teste Timed up and Go (TUG) que avalia a capacidade funcional dos idosos, por meio da observação do seu equilíbrio, velocidade de marcha e sua mobilidade física. Entretanto, sua sensibilidade para populações consideradas ativas e saudáveis não é significativa. A análise da marcha por meio de características extraídas de sensores inerciais pode ser uma alternativa aos testes funcionais e vem se mostrando mais sensível para tal função. Entretanto, há uma lacuna na literatura em relação à validade convergente entre os segundos necessários para realização do TUG e as características extraídas do acelerômetro. Objetivo: Investigar a validade convergente entre os recursos de aceleração e os segundos necessários para realizar três variações de teste TUG simples e suas variações motora e dupla tarefa. Metodologia: Foi utilizado um banco de dados de um estudo prospectivo do Laboratório de Pesquisa em Tecnologias Assistivas para Moradia e Independência no Envelhecimento Saudável (L-TAMIE). Esse estudo contou com uma amostra de 73 idosos ativos e saudáveis que não caíram durante um ano e que viviam na comunidade (São Carlos-SP, Brasil). Esses idosos usaram um acelerômetro triaxial localizado na cintura ao realizar o TUG simples e suas variações motora e dupla tarefa. Foram extraídas características de entropia, frequência e amplitude de sinal a partir dos dados brutos de acelerometria. A análise dos dados foi conduzida a partir da realização da validade convergente, por meio de coeficiente de correlação de Pearson, entre os segundos necessários para realização do TUG e as características extraídas. Resultados: Dos 73 participantes, 41 (56.16%), foram mulheres. A idade média foi de 70,16±6,79 anos; a idade máxima foi de 88 anos e a mínima de 60 anos. A incidência de quedas nesta amostra foi de 27,4%, sendo representativa da população mundial. Houve fraca magnitude de correlações entre dados de aceleração e os segundos necessários para realização do TUG simples e suas variações. Observou-se correlação de moderada a forte entre as variáveis extraídas do sinal de acelerometria e forte correlação entre as variações do TUG. Conclusão: Este resultado demonstra que, apesar de serem usados para medir os mesmos constructos (risco de quedas na população idosa), não existe correlação entre os segundos necessários para realização do TUG e as variáveis de acelerometria extraídas durante a realização do teste.
Apresentação